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Sinto Muito, Senhora! Nunca Mais
Sinto Muito, Senhora! Nunca Mais
Sinto Muito, Senhora! Nunca Mais
E-book335 páginas3 horas

Sinto Muito, Senhora! Nunca Mais

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Sobre este e-book

Excelente atendimento é obrigação de qualquer empresa. Isso é óbvio. Mas se é óbvio, por que é tão difícil recebermos um excelente atendimento? Simplesmente porque o óbvio é ignorado. E de tanto ser ignorado, resolvi dar voz a ele. E já que o óbvio é lugar-comum, resolvi ir além. Este livro é resultado disso. Mais do que mostrar (e provar) o óbvio, ele é um grito desesperado de clientes cansados de serem tratados com descaso, cansados de serem ignorados quando fazem uma reclamação seja por um defeito no produto ou por terem sido recebidos de forma grosseira por seus funcionários, cansados de ouvirem “sinto muito, senhora, não há nada que possamos fazer”, e tantos outros esgotamentos que nós, clientes, somos obrigados a engolir. E já que eu resolvi ir além, este livro é mais do que um grito desesperado de clientes esgotados, é um bê-á-bá de como as empresas, podem, além de satisfazer seus clientes com um excelente atendimento obrigatório, passar a oferecer excelência no atendimento, conquistando e fidelizando muito mais clientes e aumentando a lucratividade de suas empresas, com pequenas ações extremamente significativas para nós. Mas o atendimento não pode ser tratado de forma isolada. É preciso entender que ele é uma parte orgânica da empresa e precisa estar em perfeita sinergia com as outras partes – empresa e pessoas, formando o todo. E, não há como entender o todo sem segmentá-lo.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento16 de out. de 2015
Sinto Muito, Senhora! Nunca Mais

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    Pré-visualização do livro

    Sinto Muito, Senhora! Nunca Mais - Tatiana Vacanti Mattos

    SINTO MUITO, SENHORA!

    NUNCA MAIS

    Uma abordagem 360° do atendimento ao cliente

    Tatiana Vacanti Mattos

    Sinto Muito, Senhora!

    2

    Nunca Mais

    3

    Sinto Muito, Senhora!

    © Copyright 2015 Tatiana Vacanti Mattos

    Todos os direitos reservados

    Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

    Ficha Catalográfica feita pelo Autor

    T219

    Mattos, Tatiana Vacanti, 1974

    Sinto muito, senhora! Nunca mais: uma abordagem 360 graus

    do atendimento ao cliente/Tatiana Vacanti Mattos - São Paulo:

    Alexandre Rodrigues de Carvalho, 2015.

    263p. ; 21cm.

    ISBN: 978-85-919432-2-7

    ISBN: 978-85-919432-3-4 (internet)

    1.Não-Ficção. 2. Administração. 3. Política comercial.

    I.Título II. Autor

    CDD. 381.3

    CDU. 366.6

    4

    Nunca Mais

    Aos meus pais, meu eterno agradeci-

    mento por tanto apoio e amor.

    Ao Zé do Coco – um ser iluminado que

    acreditou em mim e, pacientemente, me

    ensinou que, com entendimento e sabe-

    doria, podemos alcançar todos os nos-

    sos objetivos. E ir além.

    5

    Sinto Muito, Senhora!

    6

    Nunca Mais

    SOBRE A AUTORA

    Tatiana Vacanti Mattos é graduada em Administração de em-

    presas pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, em 1997.

    Proprietária da Net Salas, empresa que disponibiliza salas

    virtuais na internet e Sócia-diretora na SQTA, empresa que

    intermedia vendas pela internet.

    Web site: www.sintomuitosenhora.com.br

    Contato: livro@sintomuitosenhora.com.br

    7

    Sinto Muito, Senhora!

    8

    Nunca Mais

    AGRADECIMENTOS

    Agradeço aos atendentes que me trataram mal e que não

    cansaram de repetir Sinto muito, senhoooooora nos meus

    ouvidos.

