Encontre milhões de e-books, audiobooks e muito mais com um período de teste gratuito

Apenas $11.99/mês após o término do seu período de teste gratuito. Cancele a qualquer momento.

Eidy
Eidy
Eidy
E-book296 páginas4 horas

Eidy

Nota: 0 de 5 estrelas

()

Ler a amostra

Sobre este e-book

No futuro a humanidade quase causou seu extermínio ao deixar de respeitar seu semelhante. Graças a um enclausuramento por mais de sete séculos, o ser humano evoluiu e aprendeu com os erros de seus ancestrais podendo retornar a superfície para reconquistar o seu mundo. Porém, vindo do espaço uma raça hostil de invasores chega em seu mundo guiados por sua própria convicção. Um embate entre os dois povos torna-se inevitável e suas repercussões afetarão as crenças e ideais defendidos por ambos os lados desta guerra.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento27 de mai. de 2016
Eidy

Relacionado a Eidy

Ebooks relacionados

Religião e Espiritualidade para você

Visualizar mais

Artigos relacionados

Categorias relacionadas

Avaliações de Eidy

Nota: 0 de 5 estrelas
0 notas

0 avaliação0 avaliação

O que você achou?

Toque para dar uma nota

A avaliação deve ter pelo menos 10 palavras

    Pré-visualização do livro

    Eidy - P. R. Carvalho Jr

    Capítulo 0.1: A Batalha Começou

    Uma nova invasão da raça alienígena dos Garnaxinianos ao planeta Sólis trouxe consigo a ambição e o desejo de morte por seus habitantes, e, principalmente, o extermínio de seu líder Soliriano, o Guardião-Rei Osmar Carvalho.

    Nuvens carregadas enfeitam o céu noturno e sobrevoam o campo de batalha ameaçando descarregar sua força natural, junto com seus trovões que soam como tambores de guerra ao acompanharem a marcha e luta travada entre os humanos e as criaturas nas proximidades do Reino de Sólis.

    O Reino foi a primeira cidade criada após a população humana ter deixado o abrigo subterrâneo da Caverna para explorar e reconstruir seu mundo. A cidade é composta por diversos prédios, duas usinas, parques, fábricas, dentre outras construções civis, e ao norte é possível enxergar o majestoso castelo de mármore do extinto Conselho Star Uins.

    Toda cidade é protegida por um muro de 25 metros de altura, que a envolve por completo, e possui três portões de entrada, tendo à frente do portão sul o palco para o combate nas estradas de pedra e grama.

    Durante quase nove horas os dois exércitos têm se enfrentado em uma batalha que se mostra exaustiva e terrivelmente violenta. De ambos os lados aumentam o número de baixas, sendo destas muitas realizadas com golpes ferozes, equipados com lâminas que mutilam suas vítimas.

    Ainda que os humanos estejam lutando para preservarem suas vidas e de seus protegidos, seus adversários, muitas vezes cobertos por ferimentos profundos estão dispostos a exterminar o maior número de oponentes possíveis mesmo que isso custe suas vidas. Assim, atacam ferozmente todos os humanos que encontram antes de inevitavelmente caírem inertes ao chão.

    Estes seres possuem seus corpos semelhantes a gárgulas do antigo folclore francês, com aspecto grotesco e endemoniado, porém, não possuem asas. Sua pele é lisa e possui tonalidades que variam de cinza clara, entre as criaturas mais jovens, e escurecem entre aquelas de mais idade, deixando seus corpos com diversas manchas sem sincronia de formato ou tamanho. Não possuem pelagem. Em suas cabeças são distribuídos chifres, que crescem sem um padrão definido por todo seu crânio. Espinhos escuros, finos, firmes e flexíveis também nascem por seu corpo, normalmente possuindo comprimentos grandes no crânio, mas em proporções mínimas em outras partes como o tórax, punhos e as coxas. Apoiam-se nas pontas dos pés, com os calcanhares elevados do chão. Seus músculos são definidos e seus ossos avantajados, com algumas partes elevadas para fora da pele, como nas costelas, joelhos, cotovelos, costas, dedos e no queixo. Este fenômeno proporciona-os um escudo natural, pois, seus ossos são extremamente resistentes e sua pele é solida ao toque, como o tronco de uma árvore. Em alguns destes seres são encontradas caudas que variam de tamanho, acompanhadas ou não por espinhos, que não auxiliam necessariamente em seu equilíbrio ou no combate. Sua estatura varia entre 1,70m a 2,30m para os bípedes e entre 3,90m a 4,60m quanto os quadrúpedes, que diferentes dos demais não raciocinam como seus semelhantes, apenas obedecem a seus comandos e atacam como feras irracionais e terrivelmente selvagens. Seus dois grandes olhos possuem a tonalidade perolada clara na esclera e laranja forte na íris, como mais populares, mas podem ser encontradas também amostras púrpuras, verde musgo ou amareladas, todas com aspecto enevoado. Suas pupilas são finas na horizontal, também com pigmentação perolada clara.

