A Tolice Do Livre Arbítrio

De Roberto Brito

Uma das maiores interrogações tidas pelo homem ao longo dos anos, é o do porque o pecado original aconteceu. O pecado e sua consequência são a causa de tantos artigos científicos ao longo de toda a história humana e que tem causado tanta confusão e controvérsia no ceio da igreja. Antes do pecado homem e mulher conheciam apenas o bem, eram puros, inocentes, estavam nus e não se envergonhavam. Vejamos: E ambos estavam nus, o homem e a sua mulher; e não se envergonhavam. (Gênesis 2:25) Depois do pecado o homem adquiriu um bem extremamente precioso, a sua consciência moral, pois se o homem não tivesse pecado, seus olhos jamais teriam sido abertos e sua mente jamais alcançaria a maturidade necessária para que pudesse conhecer as circunstâncias a sua volta. A maior propriedade da consciência é a capacidade de percepção e analise interior e exterior, gerando no homem o pensamento crítico de si mesmo e dos eventos que o cercam. A consciência serviu para nos dar pleno entendimento das nossas atitudes, tanto, que sabemos distinguir exatamente quando estamos praticando algo de bom ou de mal, quando estamos servindo a Deus ou ao diabo. Vejamos: Porque, quando os gentios, que não têm lei, fazem naturalmente as coisas que são da lei, não tendo eles lei, para si mesmos são lei; Os quais mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente a sua consciência, e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os; (Romanos 2: 14-15 – Negrito meu) Deus sabia muito bem que o homem cairia em pecado, na verdade, Deus deu a ordem ao homem simplesmente para que o homem O desobedecesse, pois sem a desobediência do homem, o pecado jamais seria consumado e a consciência humana jamais seria alcançada, porém, tudo estava dentro do Eterno Conselho de Deus. Então, nos Seus Conselhos eternos, Deus já havia incluído a queda do homem para que a Sua justiça e todos os Seus demais atributos pudessem ser manifestados à ele. Certamente você nunca olhou para o pecado original dessa forma não é verdade, pois bem, o pecado original é apenas um pingo no oceano de revelações que você encontrará nesse livro, pois aqui, assim como essa nova visão em relação ao pecado original, você terá uma visão diferente sobre fé, obras, graça, sobre a criação do mal e a soberania divina, demonstrando em cada novo tópico uma nova visão a partir da soberania divina em detrimento ao livre arbítrio humano.

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 27 de jul. de 2016

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A TOLICE

DO

LIVRE ARBITRIO

De tudo o que você puder oferecer a alguém, ofereça NADA, apenas Jesus e ele terá tudo!

Roberto Brito

SUMÁRIO

PREFÁCIO                                                                          07

NOTA DO EDITOR                                                            12

INTRODUÇÃO                              16

A INERRANCIA BÍBLICA19O QUE É INERRANCIA BÍBLICA

A CONFIABILIDADE BÍBLICA

ONDE TUDO COMEÇOU26

A REVELAÇÃO ACERCA DA CRIAÇÃO

O DESCANSO DE DEUS

O SÉTIMO DIA

A TOLICE DO LIVRE ARBITRIO    39

PRA INÍCIO DE CONVERSA

LIVRE ARBÍTRIO OU DETERMINAÇÃO DE DEUS?

O QUE É LIVRE ARBITRIO

INFLUÊNCIA INTERNA

ESCLARESCIMENTOS SOBRE ESPIRITO E ALMA

O QUE ACONTECE COM A ALMA E O ESPIRITO DEPOIS DA MORTE

TEMOS UM ESPIRITO RACIONAL

INFLUÊNCIA EXTERNA

A BASE DA TOLICE DO LIVRE ARBÍTRIO

ENTENDENDO A DIFERENÇA

QUEM SOU EU, OU QUEM É O HOMEM?

PORQUE EU EXISTO NESSA TERRA?