    Agradeço aos diretores, gerentes e supervisores que não dis-

    pensaram a devida atenção aos seus colaboradores e às re-

    clamações de seus clientes.

    Agradeço às equipes de atendimento que não retornaram

    meus e-mails, ignorando, sumariamente, minhas dúvidas e

    reclamações.

    Sem vocês, este livro não seria possível.

    Agradeço, também, a todos aqueles que colaboraram com o

    conteúdo deste livro, respondendo a pesquisa, enviando in-

    formações e conversando comigo sobre o assunto.

    Minha gratidão especial:

    Aos amigos e parceiros Rodrigo Bertozzi e Vitor Mattoso, por

    todo seu apoio, incentivo e colaboração, indispensáveis para

    a realização deste projeto.

    À Maria Inês de Mello, uma pessoa ímpar, sem sua luz e seu

    apoio eu não estaria aqui.

    E a você, leitor. Muito obrigada pela oportunidade de com-

    partilhar minha visão sobre o atendimento ao cliente.

    9

    Sinto Muito, Senhora!

    10

    Nunca Mais

    SUMÁRIO

    INTRODUÇÃO 15

    PARTE I – O MUNDO É FEITO DE... PESSOAS

    FÓRMULA SECRETA? 23

    CONHECENDO PESSOAS: PRIMEIRO VOCÊ 29

    Encontre a sua paixão 36

    Nunca diga que não consegue 39

    CONHECENDO PESSOAS: DEPOIS OS OUTROS 46

    ENTENDENDO O CONTEXTO SÓCIO-POLÍTICO 51

    Educação 56

    OS EFEITOS DA MODERNIDADE 58

    CONFLITO DE GERAÇÕES 63

    PARTE II – VÁ ALÉM DE SEUS OBJETIVOS

    TROCA – A BASE DE TUDO 71

    O COMEÇO 72

    MUDANÇAS 78

    Apresentação de ideias 96

    HOME OFFICE 100

    MERITOCRACIA 103

    Reconhecimento sem dinheiro? 110

    SIM, É POSSÍVEL 114

    AH, MAS... 119

    11

    Sinto Muito, Senhora!

    PARTE III – MAS ESTE LIVRO É SOBRE O QUE MESMO?

    ATENDIMENTO

    QUE MUNDO É ESSE? 123

    A INTERNET 126

    Pergunte ao Google 130

    O PERFIL DO CONSUMIDOR MODERNO 133

    Consumidores Superconectados 134

    Conhecendo o cliente 135

    NOVOS TEMPOS 138

    A força do trombone 141

    Um presente chamado... reclamação 147

    ABRA AS PORTAS. OU MELHOR, ESCANCARE AS PORTAS 151

    Canais de comunicação 152

    Dicas de ouro 173

    Um cara chamado... Sistema 174

    MAS, O QUE O CLIENTE QUER AFINAL? 176

    ATITUDE É TUDO 180

    INOVE. SEMPRE. 184

    SAIBA APROVEITAR AS OPORTUNIDADES 190

    O CAMINHO DA FALÊNCIA 192

    CONCORRÊNCIA 195

    PARTE IV – APRENDENDO COM O ERRO DOS OUTROS

    CASO #01 TOLERÂNCIA ZERO 205

    CASO #02 NÃO TENHO TROCO 205

    12

    Nunca Mais

    CASO #03 CIDINHAAAAAAAAAAAA! 209

    CASO #04 SEM BATERIA 212

    CASO #05 ESSA FILA NÃO ANDA? 214

    CASO #06 AH TÁ, TCHAU ENTÃO! 216

    CASO #07 ELE É INVISÍVEL? 218

    CASO #08 CAMA DOS SONHOS. PESADELO, ISSO SIM. 221

    CASO #09 HAJA PACIÊNCIA! 223

    O CLIENTE SEMPRE TEM RAZÃO. NEM SEMPRE. 226

    VOCÊ TEM DIREITOS QUE, PROVAVELMENTE, NÃO SABE 235

    PARTE V – DIRETO NA FONTE

    MINHA PESQUISA SOBRE ATENDIMENTO 247

    ENTÃO É ISSO! 263

    13

    Sinto Muito, Senhora!