    Este exército é temido por todos os mundos que já o combateram para protegerem-se, mas o planeta mais almejado destes seres é onde está acontecendo esta batalha. Entre todos os mundos invadidos e conquistados pelos habitantes do planeta Garla, apenas Sólis conseguiu resistir e expulsá-los de volta para as estrelas.

    Esta é a 36a vez que eles retornam. A sede por vingança seca seus lábios e alimenta o desejo que sentem pela destruição de toda a forma de vida da única presa que lhes foi negada o deleito da submissão.

    Com a perseverança de Osmar no comando e sua superioridade incontestável em combate - visto que mesmo tendo 47 anos seu corpo é tão saudável e ágil quanto era aos 30 -, ele motiva seus soldados e os mantém firmes para que as pessoas do Reino continuem a salvo. Seus amigos, aliados e também Irmãos de Combate permanecem leais ao seu código de honra como Soldado Stars:

    A Perseverança Ilumina minha Fé e gera os Frutos de Lealdade e Compromisso que Alimentam nossa busca pela Superação.

    Os garnaxinianos enviaram praticamente todas suas tropas para o planeta com o intuito de destruir as defesas direto do centro de comando, pois a cidade e a atual área de combate estão sendo protegidos por dois campos de força contra os disparos que vem do espaço. Um engloba o Reino, e o segundo, de menor proporção, engloba o campo de batalha. A única forma de adentrar em seus limites é a pé, de forma lenta.

    Neste confronto é possível presenciar uma luta formidável em termos de habilidade, brutalidade e perseverança, pois ambos os exércitos são excelentes combatentes. Enquanto o exército invasor utiliza da abordagem intimidativa, desferindo golpes violentos para extinguir a vida de todos aqueles que encontrarem pelo caminho, armados com suas variações de machados e espadas, suas garras ou mesmo com bestas quadrúpedes, seus adversários permanecem na defensiva com golpes de tamanha precisão e destreza para impedir seu avanço. Porém, isso não os torna mais vulneráveis, pois suas lâminas castigam os corpos daqueles que ousaram violar as terras de seu mundo.

    Apesar de o exército invasor ter posse de um arsenal gigantesco de armamento tecnológico, eles preferem combater suas vítimas com armas cortantes, pelo prazer que sentem ao extinguir uma vida, de forma rápida e dolorosa.

    Os solirianos por sua vez utilizam sua energia, que aprenderam a canalizar e moldar à sua vontade, solidificando-a em armas, como espadas ou escudos, com o intuito de se defenderem e contra-atacar. Aliada a esta habilidade, seus corpos também possuem uma resistência relativamente maior que a encontrada em seus ancestrais. A pele soliriana possui dez vezes mais resistência que outrora, permitindo assim, um rendimento mais proveitoso em sua defesa.

    Esta mutação foi oriunda após o confinamento da população humana na instalação subterrânea da Caverna, na fuga da destruição em massa da superfície de seu planeta. Com o passar do tempo, parte da radiação conseguiu adentrar no abrigo e pôs em risco a vida de seus residentes. Estudos minuciosos originaram um gás que reverteu os efeitos desta exposição e obteve como efeito colateral a mutação de sua estrutura genética, como o aumento da densidade corporal das pessoas ou alteração na coloração de sua íris e nos cabelos. Desta forma, seus corpos tornaram-se mais resistentes a ferimentos ou ao desgaste natural do tempo.

