Adversidades Da Vida

De Beatriz Rabah

Neste livro você vai encontrar 5 histórias de pessoas comuns, como eu você, com seus dramas pessoais e familiares, e se envolver em cada uma delas. Sempre um final surpreendente!

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 16 de fev. de 2017

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Adversidades da Vida

Beatriz Rabah

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A Dolorosa Descoberta .......... Error! Bookmark not defined.

A Farsa ................................................................................. 40

A Grande Surpresa ........................................................... 66

O Admirável Crime de Heloísa ...................................... 79

O Pacto ................................................................................ 96

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Adversidades da Vida, por Beatriz Rabah

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Adversidades da Vida, por Beatriz Rabah

A Dolorosa Descoberta

Nossa história se desenrola na cidade de Sobradinho, em

Brasília, e tudo começa numa linda e ensolarada manhã, quando

Bruna Botichelli, jovem de imensa beleza, simpática, educada,

morena de olhos verdes e cabelos negros, um metro e setenta e

cinco de altura, vendedora de perfumes, cosméticos e roupas

finas, que já se preparava para sair de casa a fim de entregar

seus produtos, não só para manter seus estudos, uma vez que

cursava faculdade de medicina, pois desejava tornar-se

psicanalista, como também ajudar a seu pai, Arnaldo Botichelli,

que ganhava pouco como ajudante de Torneiro Mecânico.

Arnaldo era viúvo e vivia em companhia de seus dois

filhos gêmeos, Bruna e Bruno Botichelli. Bruno era também um

belíssimo rapaz, elegante, ajudando ao pai durante o dia como

escrevente e secretário. À noite cursava faculdade de direito,

pois desejava seguir o magistrado, mesmo lutando com

dificuldades pelo pão de cada dia, a família Botichelli, era feliz.

No momento em que Bruna estava de saída, Bruno chega em

casa em companhia de um dos sócios do cartório para o qual

trabalhava e exclama alegremente:

- Bruna! Está bastante atrasada hoje! Em casa até agora,

mana?

- É verdade Bruno, aliás, há muito tempo não me

acontece isso. Ainda bem que não tenho nenhuma freguesia à

minha espera. E você Bruno? O que faz em casa a essa hora?

- Terei que viajar com o Doutor Márcio Vieira. Um dos

sócios do cartório para o qual trabalho Bruna. Esse moço

decidiu transferir-se para nossa cidade, e eu me ofereci para

ajudá-lo a transportar algumas coisas mais urgentes. Márcio

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Adversidades da Vida, por Beatriz Rabah

gostou de Brasília e vai sair definitivamente de Paraná. Resolvi

então vir tomar banho, trocar de roupa e deixar um bilhete

avisando a você e papai de minha viagem. Mas veja só, estou

aqui falando e não os apresentei, Bruna, este é o Doutor Márcio

Vieira, um futuro juiz. Para mim, contudo, é apenas Márcio, o

meu grande amigo. Márcio, esta é Bruna Botichelli, minha irmã

gêmea.

Márcio sorri, aperta a mão da jovem e fala com amabilidade e

admiração:

- Nem seria necessário dizer que são gêmeos! É uma

satisfação conhecê-la, senhorita. Bruno não me disse que tinha

uma irmã tão encantadora!

- Gentileza sua Doutor Márcio. Só espero que não repare

em nossa casa.

A moça se mostrava constrangida, casa modesta. E Bruno

procurava deixar a irmã bem à vontade:

- Bruninha! O que é isso? Se soubesse que Márcio iria

reparar em nossa casa, não o teria trazido! Apesar de ser um dos

patrões, Márcio é uma excelente pessoa e muito simples. Agora

pode ir mana, pois eu mesmo irei até a cozinha pegar um

cafezinho para nós.

- Papai virá mais tarde hoje e levou a garrafa com café,

Bruno. Mas se esperarem cinco minutos o café estará pronto.

- Senhorita, por favor não se atrase mais. Eu e seu irmão

tomaremos café pelo caminho.

- Márcio, você não conhece minha irmã! Bruna faz

questão de mostrar suas qualidades como dona de casa meu

caro! Depois daremos uma carona para ela até a cidade. Outra

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Adversidades da Vida, por Beatriz Rabah

coisa, nada de cerimônia entre vocês! Devem ser amigos. Além

do mais com vinte e três anos, você aos trinta, são ainda muito

jovens para um tratamento tão cerimonioso.

Bruna se retira e instantes depois serve um café com delicioso

empadão e biscoitos que ela mesma costumava fazer. Bruno

toma um banho, troca de roupa e apanha algumas coisas

pessoais e dez minutos depois os três saem no carro de Márcio.

Dois dias depois ao voltar de sua viagem, Bruno encontra sua

irmã costurando na sala, e ao chegar vai logo comentando assim

que a irmã o cumprimenta:

- Tudo bem querido? Fez boa viagem?

- Felizmente, Bruna, você nem imagina como Márcio

ficou encantado em conhecê-la! Está impressionado com seus

modos e com sua beleza! Diz que senão fosse inoportuno

gostaria de nos visitar outras vezes.

- Por mim você pode trazê-lo quando quiser, Bruno,

também gostei dele. Apesar de ser rico é bastante simples e

simpático. Por que ele quis vir para nossa cidade?

- Márcio não está gostando dos modos do seu outro

sócio e por aqui poderá controlar melhor a situação. Ele aqui

nos será muito útil Bruna e as coisas irão melhorar bastante.

Márcio Vieira passa a visitar constantemente a família

Botichelli, todavia ninguém percebe o interesse do rapaz pela

jovem, a não ser a mesma que também se interessara fortemente

por Márcio. Certa manhã, aproveitando-se da ausência de Bruno

e de Arnaldo, sabendo que a jovem estava sozinha em casa,

Márcio resolve visitá-la inesperadamente na hora do almoço. Ao

ouvir a campainha, Bruna abre a porta e recebe uma surpresa:

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- Márcio! Você a esta hora?

- Bom dia, Bruna. Perdoe ter vindo em horário tão

inoportuno. Passei para cumprimentá-la, sabia que a encontraria

sozinha em casa e queria convidá-la para almoçar comigo.

- Você é muito gentil, Márcio, de fato cheguei mais

cedo, ia preparar algo ligeiro para comer quando você tocou a

campainha. Neste caso entre e almoce comigo, em quinze

minutos farei uma comida simples, caseira que no, entanto irá

nos deixar bem alimentados. Além de papai e Bruno não

estarem em caso, não vejo mal algum em que você entre e

almocemos juntos.

- Agradeço sua delicadeza, Bruna. Mas hoje gostaria de

levá-la a um restaurante. Outro dia provarei de seus quitutes.

- Está bem, Márcio! Vou aceitar seu convite, pois ainda

tenho duas horas a meu favor, neste caso sente-se e aguarde um

instante enquanto troco de roupa. Lamento apenas não ter

nenhuma