    14

    Nunca Mais

    INTRODUÇÃO

    Eu não sou uma daquelas empresárias que tiveram uma ideia

    genial, abriram um negócio, e dois anos depois, foi vendido

    por milhões de dólares como Tony Hsieh (LinkExchange) ou,

    em um ano depois, por quase dois bilhões de dólares como

    os amigos Chad Hurley, Steve Chen e Jawed Karim (YouTu-

    be). Também não fui presidente de uma multinacional onde

    me tornei famosa no mundo dos negócios por minhas técni-

    cas e habilidades em gestão, como Jack Welch.

    Apesar de não ser nenhum destes exemplos famosos, eu

    também tenho a minha história. E ela também é feita de

    muitas vitórias, decepções, alegrias e tristezas como a de

    qualquer outra pessoa. Como a sua. Mas este não é um livro

    sobre a minha história. Ora, se não é sobre mim, por que

    comecei falando desta maneira?

    Porque para chegarmos ao objetivo deste livro, é necessário

    lembrar que empresas são feitas de concreto, computadores,

    aparelhos eletrônicos, fios, cabos, e mais uma série de mate-

    riais que podem ser substituídos por outros mais recentes ou

    até mesmo, com o avanço frenético da tecnologia, simples-

    mente podem deixar de existir. Entretanto, há um único

    componente que é fundamental, ou seja, sem ele qualquer

    empresa não pode existir: pessoas.

    E pessoas têm história. E pessoas têm sentimento. E pessoas

    têm objetivos, qualidades e defeitos. E pessoas têm proble-

    mas, necessidades e força.

    Mas, este também não é um livro sobre pessoas apenas. É

    um livro sobre um conjunto de fatores que levam a excelên-

    cia no atendimento.

    Existem algumas coisas na vida que eu detesto, coisas trivi-

    ais que qualquer ser humano honesto e sincero detesta. Mas,

    15

    Sinto Muito, Senhora!

    tem uma coisa que eu realmente abomino com todas as mi-

    nhas forças: mau atendimento. Atendimento, em minha opi-

    nião, é primordial. Já desisti – várias vezes – de comprar

    algo por causa de atendimento. Até mesmo cheguei a cance-

    lar compras por causa dele.

    É impressionante como esta atitude é mais comum do que se

    possa imaginar - apesar de tantos livros, cursos, palestras e

    ensinamentos difundidos a respeito. Alguns atendentes de-

    monstram claramente como você é uma "persona non gra-

    ta. Alguns te olham com aquela cara de que droga!"; ou-

    tros deixam bem claro o tamanho de sua insignificância ao te

    fazer esperar enquanto elas terminam a conversa "super

    animada" ao telefone; outros querem atender cinco pessoas

    ao mesmo tempo; outros estão de péssimo humor; outros te

    empurram a loja inteira; e por aí vai.

    Eu já li diversos livros discorrendo sobre o assunto e em to-

    dos eles há exemplos de como oferecer excelente atendimen-

    to, exemplos de empresas que deram a volta por cima ape-

    nas prestando um pouco de atenção a esse setor e diversos

    cases de pequenas atitudes que se transformaram em mila-

    gres para seus clientes.

    E, por diversas vezes, me pergunto: se há tanta informação

    a respeito, por que os empresários ainda não se preocupam

    tanto quanto deveriam? A maioria dos livros com exemplos é

    lida com interesse, mas a conclusão final é "sensacional para

    ele, mas eu não tenho recursos – financeiros ou humanos –

    para aplicar isso em minha empresa". E o resultado é sempre

    o mesmo: um turbilhão de desculpas para deixar tudo como

    está e esperar por um milagre!