MAS O QUE É PROPÓSITO

TUDO JÁ ESTÁ DETERMINADO A SE CUMPRIR

O CANSAÇO DO HOMEM

DUAS PERGUNTAS CONFLITANTES

COMO SURGIRAM AS CONDICIONANTES PARA A SALVAÇÃO HUMANA

A GRAÇA                            137

PORQUE DEUS CRIOU O HOMEM

A GRAÇA

A SALVAÇÃO É PELA GRAÇA E FOI DETERMINADA NA ETERNIDADE

DECAÍDOS DA GRAÇA

EXPIAÇÃO E ELEIÇÃO                                                  156

ESCLARECENDO A DÚVIDA

O PODER DA INFLUÊNCIA

A SANTIFICAÇÃO                            192

A IRRESISTÍVEL GRAÇA

MAS PORQUE O HOMEM PRECISA SER CONVENCIDO?

O PROCESSO DE CONVENCIMENTO NÃO PARA DEPOIS DE SERMOS CRISTÃOS

O PROCESSO DE CONVENCIMENTO SE DÁ DE TRES FORMAS SIMULTÂNEAS

NA CONSCIÊNCIA

NA LEITURA DA PALAVRA

NA LEI DA CONSEQUÊNCIA

A FÉ                        219

O QUE É FÉ

O PERIGO DE SE DETERMINAR O MILAGRE

A FÉ É HUMANA OU UM ATO DIVINO?

A OBRA REDENTORA DE JESUS

JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ

A NOSSA JUSTIÇA PRÓPRIA

O PECADO CONTRA O ESPIRITO SANTO

AS OBRAS  261

A FÉ CARNAL E AS OBRAS MORTAS

A FÉ ESPIRITUAL E AS OBRAS VIVAS

AS OBRAS QUE SALVAM POR MEIO DA FÉ

SOBERANIA DE DEUS                            286

VONTADE SOBERANA OU VONTADE PERMISSIVA?

QUATRO PONTOS POSITIVOS QUANDO RECONHECEMOS A SOBERANIA DE DEUS

ADORAÇÃO

AVIVAMENTO

CONFIANÇA

ESPERANÇA

A ONISCIÊNCIA E O PRÉ-DETERMINISMO DE DEUS  322

O SEGREDO DA ONISCIÊNCIA DE DEUS

NOSSA HISTÓRIA JÁ FOI ESCRITA E DETERMINADA

O LUGAR PRIVILEGIADO DE DEUS

A MEDIOCRIDADE E CONVENIÊNCIA HUMANA

O PRÉ-DETERMINISMO FILISÓFICO

O PRÉ-DETERMINISMO SOBERANO DE DEUS

BIBLIOGRAFIA                            339

AGRADECIMENTOS

Durante a minha caminhada, eu jamais pensei em escrever um livro um dia, e muito menos com tanta profusão como este, o mais engraçado é que muitas vezes quando eu o estava escrevendo, me faltaram palavras, mas o Pai sem que eu esperasse, sempre me surpreendia com uma revelação nova e tremenda, então eu voltava a escrever. Minha esposa foi muito mais do que companheira, pois nesses momentos de crise e de falta de inspiração, eu sempre tinha seu colo pra me aconchegar, por isso, meus agradecimentos serão para esse Deus maravilhoso, que nesses últimos meses tem se revelado a mim de uma forma tremenda e maravilhosa e tem me instruído a ensinar a muitos, e para minha esposa, que tem sido verdadeiramente a minha adjutora, cumprindo esse papel com maestria e com uma submissão condescendente, sempre me apoiando e me dando forças nos percalços da vida. 

PREFÁCIO

Na Bíblia encontramos narrado no livro de Gênesis a história da criação dos céus, da terra e do homem. Vemos também a história da triste queda desse homem e o seu desejo de independência Daquele que o criou.

O enredo do pecado é nada mais do que o homem sentindo o desejo de seguir seu próprio caminho e de desligar-se totalmente de Deus. Pois bem, o pecado realmente foi consumado e o homem enfim foi desligado Daquele que o havia criado. O homem tornou-se independente, LIVRE.

