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Kira E O Caminho Dos Deuses
Kira E O Caminho Dos Deuses
Kira E O Caminho Dos Deuses
E-book349 páginas6 horas

Kira E O Caminho Dos Deuses

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Sobre este e-book

Em Kira e a magia de Toth (Vol. 1 da trilogia “Magia do Egito”), após uma trágica abertura de portal, através do qual seu amigo de infância e secreto amor desaparece, Kira forma uma expedição para tentar resgatá-lo. Atenta aos sinais que lhe chegam, a jovem tem a firme intuição de que deve iniciar sua procura no Egito. E o faz com a ajuda de sua tia e dos amigos do Portal dos Deuses (um grupo de magia de que participa), além de três professores da universidade na qual cursa o primeiro ano de arqueologia. Em meio a muitas aventuras, Kira descobre estar sendo ameaçada por um grupo que cultua o terrível e temido deus Seth. Teria André sido capturado por eles? Ao chegar a um sítio arqueológico onde se encontram as ruínas do templo do deus Toth, em transe ela fala com os deuses e adquire uma magia diferente e antiga. Nesse momento fica claro que o grupo está lidando com realidades e poderes dos quais até então (quase) todos tinham apenas uma pálida ideia... Em Kira e o caminho dos deuses (Vol. 2), o professor Edward, que revelou ser um mago, propõe-se ensinar ao grupo os mistérios da magia antiga com a ajuda dos deuses, para tornar possível o resgate de André. Uma aventura eletrizante, cheia de perseguições e lutas em meio à magia e encantamentos, vai ter lugar nessa busca, além dos mistérios que serão desvendados com o auxílio dos deuses e do mestre de magia, um ancião com idade e sabedoria de séculos. André finalmente é encontrado e o passado se dá a conhecer, mostrando que lendas e profecias estão voltando para enfim cobrar o preço de um amor que conseguiu resistir através do tempo e do espaço. As grandes revelações explicarão o porquê da forte ligação entre Edward e Beth, Kira e André, assim como conduzirão à emocionante história de Kenia, Peter e Adrianne e de Johnny e Cassy. O perigo não vem só dos temíveis homens do deus Seth: quem será o homem misterioso que poderá separar os enamorados? E por que está atrás deles? Será ganância, ou será amor? E quais castigos o deserto ameaçador poderá lhes infligir? Muitas lendas serão contadas, os deuses são apresentados de forma apaixonante e comovente. Até onde você iria para resgatar um amor? Quais riscos correria para ajudar a quem ama? Seria capaz de arriscar sua vida? Teria coragem de comparecer ao tribunal de Osíris perante os grandes deuses? Seria capaz de se submeter à balança e à pena de Maat? Conheça você também esse universo mágico e se prepare para percorrer o caminho da aventura, da amizade e do amor.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento15 de jul. de 2017
Kira E O Caminho Dos Deuses

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    Kira E O Caminho Dos Deuses - Rita Santos

    Kira e o caminho dos Deuses

    Trilogia – Magia do Egito – Vol.2

    Rita Santos

    Kira e o caminho dos

    Deuses

    Trilogia – Magia do Egito – Vol.2

    Rita Santos

    Copyright © 2017 Rita Santos

    Todos os direitos reservados

    Revisão: Alexandre Soares Santana

    Entre em contato/visite:

    rita_criativa@terra.com.br

    http://vilerblog.wixsite.com/ritasantos

    https://www.facebook.com/viler.ritasantos

    A todos aqueles que acompanham o meu trabalho e

    principalmente a Marília Torres de Azevedo, que me

    incentivou em cada etapa desta trilogia. A Aline Davanço e

    Thayna Cristine da Silva, que fizeram a leitura crítica.

    A Fé é o caminho que transforma em realidade o

    conhecimento de fatos, quando as probabilidades

    são inaceitáveis.

    1. Esperança

    Após o jantar, Kira foi para o quarto.