    Eu concordo que nem tudo o que se lê pode ser aplicado nas

    empresas por diversos motivos: produtos diferentes, pessoas

    diferentes, administração diferente, cultura diferente, locali-

    zação geográfica diferente, e mais uma série de diferentes

    16

    Nunca Mais

    que podem justificar a não implantação das técnicas apre-

    sentadas. Mas será que ninguém pode pensar em rever seus

    conceitos? Analisar sua empresa e seus funcionários? Adap-

    tar técnicas para as suas realidades? Ser criativo para mudar

    pequenas (ou grandes) atitudes e conquistar o mercado de-

    sejado? Aprender com os exemplos e oferecer algo melhor

    aos seus clientes?

    Outra questão é que o atendimento não se refere apenas a

    atendentes. Ela envolve internet, colegas de trabalho, telefo-

    ne e qualquer outra forma de comunicação com o cliente,

    seja ela qual for.

    Em tempos de Twitter, Facebook, YouTube, Blogs, Smar-

    tphones, Tablets etc., a velocidade de propagação da infor-

    mação é extraordinária. E isso é sensacional, não é? Bem,

    depende de qual é a informação.

    Pesquisando na internet sobre excelência no atendimento,

    todas as referências falam a mesma coisa:

    Para oferecer excelência no atendimento a empresa deve:

     utilizar o CRM;

     compreender as necessidades do cliente;

     comunicar-se corretamente com o cliente;

     ter percepção do cliente, ou seja, deixar de lado as

    impressões pessoais e preconceitos;

     ter empatia;

     os funcionários devem receber treinamento adequado.

    Pelo amor de Deus! Isso é óbvio. Excelente atendimento é

    obrigação de qualquer empresa!

    Mas se é óbvio, por que é tão difícil recebermos um excelen-

    te atendimento? Simplesmente porque o óbvio é ignorado.

    17

    Sinto Muito, Senhora!

    E de tanto ser ignorado, resolvi dar voz a ele. E já que o ób-

    vio é lugar-comum, resolvi ir além. Este livro é resultado dis-

    so.

    Mais do que mostrar (e provar) o óbvio, ele é um grito de-

    sesperado de clientes cansados de serem tratados com des-

    caso, cansados de serem ignorados quando fazem uma re-

    clamação seja por um defeito no produto ou por terem sido

    recebidos de forma grosseira por seus funcionários, cansados

    de ouvirem "sinto muito, senhora, não há nada que possa-

    mos fazer", e tantos outros esgotamentos que nós, clientes,

    somos obrigados a engolir.

    E já que eu resolvi ir além, este livro é mais do que um grito

    desesperado de clientes esgotados, é um bê-á-bá de como as

    empresas, podem, além de satisfazer seus clientes com um

    excelente atendimento obrigatório, passar a oferecer exce-

    lência no atendimento, conquistando e fidelizando muito mais

    clientes e aumentando a lucratividade de suas empresas,

    com pequenas ações extremamente significativas para nós.

    Mas o atendimento não pode ser tratado de forma isolada. É

    preciso entender que ele é uma parte orgânica da empresa e

    precisa estar em perfeita sinergia com as outras partes –

    empresa e pessoas, formando o todo. E, não há como enten-

    der o todo sem segmenta-lo.

    Na Parte I, entenderemos as pessoas. Uma empresa não

    existe sem pessoas, sejam elas funcionários (qualquer que

    seja o cargo) ou clientes.

    Na Parte II, entenderemos as empresas. O que pode ser feito

    para que o ambiente interno transforme-se em um local bas-

    tante agradável fazendo com que os funcionários tenham

    prazer em fazer parte da equipe, ou seja, vistam a camisa

    da empresa.

    18

    Nunca Mais

    Na Parte III, analisaremos o atendimento. Conhecendo as

    pessoas e as empresas, poderemos identificar as falhas no

    processo de atendimento e implantar técnicas e recursos

    para aprimorá-lo e alcançar a excelência.

