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Crônicas De Rh
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E-book75 páginas1 hora

Crônicas De Rh

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Sobre este e-book

Atualmente, o trabalho nos toma pelo menos um terço do tempo dos dias úteis, e não é raro ele adentrar feriados e fins de semana. Esse espaço deveria ser idealmente ocupado por atividades que representassem aprendizado e desenvolvimento profissional e interpessoal, mas a realidade é bem diferente disso. As empresas, em geral, ainda estão distantes de oferecer aos seus colaboradores um ambiente saudável e propício a esse desejável crescimento. Dono de uma experiência de mais de 30 anos em Recursos Humanos, com atuação em grandes empresas brasileiras e multinacionais, Carlos Eduardo Rogério aborda diversos tópicos dessa área em uma série de crônicas marcadas pela despretensão e pelo bom humor, mas também pela contundência que o assunto por vezes exige. Em textos curtos e saborosos, ele traça um amplo quadro do cotidiano interno dessas organizações, no qual convivem simultaneamente o brilhantismo e a mediocridade.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento21 de set. de 2015
Crônicas De Rh

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    Crônicas De Rh - Carlos Rogério

    CRÔNICAS DE RH

    RETRATOS DA TRAGICOMÉDIA CORPORATIVA

    À minha excelente esposa Sônia, amiga

    de longa jornada, e aos meus dois

    maravilhosos filhos, Bruno e Felipe...

    Apresentação

    Conheço Carlos Eduardo Rogério desde os longínquos tempos de ginásio, hoje parte da insossa denominação ensino fundamental. São anos de formação, poderosos na modelagem do que seremos na idade adulta, e ali duas qualidades suas se sobressaíam: o apreço pela eficiência e um bom humor inquebrantável, testado em complicadas provas de vida.

    Não à toa, elas são marcas registradas de Carlos Rogério, sua bem-sucedida persona no mundo dos recursos humanos. Em toda a sua carreira em empresas de variados tipos e tamanhos, ele sempre fez questão de criar à sua volta um ambiente em que eficiência não é sinônimo de sisudez ou cara feia e a descontração e o bom humor imperam, num equilíbrio que deveria ser a meta de qualquer organização neste mundo.

    Pude testemunhar o êxito desse enfoque numa visita que fiz certa vez a uma das multinacionais em que ele trabalhou em cargo diretivo: em meio à atividade intensa, funcionários felizes e um raro e balsâmico clima de leveza no ar. As transformações habituais do mundo corporativo levaram Rogério a deixar essa companhia, mas, assim como em outros lugares por onde passou, fez amigos que seguem mantendo contato frequente com ele.

    Ao longo de mais de 30 anos de carreira em empresas e agora em sua consultoria, a RH Travessia, Rogério acumulou um incontável número de experiências, parte das quais compõe a base da presente obra, escrita entre 2012 e 2015. Recorrendo a reminiscências diretas ou elaborando-as ficcionalmente com histórias que chegaram ao seu conhecimento, ele nos oferece aqui uma despretensiosa – mas sempre instrutiva – coletânea de retratos do cotidiano de RH no mundo corporativo.

    Por vezes doloridos, frequentemente divertidos e descontraídos, à semelhança do autor, esses instantâneos nos revelam facetas pouco conhecidas ou lembradas de uma área importantíssima para o convívio humano, embora no geral subestimada: o delicado relacionamento entre todas as pessoas que têm o potencial de fazer uma empresa avançar – ou não. Quem escolher a rota do êxito nesse sentido certamente não deixará de lado algumas das lições que Rogério repassa aqui.

    Eduardo Araia

    Jornalista e escritor

    Prefácio

    Acredito que a minha vida e a minha carreira em muito se confundem. A paixão que se estende ao trabalho veio da origem italiana, a fissura em fábricas, do trabalho do meu pai, e a solidariedade, da minha mãe e do meu querido irmão.

    Claro que escrever veio da minha adorável esposa, que é uma das autoras didáticas mais famosas do nosso país.

    De família pobre, aluno em escolas estaduais, tive que trabalhar desde os 15 anos. Grande parte dos amigos veio do colégio onde cursei o ginásio e o ensino médio. Vivi uma fase negra quando tive de servir ao Exército no tempo da ditadura. Como sempre, meus amigos me deram o suporte necessário para sair dessa.

    As crônicas apresentadas nas páginas a seguir foram escritas como uma catarse da minha trajetória de mais de 30 anos em Recursos Humanos.

    Posso dizer que muito da minha vida se deve à minha carreira nessa área.

    As características pessoais e a minha educação se fundiram ao meu desenvolvimento e com certeza explicam o que sou hoje. Aprendi o que era certo e o que não era certo fazer. Acertei mais do que errei e paguei mais pelos acertos do que pelos erros.

    Acumulei experiências, viajei muito para o exterior, aprendi uma nova língua e a me virar em outra, pero no mucho.

    Culturas diferentes sempre me fascinaram. Aprendi que cada país tem suas idiossincrasias, independentemente de seus valores.

    Fiz um curso de diversidade cultural nos anos 90, quando isso ainda não era moda. Tanto a bondade quanto a maldade são universais e as amizades independem das pátrias.

    De algumas coisas gostei, de outras, nem tanto. Tomei muito egg nog (um tipo de gemada americana), dividi sobremesas, usei botas e chapéus, montei touros mecânicos, visitei vinícolas, dancei flamenco e quase esquiei. A maior glória foi ter participado de uma Olimpíada de RH vencida pela minha equipe.

    Viajei muito, tive malas perdidas, voos atrasados, e com essas e outras eu e a minha família nos tornamos mais internacionais. O mundo se tornou maior, embora tivesse sempre o mesmo tamanho.

    Meus filhos foram estudar no exterior, vi que o sucesso é uma questão de ponto de vista e perspectiva e nunca deve ser medido pela quantidade de dinheiro obtido. Ganhei só o suficiente para viver bem. Poderia ter ganhado bem mais, mas não quis desafiar meus princípios.

    Acertei muita coisa errada, acumulei inimigos poderosos por isso; valeu a pena. Fui corajoso, não saí de nenhuma dividida. Sempre fui um cara de opinião.

    Tenho grandes defeitos, mas dois são mais fortes. Falo muito e sou muito pouco modesto. Esta última característica se confunde muito comigo e com minha personagem Carlos Rogério. Nunca sei quem é melhor: eu ou eu mesmo?

    Resolvi escrever as crônicas de uma forma leve e divertida, como levei minha carreira, mesmo tendo que viver duras batalhas. Acredito que você vai se divertir com estes textos e, enquanto os lê, vai ver neles você mesmo, sua empresa, seu chefe, seu sindicato e mais alguma coisa.

    O livro é totalmente despretensioso, não tem a ambição de ser um compêndio de RH nem pretende dizer o que é certo ou errado. Quero apenas dividir o cotidiano com os profissionais da área.

    Carlos Rogério,

    janeiro de 2015

    Eu, meu pai, todos os funcionários

    e o Open House

    Meu pai era um operário especializado que trabalhava em uma multinacional americana como litógrafo. Litografia industrial, para quem não ouviu falar, é um processo físico e químico dado às chapas

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