    Precisava ficar sozinha, queria pensar em tudo, absorver

    o que havia ouvido nas explicações do professor Edward.

    Sentia que sua vida estava de cabeça para baixo, tudo

    estava muito confuso.

    Não queria preocupar Beth. Via-lhe no rosto

    o pânico, como se ela, sua sobrinha, fosse desaparecer

    como André. Será que havia algo que o professor não

    tinha lhe contado, ou era somente um excesso de

    proteção por parte da tia?

    Foi para a varanda. Sentia muita falta de

    André, tinha medo de começar a esquecer o rosto dele, os

    olhos, o sorriso, o cheiro. Só de pensar nisso o seu

    coração se apertou, já não conseguia escutar o som

    daquela voz.

    Começou a lembrar pequenas coisas, como

    quando ele a ficava esperando para tomar o café da

    manhã com panquecas de chocolate e morangos só para

    poder lambuzar seu nariz. Ela conseguia ver o sorriso

    maroto que o rapaz lhe lançava antes de sair correndo

    para a sala de aula...

    Lembrou-se

    de

    André

    correndo

    enlouquecido (apenas porque ela havia torcido o

    tornozelo) e a carregando no colo como se fosse um bebê;

    do carinho com que ele a olhava.

    Lembrou-se do primeiro beijo, na verdade o

    único beijo de André; do sabor que ainda fazia seu

    coração acelerar.

    Viu-se na casa da árvore estudando sobre o

    Egito antes da viagem de André e, depois, no dia do baile;

    quase conseguiu sentir a emoção da sua primeira dança,

    o beijinho roubado e, na sequência, a decepção que a fez

    ir embora da fazenda para a casa de sua tia Beth.

    A saudade que sentiu de André, a separação

    e depois o reencontro, quando se viram pelo chat na

    internet, a formatura dele, em seguida a sua, o

    sentimento de medo de perdê-lo caso ele descobrisse que

    ela o amava, sem saber que ele também a amava...

    Quanto

    desperdício

    de

    tempo,

    de

    sentimentos! Se ao menos Kira soubesse antes, talvez

    não tivesse acontecido aquela discussão que resultou na

    abertura

    do

    portal

    e,

    consequentemente,

    no

    desaparecimento de André.

    Lembrou-se em detalhes da discussão entre

    eles, a culpa corroía-lhe a alma; como ela pôde dizer-lhe

    tudo o que dissera, como pôde magoá-lo daquele jeito?

    As lágrimas começaram a rolar-lhe pelo

    rosto de forma incontrolável e, quando percebeu, os

    soluços lhe chacoalhavam o peito. Ela precisava

    desabafar, precisava lavar toda a angústia, já fazia tanto

    tempo que não conseguia sentir a presença dele. Por que

    isso estava acontecendo? Era como se ela o estivesse

    abandonando.

    Quando Kira olhou para o céu e viu uma

    estrela brilhar de forma mais intensa, sentiu um aperto

    no peito. Não demorou para o brilho se intensificar outra

    vez, aquele era o código entre eles, era o sinal que ela

    esperava.

    – É você, André?

    E o brilho da estrela intensificou-se

    novamente. Aí, sim, a jovem pôde suspirar e sorrir;

    agradeceu a André por poder sentir a esperança voltando,

    mas mesmo assim estava triste, pois queria vê-lo.

    Após o jantar, Beth ficou com os amigos.

    Sabia que tinha que dar um tempo a Kira, mas estava

    muito preocupada em deixá-la sozinha, mesmo depois de

    o professor Edward ter dito que o perigo maior seria

    quando estivesse dormindo, uma vez que os pesadelos

    dela poderiam transportá-la para outra época. Mas e se

    ela cochilasse, e se ela entrasse em transe, e se ela...

    O olhar triste de Beth também devastava o

    coração de Edward, mas ele não podia sufocá-la. Ainda

    mais porque agora ela estava começando a adquirir um

    pouco de confiança nele, e ele não podia estragar tudo.