    Em sua condição mortal, as pessoas não adquiriram a invulnerabilidade. Desta forma, foram desenvolvidas vestes, semelhantes a malhas de aço, que possuem em sua consistência fibras flexíveis de polímeros, alimentadas com a própria energia do usuário, protegendo e intensificando os movimentos de seu corpo. Inicialmente estas vestes foram confeccionadas para auxiliar na lavoura e nas contruções, mas depois seu uso voltou-se para vestimenta militar do Reino. Mesmo que sejam resistentes a diversas substâncias corrosivas, elas possuem média proteção contra um golpe certeiro de uma lâmina alienígena.

    Com o avanço do exército invasor, é possível presenciar um garnaxiniano de menor porte assassinar seu adversário, golpeando o seu rosto com as costas de sua mão direita e pressionando com a ela a cabeça de sua vítima, esmagando-a contra o chão. Neste momento, a fera move lentamente seus olhos alaranjados em direção de seu alvo prioritário, que encontrou no meio desta tempestade de guerreiros, e encara o líder soliriano.

    A criatura, com o corpo coberto de cicatrizes, levanta seu machado escuro com o braço esquerdo e ecoa um grito seco, longo e esganiçado, informando a seus companheiros mais próximos a sua localização. Junto a ela, as demais feras cantam sua melodia da morte.

    O Guardião-Rei encontra-se a noroeste de sua posição, sobre uma enorme pilha de destroços, golpeando mortamente os invasores que o atacaram. Mesmo sozinho, ele demonstra habilidade em subjugá-los e consumir com suas vidas, antes de observar o campo de batalha.

    Não é difícil localizá-lo entre a multidão e sua fisionomia é conhecida por praticamente todos os garnaxinianos. Com uma estatura de 1,78m, seu corpo de pele morena clara, possui cicatrizes desde a primeira batalha, entre arranhões e cortes que marcam seu rosto e praticamente todo seu tronco e braços. Seu longo cabelo castanho escuro com fios avermelhados, que mede até a altura de seus ombros, agita-se com seus movimentos. Seus olhos castanhos com mel brilham intensamente por causa de sua energia estar elevada. Embaixo de seu nariz encontra-se um bigode forte e marcante. Sua barba está levemente por fazer. Sua vestimenta foi violada, pois sua calça escura possui cortes que mostram sua coxa e tornozelos, mas permanecem firmes pelo cinto, que possui na fivela uma pedra de ametista lapidada em gema. Sua vestimenta superior foi retirada pelo próprio usuário, devido à sua exposição a resíduos degradantes, expelidos por uma fera quadrúpede. Seus calçados pretos permanecem intactos, apenas imundos. Em cada pulso estão colocadas duas pulseiras de couro marrom com cadarços e em sua mão esquerda reluz o brilho de sua aliança de casamento, de ouro branco.

    Um dos bravos soldados do exército humano Stars corre até a presença de seu líder. Explosões ferem seus ouvidos, desviando seu olhar momentaneamente à procura de seu foco. A visão de mais rochas em chamas descendo do céu, carregando em seu interior as feras invasoras, aumenta sua aflição e engasgam suas palavras antes que ele consiga espressá-las.

    – Majestade, nossas defesas estão desvanecendo – afirma sem cerimônias –. O gerador do escudo Proteggere foi avariado, mas ainda está operando com menos da metade de sua capacidade. Os soldados continuam a alimentá-lo com suas próprias energias, mas com os disparos constantes elas estão se esvaindo gradativamente… – continua ofegante – se isto continuar, o campo de batalha será atingido. Mesmo que eles ainda não tenham passando por nós, estamos sendo empurrados de volta. O que podemos fazer? Como nós iremos eliminá-los? – Pergunta em alto tom.

    – Do mesmo modo que eles. Não desistindo! – Responde seu soberano, sem olhá-lo.

    Sua visão está fixada em um pequeno grupo de jovens, provavelmente entre quinze e vinte anos, que se auxiliam com toda a determinação que seus espíritos permitem.

    – Como faremos meu senhor? – Insiste preocupado.

