Encontre milhões de e-books, audiobooks e muito mais com um período de teste gratuito

Apenas $11.99/mês após o término do seu período de teste gratuito. Cancele a qualquer momento.

Eu Escolho
Eu Escolho
Eu Escolho
E-book132 páginas1 hora

Eu Escolho

Nota: 0 de 5 estrelas

()

Ler a amostra

Sobre este e-book

Laura esperava mais da vida, e com Jorge, ela tinha certeza que teria este mais . Mas, algo acontece no meio do caminho... E agora? O que Laura vai fazer? O que ela vai escolher?
IdiomaPortuguês
Data de lançamento29 de nov. de 2020
Eu Escolho

Relacionado a Eu Escolho

Ebooks relacionados

Ficção Geral para você

Visualizar mais

Artigos relacionados

Avaliações de Eu Escolho

Nota: 0 de 5 estrelas
0 notas

0 avaliação0 avaliação

O que você achou?

Toque para dar uma nota

A avaliação deve ter pelo menos 10 palavras

    Pré-visualização do livro

    Eu Escolho - Ingrid Costa Valbão Pires

    1.BUSCANDO O SONHO

    Laura vinha no carro pensando em sua nada fácil vida. Queria tantas coisas...

    Olhava pela janela, e continuava tentando falar com Jorge. Por que ele não atende...

    Anos antes...

    Laura veio de uma cidadezinha, onde todos se conheciam bem.

    Bom , conheciam bem a vida de cada um, e ela detestava isto, o fato de não ter controle sobre o que outros sabiam à seu respeito, por isto decidiu se mudar de cidade.

    Bem, na verdade, não foi só por isso...

    Sua mãe, Dona Germânia, mais conhecida como Dona Maninha, e seu irmão, Bernardo, continuavam em Vale das Nascentes. Ela, viúva desde que Laura saiu de lá, e o irmão, ainda solteiro. A cidade era pequena, e os dois amavam morar ali. Viviam cercados de amigos de longa data.

    Laura não entenderia, ela não tinha muitos amigos e os que tinha, foram embora da cidade, assim como ela.

    Ela ajudava como podia, financeiramente falando.

    Ligava para casa com frequência.

    Bernardo a visitava sempre que podia. Mas cidade grande, não era para ele...

    A mãe, nunca foi lá. Não gostava de sair de seu canto, falava.

    Já Laura, nunca mais voltou na sua cidade, desde que se mudou. Bom Nardo, aqui é meu lugar, dizia sempre para o irmão, quando este ia embora.

    Ela não conseguia entender por que não queria voltar, afinal lá era seu chão, como não amá-lo? Talvez por causa da triste experiência que levou seu pai à demissão e consequentemente à morte...

    Passou por muitas coisas, para chegar onde chegou. Mas hoje, tinha um curso superior, e era reconhecida por todos ao seu redor como funcionária exemplar do escritório onde trabalhava. Era contadora.

    Morava com Jorge. Um homem doce e apaixonado, que conhecera a cerca de dois anos. Se conheceram em um restaurante. Ele a viu e achou que se conheciam de algum lugar.

    — Me desculpe. Parece que te conheço de algum lugar.

    — Acho que não senhor. Não sou daqui. Respondeu ela educadamente, esperando que ele fosse embora logo.

    Laura tinha um pouco de trauma de relacionamentos. Corria sempre que podia. Desde que chegou na capital, só teve uns dois namorados. E os namoros não passaram de dois meses.

    — Posso me sentar? Ele perguntou sem esperar a resposta.

    — De onde você é? Insistiu o homem.

    Ele era muito bonito. Bem arrumado, cheiroso. E tinha algo nele que agradava a Laura.

    — Sou de Vale das Nascente. Uma cidadezinha do interior bem longe daqui.

    — Eu conheço. Linda cidade. Pessoas bem receptivas.

    — Acho que não estamos falando da mesma cidade senhor. Laura levantou os olhos do prato e sorriu.

    — Pronto. Era isto que eu esperava. Este sorriso.

    Se apresentou, ela também. Ficaram quase que por uma hora conversando, sobre vários assuntos. Ele era um homem diferente, diferente dos homens que ela conhecera. Acabou se interessando. Trocaram o número de seus telefones ao final da conversa.

    Depois de dois anos, ainda gostava de conversar com ele. Ele dizia a ela tudo que ela queria ouvir. Dificilmente a contradizia, e quando fazia, tinha todo um jeitinho especial.