    Já na Parte IV, conheceremos exemplos de péssimas experi-

    ências de atendimento, aprendendo o que não oferecer aos

    clientes. Abordaremos, também, a questão dos direitos dos

    consumidores: aqueles que nós pensamos ter – mas não

    temos, e aqueles que temos – e não sabíamos.

    Finalmente, na Parte V, analisaremos os resultados de uma

    pequena pesquisa feita sobre atendimento ao cliente no Bra-

    sil. A visão dos consumidores em relação ao tratamento que

    recebem das empresas e suas atitudes frente à qualidade do

    atendimento, ampliarão a compreensão do quanto as empre-

    sas precisam melhorar para, de fato, conquistarem e fideliza-

    rem os clientes.

    Oferecer excelência no atendimento é a única possibilida-

    de, se você deseja ser referência no mercado. Caso contrá-

    rio, será apenas mais uma empresa como qualquer outra.

    Mas, devo ressaltar que se você está esperando uma fórmula

    mirabolante que fará com que sua empresa tenha lucros al-

    tíssimos em pouco tempo, desculpe. Pode fechar o livro. Meu

    objetivo não é ensinar como a sua equipe deve agir, mas

    oferecer uma outra visão da história. Uma visão bem mais

    ampla.

    E, talvez, fazer com que comece uma nova história. Uma

    história com paixão, sucesso e alegria. A nova história da sua

    empresa e seus colaboradores, e de todos os seus clientes e

    fornecedores.

    A escolha é sua. Espero que possa enxergar o óbvio, antes

    que sua empresa entre em falência em decorrência da escas-

    19

    Sinto Muito, Senhora!

    sez de clientes, que de tão esgotados, já não perdem mais

    tempo reclamando, comprando em suas lojas ou escrevendo

    livros.

    Tatiana V. Mattos

    20

    Nunca Mais

    PARTE I

    O MUNDO É FEITO DE...

    PESSOAS

    21

    Sinto Muito, Senhora!

    22

    Nunca Mais

    FÓRMULA SECRETA?

    No mercado, há muitos livros falando sobre atendimento a

    clientes, a importância do excelente atendimento, citando

    exemplos de atendimentos excepcionais e sucesso nas ven-

    das. Eu mesma já li diversos deles. Mas a questão é: isso se

    aplica à sua empresa? Eventualmente, um ou outro exemplo

    pode ser adequado, mas a maioria não é. E por um simples

    motivo: as realidades de cada empresa são diferentes, e en-

    tenda por realidades, a cultura (interna e externa), a região

    geográfica, a economia, os produtos, os serviços. Se apenas

    um desses itens já for diferente, tudo muda. Exemplos são

    ótimos para serem admirados, às vezes até seguidos, mas

    não copiados. Se você quer se destacar no mercado, ainda

    mais em tempos de globalização, inove.

    Inovar não é fácil. Mas é simples. Requer atenção, paciência,

    análise, criatividade, e essas condições não se compram na

    esquina. E, ainda que se comprassem, de que adiantariam?

    Falta um ingrediente essencial para que tudo dê certo, e por

    incrível que pareça, é o ingrediente mais óbvio: pessoas.

    Preste atenção à sua volta. Sua empresa é composta por...

    pessoas. Seus produtos são comprados por... pessoas. As

    ideias são apresentadas por... pessoas. As campanhas de

    marketing são desenvolvidas por... pessoas. Os serviços que

    você oferece são prestados por... pessoas. Os produtos que

    você vende são fabricados por... pessoas. E agora você me

    diz: não, meus produtos são fabricados exclusivamente por

    máquinas, ou se preferir, robôs. Mas, quem opera as máqui-

    nas? Pessoas. Quem desenvolveu os sistemas de seus robôs?

    Pessoas. E você é o que? Pessoa. Percebe como o óbvio está

    escancarado? Qualquer ação, qualquer projeto, qualquer de-

    cisão sempre terminará em um único objetivo, e adivinha

    qual? Pessoas.