    – Você tem família atrás daqueles portões? – Pergunta o Guardião. Seu subordinado escuta-o, ainda com a respiração ofegante e as mãos sobre os joelhos, mas não responde. – Eu sei que tem. Dessa forma não esqueça que se eles passarem por nós, todos nós e os demais que conhecemos e amamos irão morrer. – Seu líder vira-se para ele com uma expressão tranquila, escondendo um pequeno sorriso. – Defenda o portão a todo custo, pois, todo o Reino conta com nossa bravura e eu confio em você meu amigo! – Ao término de sua frase seus lábios demonstram um sorriso de gratidão e sua mão toca-lhe o ombro. – Eles não irão passar por nós, posso contar com você? – Seu olhar torna-se provocativo.

    – Sim senhor! Conte comigo, Guardião! – Os temerosos olhos cinzentos deste soldado voltam a brilhar de esperança.

    – Agora vá! – Ordena suavemente, como um pedido.

    Guiado por estas palavras inspiradoras, o Irmão de Combate afasta-se a passos largos de seu líder e mergulha novamente para dentro da tormenta que se encontram ambos os exércitos.

    O Guardião vira-se novamente para o combate travado e observa incrédulo a esta batalha. Este título lhe foi entregue após o primeiro confronto entre as duas raças, ocorrido há décadas, por sua bravura, contribuição e poder de combate. Incomodado, mas mantendo a calma, seus pulmões se inflam e expelem um sopro forte por suas narinas, antes que suas pernas saltem em direção dos invasores.

    Seus punhos se fecham e unem-se um sobre o outro, guiados para o lado esquerdo de seu corpo em um movimento rápido. Sua energia é canalizada e emana transparecendo em sua íris antes do surgimento de uma áurea dourada que brilha por todo seu corpo.

    Batizada de Eidy, esta energia foi estudada com ardor desde sua descoberta, representando todo o potencial do ser humano como pessoa e ser evolutivo. Quando se consegue sentí-la e desenvolvê-la, com dedicação e bastante treino, não existirá limites para a sua evolução, exceto talvez, aqueles que as pessoas impõem em si próprias.

    Preparado para iniciar seu ataque, Osmar canaliza parte desta energia sobre os punhos e solidifica sua espada, que surge entre suas mãos com uma rajada de energia que urge para o céu como uma chama incontrolável, moldando-se até adquirir a forma de uma espada curva esverdeada, de 95cm de comprimento, com serras pela lâmina, possuindo entre seu cabo e lâmina uma descarga faiscante de pequeninos raios dourados que se agitam sem frear.

    Enquanto corre, saltam descargas energéticas douradas de seus pés quando se chocam contra o chão. O guerreiro adquire impulso, atacando mortalmente todos que atentam contra seus protegidos.

    Devido seu nível de combate, seus adversários são lentos para acompanharem seus movimentos, sendo golpeados sem conseguirem impor resistência significativa, pois seus corpos são cortados com facilidade e as espadas deles, não raramente, são quebradas aos impactos com a sua.

    Próximos de sua posição, muitos dos soldados, que lutaram ao seu lado desde a primeira invasão garnaxiniana, ao observarem-no relembram do início dessa guerra, e junto com essa lembrança vem a incrível admiração que possuem por ele. Em todos esses anos de guerra travada entre os garnaxinianos contra os solirianos, o poder e determinação de seu Guardião-Rei não aparenta ter enfraquecido, enquanto os mais jovens guerreiros se espelham em seu líder para desenvolverem todo o seu potencial e preservá-lo, assim como ele.

    Seu soberano distribui sua energia irradiada em seu corpo, nas pernas e nos braços, aumentando sua velocidade e causando golpes mais dolorosos em seus inimigos. Com os movimentos ampliados, ele consegue salvar a vida de alguns de seus subordinados que surgem em seu caminho. Mesmo com um ferimento do lado esquerdo da cabeça, que criou um filete de sangue escorrido por seu rosto, ele avança cada vez mais adentro do confronto para terminar com essa batalha.

    Seu ataque é intenso, seu desejo é de vitória, sua luta é pela paz e seu sonho é a liberdade dessa ameaça. Estes são os pensamentos e desejos do homem mais bondoso e do soldado mais poderoso que já nasceu nesta Terra. A batalha permanece intensa e difícil para ambos os lados, mas está se tornando favorável para os solirianos.