O desejo de independência do homem o arrancou da inocência e o conduziu a consciência. Agora, independente e consciente dos seus atos, ele passa a governar-se sozinho e por sua consciência estar corrompida e praticar somente o mal continuamente, toda uma geração é dizimada por um diluvio, com exceção de um – Noé – que vivia sem se misturar com sua geração e foi poupado, e através desse, o homem volta a multiplicar-se.

Deus, para mostrar a Sua incondicionalidade na eleição, escolhe um homem chamado Abrão e lhe promete por Sua graça dar-lhe uma terra e fazer-lhe próspero e frutífero, Abrão tem seu nome mudado para Abraão e Deus reitera sua promessa para seu filho Isaque e para seu neto Jacó.

Jacó, depois de um encontro com Deus tem igualmente seu nome mudado para Israel e Deus, para mantê-lo vivo com sua família, conduz seu filho José ao Egito e o levanta como Governador e após isso, também conduz toda a casa de Jacó para lá, que aproximadamente quatrocentos anos depois Jacó se torna uma nação – A NAÇÃO DE ISRAEL.

José morreu e alguns anos depois toda a nação de Israel fora feita escrava no Egito, mas lembrou-se Deus da promessa que fizera a Abraão e ouviu o clamor do seu povo que estava prisioneiro e com mão forte e braço estendido, os libertou por meio de um dos descendentes de Israel, da tribo de Levi, chamado Moisés.

Moisés os conduziu para a terra que Deus prometera a Abraão que daria aos seus descendentes, mas os quatrocentos anos de cativeiro fizeram com que aquele povo aprendesse alguns costumes que os dificultaria ainda mais no relacionamento com o Senhor.

Deus se manifesta grandemente em favor deste povo e no meio deles opera vários sinais e maravilhas, no entanto, a incredulidade daquele povo fez com que eles desobedecessem ao Senhor em Cades-Barnéia e marchassem durante quarenta anos no deserto, até que toda aquela geração incrédula perecesse.

Os incrédulos perecem como Deus dissera e agora conduzidos por outro líder chamado Josué, finalmente o povo entra em Canaã, na terra que o Senhor lhes havia prometido e de batalha em batalha, Deus concede vitória ao povo, fazendo com que tomassem posse da terra da promessa.

Josué morre e Deus permanece governando através de outros juízes que suscita para conduzir e julgar o povo, mas um belo dia, aquele povo quis fazer igualmente o que o seu primeiro pai fizera – Adão – eles quiseram desligar-se de Deus e não quiseram mais que Ele reinasse sobre eles e lhe pedem um rei para que reine sobre eles.

E novamente o Senhor foi rejeitado, e finalmente o povo que Deus escolhera, escolhem outro rei para que reine sobre si e simplesmente desprezam Aquele que os havia escolhido, libertado e lhes dado um lugar de descanso.

Para tristeza do povo de Israel, a maioria dos reis que reinaram sobre eles foram maus, perversos e desobedientes e não dizimaram totalmente todos os povos que viviam aos arredores da terra de Canaã que o Senhor lhes ordenara e alguns tomaram para si mulheres de outros povos que ensinaram outros costumes para o povo e passaram a adorar outros deuses e a rejeitar de vez o Deus Altíssimo.

Agora o povo já não conta mais com a proteção e o cuidado do Senhor e é invadido e destruído por Nabucodonosor, e são escravizados por vários anos. Após esse tempo, o Senhor suscita alguns homens para voltar à cidade e reconstruí-la, dentre os quais Zorobabel, Esdras e Neemias. O povo que outrora destruía e dizimava cidades, agora está reconstruindo a sua, e reconstrói o templo, as casas e o muro. O povo passa a reconhecer que jamais deveria ter se desligado do Senhor e após confessar seus erros e pecados é acometido do maior avivamento da história que esse povo já conheceu.

Após esse avivamento, o Senhor se cala por quatrocentos anos, é o tempo intertestamentário, e depois desse período, aparece um homem chamado João Batista, vestido com roupas de pelos de camelo, pregando o arrependimento e declarando a chegada de um novo tempo e de um novo reino, O REINO DE DEUS.