    23

    Sinto Muito, Senhora!

    Algumas empresas gastam verdadeiras fortunas em desen-

    volvimento de novos produtos e serviços, campanhas de

    marketing, compras de pontos ideais para abrir lojas, e o

    resultado final é uma grande decepção. E aí vem a grande

    pergunta: onde erramos? Erraram no ponto em que voltaram

    todas as atenções para o cliente externo e esqueceram do

    interno. Não estou dizendo que o único problema foi esse,

    mas certamente esse foi um dos maiores.

    Sua empresa pode desenvolver o melhor produto do merca-

    do, mas precisa lembrar-se de quem irá vendê-lo. E mais

    uma vez, voltamos ao ponto inicial: pessoas.

    As pessoas que irão vender seu produto, antes de qualquer

    outra coisa, precisam estar convencidas de que ele é real-

    mente muito bom. Se elas estiverem convencidas, consegui-

    rão passar essa confiança a qualquer cliente. E como conven-

    cê-las? Disponibilizando o produto para que testem, realizan-

    do treinamentos completos, ouvindo suas opiniões antes de

    lança-los no mercado e, principalmente, ouvindo suas dúvi-

    das.

    A teoria é perfeita, mas na prática as coisas são diferentes. O

    principal argumento para evitar todo esse processo é: não

    temos tempo a perder. Ah, sim, o processo leva tempo e

    precisamos aumentar o faturamento ontem! Então, me diga

    uma coisa: qual das duas situações é a melhor?

    Situação 1: você desenvolve o que considera o melhor pro-

    duto do mercado. Não quer perder tempo com avaliações

    internas e treinamentos. Prepara uma campanha de marke-

    ting espetacular e lança o produto no mercado. Depois de

    dois meses, convoca um recall porque percebeu que algo não

    funcionava bem. Substitui todas as peças dos clientes que

    atenderam ao recall. E, para aqueles que não atenderam (ou

    porque não quiseram, ou porque não tiveram tempo, ou por-

    que não souberam do chamado, já que você não divulgou

    24

    Nunca Mais

    corretamente para não manchar o nome da empresa, ou por

    qualquer outro motivo), ocorre o pesadelo de todo empresá-

    rio: eles simplesmente encostaram o produto e juraram que

    nunca mais comprariam nada dessa marca.

    O produto continua no mercado, mas, neste ponto, a credibi-

    lidade já foi abalada. Como você não quis oferecer treina-

    mento aos seus vendedores, diversas vezes os clientes foram

    comprar seu produto sensacional e se depararam com uma

    situação caótica: o seu funcionário não sabia dar as explica-

    ções solicitadas, então resolveu consultar o manual. Como

    não conseguia encontrar a resposta, resolveu chamar o su-

    perior na esperança de que ele tivesse sucesso na empreita-

    da, e este por sua vez, pediu um minutinho para que ele

    pudesse checar com a equipe técnica de que se tratava a sua

    pergunta. E lá se foram muitos minutinhos de espera e mais

    uma desistência.

    Situação 2: você desenvolve o que considera o melhor pro-

    duto do mercado. Convicto de que realmente é o melhor

    produto, convoca 20% da sua equipe de vendedores e entre-

    ga a cada um o tal produto para que testem e emitam seus

    pareceres. Depois de 15 dias, seus vendedores alegam que

    tem uma peça que está com defeito. Você troca a peça, e

    mais 15 dias de avaliações. Seus vendedores ficam impressi-

    onados com o produto – realmente ele é a melhor opção do

    mercado. Com esta certeza, você convoca toda a sua equipe

    de vendedores para apresentar o novo produto, explicar cada

    detalhe, como funciona, quais os diferenciais dos outros no

    mercado, quais as funcionalidades que dispõe e todos os de-

    talhes técnicos. Com sua equipe pronta para vender o produ-

    to, você prepara uma campanha de marketing e lança o pro-

    duto

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