    Sobrevoando o Reino, centenas de quilômetros acima do combate, a bordo de uma gigantesca espaçonave cor de bronze, com o formato similar ao esqueleto de cetáceo e protegido pelas menores da frota, o líder do exército alienígena e atual C.on – pronuncia-se kíon, significa Imperador, em Sukranto, a linguagem garnaxiniana – observa os acontecimentos travados em terra pelos monitores em sua sala de comando, sentado em seu trono de esqueletos. Sua nave está ocultando sua localização através de um gerador de Friksor (camuflagem). Com a demora do sucesso em sua missão, sua paciência começa por esgotar.

    C.on, fon suis druner i dódor ki embritant egin krinturir ruo flivar. Oui crin franir, is trulres congir órgain. (Imperador, não conseguimos destruir o escudo de energia que protege sua colônia. Enquanto ele existir, os disparos são inúteis). Crinis unmerem brujos. (Eles permanecem inalcançáveis). – Informa a voz falha de um dos oficiais presentes na sala escura, iluminada apenas pelos pequenos cristais, de formatos variados espalhados nas paredes, à luz dos aparelhos e os grandes olhos das criaturas.

    Jaka no brujo mardari! (Nada é inalcançável para mim)! – Berra o C.on (Imperador), com sua voz grave e sonora, golpeando seu trono com os punhos fechados. – Ro ris Kártamas fon suisem zuler les rou drunder, kióur fon congir tugis ki taotarlinerem gí rir murer! (Se meus Guerreiros não conseguem cumprir com seu objetivo, então não são dignos de pertencerem a minha raça)! – suas mãos relaxam novamente – Zuliarem is trulres Junvi dódor. Drunner sólors is humanos kirer gunder! (Continuem os disparos naquele escudo. Destruam todos os humanos desse planeta)! – Pronuncia com nojo suas palavras. – Egintar sólors crinis sucres! (Quero todos eles mortos)!

    Uma rajada concentrada de seis disparos sai das laterais frontais de sua nave em direção ao campo de batalha, atingindo o menor campo de força. Tanto humanos quanto alienígenas correm para desviar do disparo que consegue finalmente obliterar esta barreira.

    Retribuindo o golpe desferido dos céus, uma vez que a localização da nave mãe alienígena finalmente foi detectada, um enorme canhão circular prateado com o cano grosso e comprido – localizado no meio do combate – dispara sua rajada de energia, canalizada e carregada por dez soldados com as mãos sobre o gerador da arma, que sobe ao céu e beija as estrelas. Sua potência foi tão forte que penetrou no campo de força que protegia a nave mãe alienígena, fazendo-a tremer e destruindo as naves menores mais próximas no processo.

    Nenfus congir is frunis kirer ioni? (Quais são os danos desse ataque?) – Pergunta o esquelético oficial Kext, de estatura baixa entre os demais, enquanto todos os presentes retomam aos seus lugares.

    Gór, vlues is bérs urnamakais. (Senhor, perdemos os canhões inferiores). Armun dódor próri krato. (Nosso escudo está avariado). Vlueis nadijo ki armir embritant les fuor ioni. (Perdemos parte de nossa energia com esse ataque). – Informa novamente seu subordinado.

    Grunaris! (Incompetentes)! – Rosna seu soberano. – Rá jór vraristar fuiris quaris les riris duris. (Eu irei assassinar essas criaturas com minhas mãos). – Seu punho direito se fecha com pressão. – Slungem i krunta. (Preparem o meteoro). Próruo jóre marda i kyoriravãn. (Estou indo para o campo de batalha).

    Gin, ri Gór. (Sim, meu Senhor). – Responde prontamente Kext.

    O C.on (Imperador) retira-se apressadamente da sala de comando e dirige-se para ala dos Kruntarlins (meteoros de intimação). Da lateral da nave é disparada a rocha, enclausurando-o, que segue em direção do Reino.

    Em terra os soldados Stars evitam o avanço do exército inimigo e aos poucos estão empurrando os invasores de volta. Entre eles, um dos guerreiros humanos aniquila seu adversário e desespera-se ao olhar adiante e enxergar seu irmão de sangue ao chão, prestes a ser morto.