    Não eram casados ainda, mas para quê? Que diferença faria? O importante era ser feliz. E eles eram. Só tinha algo que a incomodava, Jorge não queria filhos, e ela sim.

    Laura tentava a todo custo, convencer ao companheiro, de que um filho seria bom para os dois. Mas ele sempre se desculpava, Querida, eu viajo muito por conta do trabalho, você criaria o bebê sozinha, isto não é justo.

    Realmente, Jorge viajava bastante. Às vezes, ficava mais de um mês fora. Ele era representante de produtos para pecuária. Viajava o país todo. Conhecia lugares maravilhosos. Contava muitas histórias e trazia fotos maravilhosas de onde ia. Só dos lugares. Ele nunca estava nas fotos...

    Sempre que chegava, vinha com lindos presentes e lembranças dos locais para ela. E mais apaixonado que nunca. Era como um sonho, e ela gostava muito...

    Ouvia sempre dele, você é minha joia rara, não posso te perder. Ela se sentia a mulher mais sortuda do mundo, podia não ser linda de morrer, mas era a muito amada, com certeza.

    Laura se olhou no espelho, se arrumava para ir trabalhar. Não era baixa, estava acima da média. Tinha puxado a família do pai. Não tinha o corpo padrão de passarela, mas estava satisfeita com suas curvas, e Jorge também. Sorriu para si mesma.

    Os cabelos castanhos escuros, longos. Ela até tinha pensado em cortar, mas no fim, sempre desistia. Gostava deles longos. Eram cacheados, combinavam com sua pele clara. Seus olhos, negros como uma noite sem luar, era assim que Jorge os descrevia. Ele dizia sempre, adoro mergulhar na escuridão dos seus olhos.

    Como não amar um homem tão galanteador, tão doce, tão compreensivo. Não sei o que seria da minha vida sem ele. Ela pensou.

    Terminou de se arrumar e olhou para a cama. O amor de sua vida dormia profundamente. Tinha chegado na noite anterior, bem tarde. Desta vez vou ficar mais de um mês em casa, estou com saudades. Ele disse a ela, e depois dormiu, estava muito cansado da viagem. Não tem problema, amanhã matamos as saudades, pensou.

    Ficou animada, colocaria o plano de ser mãe, em prática.

    Preparou o café, quando se preparava para tomá-lo, olhou em direção à sala, sentiu que alguém a vigiava. Lá estava ele com aqueles olhos pidões, sentado no sofá.

    — Querida, você tem mesmo que ir hoje?

    — Sim Jorge. Você sabe que sim. Sorriu para ele, como uma mãe sorri para confortar o filho emburrado.

    — Não posso faltar, logo hoje, logo esta semana. Você já sabe como funciona o escritório. Sinto muito.

    — Prometo que teremos o final de semana todo só para nós. Ela afirmou.

    Ela contava com isto. Estava em seu período fértil.

    Jorge fez uma cara de tristeza. Ela deu um beijo em seu amor, tomou um gole de café e saiu. Ele teria que entendê-la. Ela entendia suas viagens sem fim...

    Laura chegou no escritório cedo. Queria adiantar sua parte, para sair mais cedo. Jorge a esperava em casa. Estava se sentindo nas nuvens. Ele nunca tinha ficado tanto tempo em casa antes. Disse que se tudo desse certo no negócio que ele tinha entrado, viajaria menos e ganharia mais.

    Ela o perguntou que tipo de negócio era, ele desconversou e disse que era algo muito bom. Laura ficou desconfiada, mas não ligou mais. Só queria Jorge mais tempo a seu lado.

    Quem sabe assim, ele aceitasse ser pai? Quem me dera...

    — Bom dia Laura. Madrugou hoje? Perguntou Rebeca, sua melhor amiga.

    — Sim Beca, tenho que terminar cedo hoje. Jorge chegou ontem à noite.

    — Menina, é mesmo? Vai colocar o plano em prática?

    — Vou. Criei coragem.

    — E se ele não gostar desta história? A amiga perguntou.

    — Eu não falei, e nem vou falar. O que os olhos não veem, o coração não sente. Não é assim que se diz?

    — Amiga cuidado. Você não conhece bem este Jorge...

    — Beca! Estou com ele faz dois anos.

    Está gostando da amostra?
    Página 1 de 1