Agora o próprio Deus se faz homem na pessoa de Jesus e declara que seu reino chegou até nós, restabelece o domínio e o poder que outrora se havia perdido e passa a declarar a todos a chegada do Seu Reino na terra.

Novamente o povo que Deus escolhera, Lhe rejeita, e como prova de que não quisera o Seu reinado, o acusa, o condena e o mata, no entanto, a acusação, a condenação e a morte de Jesus se deram unicamente porque eles não queriam que o Senhor fosse rei sobre eles, tanto que a inscrição na placa sobre a cruz de Jesus declarava o motivo de sua morte: "ESTE É JESUS, O REI DOS JUDEUS"!

Jesus ressuscita e comissiona doze homens que havia escolhido para dar continuidade ao que Ele havia começado pregando as boas novas desse novo reino e desse novo tempo a todos os outros povos da terra e comissionando outros para fazerem o mesmo.

O evangelho do reino de Deus passa a ser difundido e no início do século V se levanta um homem chamado Pelágio, da cidade de Bretanha e através do seu discurso inocente inicia o que mais tarde se tornará a maior prova de declaração interior do homem, o seu desejo de ser livre.

Os anos então se passam e a busca do homem por independência torna-se superior a sua própria vida e ao longo da história vemos muitas guerras de muitos povos, sempre em busca de liberdade e autonomia. 

No século XVII, surge um homem com um extremo poder de influência chamado Jacóbus Armínius e esse homem revive os ensinamentos de Pelágio declarando novamente a total liberdade do homem, no entanto, agora ganha mais força, pois tem apoio de um grupo de quarenta e três estudiosos que se reúnem para debater sobre esse assunto, eles são chamados de Remonstrantes.

Esse ensinamento influenciou toda uma geração e hoje em pleno século XXI o homem agora mais do que nunca, pensa que ter livre vontade é algo maravilhoso e nega-se a aceitar a soberania de Deus.

Nesse livro, caro leitor, o querido teólogo Roberto Brito vai desmistificar esse ensinamento da livre vontade do homem e exaltar a soberania de Deus como um ensinamento que todos temos que reconhecer.

Pr. Fabio Régio Gonçalves

NOTA DO EDITOR

Durante mais de quatro anos o Senhor tem me preparado para escrever esse livro. Ele, ao longo desse período tem me ensinado e me instruído com estudos e mensagens que fizeram com que minha mente se abrisse para um novo ensinamento e para um novo entendimento das coisas.

Embora eu particularmente ainda não consiga conceber que tudo o que está escrito aqui e que você lerá, foi eu quem escreveu durante aproximadamente nove meses, mas eu acredito que as inspirações contidas aqui foram direcionadas pelo próprio Deus para a edificação e despertamento de Sua Noiva.

Embora não tenha crescido em um lar cristão, o mais engraçado é que desde menino sentia esse desejo de buscar a Deus e de me voltar para Ele, gostava muito de ir à missa e sempre que podia me envolvia nas coisas da Igreja, fui seminarista por um tempo, mas o meu chamado mesmo só se deu quando eu estava próximo de completar 32 anos, quando aceitei a Jesus de verdade para que Ele fosse o Senhor da minha vida.

Depois que aceitei a Jesus, logo me batizei e fui tratado tremendamente pelo Senhor, mas só nasci dinovo quatro anos depois, pois mesmo sendo crente e indo a igreja ainda fazia muitas coisas que certamente entristeciam e muito o coração do Pai, mas no início de 2012 o Senhor me proporcionou um tratamento de choque que durou alguns meses, e a partir de então eu nasci verdadeiramente para uma nova vida em Cristo Jesus e dia após dia o Senhor falava comigo e me instruía na Sua Palavra me dando conhecimento e mudando meu entendimento para o cumprimento de todo esse propósito. 

Apesar de estar iniciando ainda um curso de teologia, no início de 2012 passei a ensinar teologia para alguns membros da igreja que congregava e aproveitava o momento para aprender também pela apostila de estudo do próprio curso.

Durante esse período o Senhor me conduziu a nove dias de jejum, apenas tomando água e eu preciso confessar uma coisa: Esses foram os dias mais especiais da minha vida! O difícil foi só nos três primeiros dias, depois o nosso organismo se acostuma e tudo fica uma benção.