    – Não! – Aos gritos ele corre em sua direção e carrega sua arma branca com mais energia, enquanto a arremessa contra a criatura.

    Sua espada perfura a cabeça da grande fera permanecendo enterrada em seu crânio antes que ela conseguisse enterrar a lâmina alienígena em sua vítima. A fera cai morta, enquanto o soldado alcança o irmão e se ajoelha, amparando-o.

    – Você está bem Arlon? – Questiona, preocupado.

    – Sim. Cuidado! – Responde bruscamente.

    Seu irmão puxa o corpo de seu salvador, jogando-o ao chão e materializa novamente sua espada, de lâmina fina, cravando-a na garganta de outro inimigo que surgiu inesperadamente. A criatura se contorce e tenta golpeá-lo, mas é impedida por outra espada que perfura seu peito atravessando até suas costas e extingue com sua vida. Seu corpo cai inerte ao chão, enquanto o soldado olha para o irmão.

    – E você está bem, Gren? – pergunta ainda deitado.

    – Sim, mas não abaixe sua guarda novamente! – Responde prontamente ao caçula, estendendo a mão para ele.

    Com um puxão rápido ele se posta de pé e sorri para seu salvador. O soldado olha para a criatura morta e chuta-a. Com um suspiro de alívio ele afasta-se e corre em direção de outra criatura, saltando contra ela. Seu irmão Gren começa a correr também, mas freia ao ouvir um estranho e pequeno som que aumenta sua intensidade gradativamente.

    Ele olha para os lados sem encontrar sua origem. Então, guiado por um conhecido aperto em seu peito, seus olhos azul-claros erguem-se em direção do céu e enxergam uma enorme pedra em chamas descendo em sua direção.

    – Meteoro! – Grita esvaziando seus pulmões.

    Outro castigo das estrelas aproxima-se do campo de batalha trazendo mais desgraça àquele que estiver em seu caminho.

    Capítulo 0.2: A Cruz do Combatente

    Dezenas de soldados próximos de sua posição olham para o céu e veem a pedra seguir em sua direção. Combatentes dos dois exércitos correm ou saltam na tentativa de afastarem-se da morte certa. Os solirianos levantam ao menos um dos braços para criarem escudos de energia, na esperança de protegerem-se das consequências da colisão.

    Com o impacto da pedra, uma onda de poeira surge entre eles, fazendo com que ambos os lados desta batalha se protejam dos resquícios da colisão e se defendam de forma cega contra a presença de seus respectivos adversários que surgem deliberadamente.

    Os olhos reais se fecham, antes que a onda de poeira os acerte, para que Osmar possa utilizar uma de suas habilidades especiais, naroshi. Essa técnica permite-lhe enxergar por um breve período de tempo todo o espaço em um raio de 200 metros ao seu redor em forma de energias multicoloridas. Usufruindo de sua habilidade ele continua sua investida, executando a todos que encontra, transbordado por uma luz branca, pois, seus subordinados emanam energias de cores variadas.

    Seu ataque é interrompido pela percepção de uma elevada concentração de energia esbranquiçada, emanando de dentro do meteoro. Sua intuição informa-o de que um ser extremamente poderoso está prestes a entrar na batalha. Seu coração dispara, por temer pela vida de seus companheiros; mesmo assim ele retorna a atacar os invasores, avançando em direção da fonte de energia que sentiu.

    Quando o vento varre a poeira do campo de batalha, todos os presentes conseguem ver novamente seus adversários e retornam deliberadamente com mais intensidade ao confronto.

    O Guardião abre seus olhos, estando próximo a pouco mais de 50m de distância do meteoro de cor dourada, e enxerga-o começar a rachar, partindo-se em vários pedaços, até surgir uma esfera vermelha que se abre e revela em seu interior o mais forte dos invasores. Seu futuro adversário encontra-se ajoelhado com o corpo encolhido.

    Calmamente a fera começa a se levantar e a procurar com seus temerosos olhos amarelos por sua presa. Rapidamente seus olhares se encontram no meio

    Está gostando da amostra?
    Página 1 de 1