Durante esses nove dias de jejum, eu recebi um verdadeiro intensivão de Deus, pois todos os dias e por diversas vezes Ele falava comigo e me ensinava coisas tremendas quanto a mais fina teologia, coisas como a criação do homem e porque o homem existe, sobre a Sua eterna soberania, sobre o Seu descanso no sétimo dia e sobre o próprio sétimo dia, enfim, coisas que certamente nunca uma faculdade de teologia me daria.

À medida que os dias iam se passando, tudo o que eu cria em meu coração foi mudado e passei a gozar de experiências extraordinárias com o Senhor, de modo que desejei colocar pra fora tudo o que havia recebido Dele.

Os meus pensamentos mudaram e um dia eu cheguei à casa do meu Pastor e lhe disse: "Pastor, o senhor sabia que tudo já está determinado pelo Senhor e que o homem nunca teve livre arbítrio algum? Eu percebi nele um choque quando falei isso, e comecei a citar alguns versículos da Bíblia que declaravam o que eu estava dizendo e ele, sem saber direito o que me responder, mas também sem concordar, me disse sorrindo: Meu filho, temos que amadurecer isso melhor, pois essa é uma discussão muito complexa"!

Sempre que podia, me recolhia com alguns amigos para orar e sempre que podia levantava em nossas conversas o tema do livre arbítrio humano, no entanto, sempre perdia os debates, pois ainda não tinha bastante conhecimento sobre o assunto e nos primeiros questionamentos que vinham contra mim em relação ao livre arbítrio, me calava e ficava sem respostas.

Um belo dia eu me recolhi para um lugar afastado para orar e fiquei por vinte quatro horas em jejum e oração buscando sabedoria e entendimento do Senhor sobre esse assunto e na madrugada do dia seguinte, com lágrimas orei ao Senhor e pedi à Ele que, se realmente fosse pra eu escrever esse livro, então que Ele me desse apenas sabedoria para escrevê-lo, pois não queria servir de chacota pra ninguém e nem tão pouco queria ensinar algo que fosse contra a Sua vontade.

A partir desse dia, o próprio Senhor foi me ensinando e me instruindo quanto a esse assunto, até que um belo dia, eu disse: "vou escrever um livro e seu tema será: A Tolice do Livre Arbítrio", no entanto, eu ainda não tinha noção nem do que estava falando, pois nem imaginava o que seria escrever um livro.

Comecei a escrevê-lo, porém, quando já estava prestes a terminá-lo, entrei em crise, pois se estava escrevendo um livro que desmistificaria o livre arbítrio, então eu poderia me classificar como um calvinista, adepto da predestinação, no entanto, através de revelações que recebi do Senhor, acabei me opondo tanto a um ensinamento quanto ao outro, pois não discordo somente com o que a teologia do livre arbítrio prega, mas também com alguns argumentos que a própria teologia da predestinação prega.

Não quero aqui ser o precursor de nenhum outro movimento teológico e nem tão pouco criar o Britismo, assim como Pelágio criou o pelagianismo, Calvino criou o calvinismo e Armínio criou o arminianismo, pois não quero usar este livro para a exaltação do meu nome, mas para a exaltação do Nome Daquele que verdadeiramente é digno de toda exaltação.

Também não estou aqui nesse livro criando uma teologia nova, mas o que quero mesmo é exaltar a DEUS não somente como um agente Criador desprovido de independência governativa, mas como um Ser SOBERANO que criou e determina todas as coisas ao longo da história.

Roberto Brito

INTRODUÇÃO

As pessoas podem fazer seus planos, porém é o SENHOR Deus quem dá a última palavra.

(Provérbios 16: 1 – NTLH)

As pessoas fazem muitos planos, mas quem decide é Deus, o SENHOR.

(Provérbios 19: 21 - NTLH)

Muito falasse sobre o livre arbítrio, porém, muito pouco entendesse sobre ele, pois o entendimento que se tem, é que o homem é livre para fazer o que bem entender, sem que o Senhor interfira em suas escolhas, no entanto, se analisarmos minuciosamente as Escrituras, perceberemos que essa doutrina entra em choque com a Palavra da Verdade e reduz a soberania e todos os atributos de Deus a nada, segundo a limitação humana daquele que a criou e difundiu.

Eu creio que o Senhor tem um propósito e um chamado para cada pessoa que existe nessa terra, no entanto, eu particularmente, vejo que o meu chamado começou muito cedo, pois, ao longo da minha vida eu sempre fui muito ligado às coisas de Deus e a igreja, até quando estava no mundo. Lembro-me quando era católico e ia aos domingos a missa e de como o Senhor me conduziu até aqui, pra que eu chegasse a esta estatura de espiritualidade, e durante toda a minha vida eu sempre ouvi dizer que tínhamos uma capacidade que determinava as nossas vidas, que tínhamos em nossas mãos o poder de escolha da morte ou da vida.

Depois que fui convencido pelo Espirito Santo a me render ao Senhor, passei a congregar em uma igreja que infelizmente fechou as portas e tive que buscar outro lugar para congregar, e nas outras igrejas que congreguei, sempre ouvia clichês do tipo: "Deus quer te salvar, mas precisa que você dê o primeiro passo, decida-se hoje por Deus e sua vida vai mudar, a porta está aberta a todos, mas a decisão de entrar é de cada um". Eu convivi a vida toda com isso na minha cabeça, por isso confesso que quando o Senhor começou a me instruir quanto a Sua soberana determinação, eu entrei em parafuso, pensei que estava ficando louco e que jamais teria argumentos para contrapor um assunto aparentemente tão líquido e certo como este.

Aqui aprenderemos que o homem é realmente um ser moral, no entanto, que a sua história já foi escrita e determinada na eternidade, e que, desde o dia que o Senhor o trouxe à vida até o dia de sua morte, ninguém pode fugir ou se desviar do que o Senhor já planejou, entenderemos também que fomos criados por Deus e que existe um motivo peculiar de Deus e não nosso para Ele nos ter criado, sendo que o propósito de Deus pra cada um de nós é o motivo da nossa existência.

Hoje eu entendo muito bem, o que representava as escamas que caíram dos olhos do apóstolo Paulo, pois Paulo é considerado na Bíblia como o homem que mais recebeu revelações de Deus acerca de muitas coisas, mas ficou cego por três dias após um encontro com o Senhor e somente recobrou a visão quando recebeu o Espirito Santo pela imposição das mãos de Ananias. Ele ficou cego para que entendesse a sua condição na religiosidade e na pratica da lei, mas quando essas escamas caíram de seus olhos, ele pode ver por meio da fé.

Esse livro servirá disso pra muitas pessoas, pois a leitura dele retirará as escamas da obscuridade e os conduzirá a uma visão mais ampla acerca dos planos de Deus, abrindo os seus olhos através da mudança de entendimento e os conduzindo a uma verdadeira visão de fé e prática.

Roberto Brito

A INERRÂNCIA BÍBLICA

Sabemos que as Escrituras Sagradas sempre dizem a verdade...

(João 10: 35ª – NTLH)

O QUE É INERRANCIA BIBLICA?

É a doutrina segundo a qual, em sua forma original, a Bíblia está totalmente livre de contradições, incluindo suas partes históricas e cientificas.

A inerrância bíblica é de suma importância para o cristão, pois através dela, pautamos nossa fé e direcionamos nossas vidas crendo nas escrituras.

Desde o tempo dos primeiros gnósticos com quem Paulo contendeu, até a chegada do deísmo no século xviii, não havia dúvida alguma em relação à inerrância bíblica. Até mesmo personagens unitaristas como Socíno e Miguel de Serveto baseavam suas posições na inerrância bíblica.

Durante muitos anos, muitos estudiosos debruçaram-se sobre esse assunto e houve aqueles que se levantaram contra a inerrância, criando a tese da infalibilidade bíblica que diz que a Escritura é inerrante apenas quando se fala de assuntos de fé e de sua pratica e não em relação à