    Quando se iniciou a expedição do grupo

    para o Egito, o principal objetivo era ver se iriam

    conseguir se conectar e fazer a abertura de portal para

    trazer o André de volta.

    Naquele

    momento,

    todos

    estavam

    pensativos, cada um perdido em um ponto de sua própria

    vida, de seu próprio medo, de seu próprio desafio. Afinal,

    no dia seguinte o treinamento teria início, o verdadeiro

    treinamento. Lá existiam mestres, existiam alunos, mas

    nada se comparava ao que estava por vir; os mistérios

    que o Egito prometia eram suficientes para deixar todos

    com os nervos à flor da pele.

    O transe que Kira havia vivenciado os tinha

    deixado inseguros. Apesar de terem conhecimento,

    aquela energia lhes era totalmente desconhecida.

    2. Egrégora

    Naquela noite, Beth subiu para o quarto e

    encontrou Kira escrevendo em seu diário. A jovem estava

    serena, mas com o olhar ainda triste. Sorriu para a tia e

    disse:

    – Estava esperando sua chegada; sei que

    não quer que eu durma antes de você chegar.

    – Desculpe, querida, se demorei. Queria lhe

    dar um pouco de privacidade.

    – Não se preocupe. Foi bom pensar um

    pouco e, sabe, acho que ele me mandou um aviso de que

    está com saudade.

    Ela disse isso com um sorriso no olhar, o

    que fez Beth se alegrar.

    – E o professor? Ele não vai subir, Beth?

    – Acho que já vem. Vai dar um tempo para

    eu poder trocar de roupa e me deitar.

    – Parece que agora vocês estão se dando

    melhor.

    – É, até que, quando quer, ele não é tão

    desagradável.

    – Beth, reparou como você olha para ele?

    – Kira, não comece. Acho-o um homem

    inteligente. Além disso, você sabe que admiro gente com

    força de vontade, e sei que ele é uma pessoa lutadora.

    – Sei, e ele também a admira, já me disse

    isso.

    – Pare de ver coisas onde não existe nada.

    Nosso interesse é nos problemas que envolvem a

    expedição e agora no treinamento, que ainda não sei bem

    se vou conseguir fazer.

    Nesse momento Edward entrou no quarto e

    pegou o final da conversa.

    – É claro que vai conseguir. Na verdade,

    acredito muito na sua sensibilidade.

    – Está vendo, Beth? Sempre a achei muito

    sensitiva – disse Kira com um sorriso nos lábios.

    – Não sei, não, sou muito medrosa.

    Isso é

    somente

    uma

    questão

    de

    conhecimento, Beth, mas não vamos antecipar as coisas.

    Amanhã começaremos com as nossas compras: vamos

    achar coisas muito interessantes, vocês vão ver.

    O professor tentava animá-las, mas também

    estava pensativo e preocupado.

    – Agora é melhor dormirmos, porque temos

    que estar descansados, vamos andar muito.

    Com um sorriso encantador, desejou-lhes

    boa-noite e foi deitar.

    Beth deitou, sentiu Kira adormecida a seu

    lado na cama, mas o simples fato de saber que Edward

    estava dormindo a poucos metros dali já era suficiente

    para deixá-la nervosa. A atração que sentia por ele era

    algo que há muito tempo não sentia por ninguém. Ficou

    um longo tempo pensando, mas acabou conseguindo

    dormir.

    No dia seguinte, após o café da manhã, o

    grupo se reuniu para fazerem as compras.

    Peter, Kenia, Adrianne, Johnny, Cassy,

    Beth, Kira e Edward saíram do hotel com destino às

    pequenas lojas entulhadas de suvenires e amuletos,

    entre outros utensílios utilizados pelos habitantes da

    região e comprados por turistas.

    A primeira coisa que o professor disse que

    teriam que comprar era uma bolsa de lona impermeável,

    cheia de divisórias e de um material leve; também tinha

    que ter uma alça comprida para ser colocada de forma

    transversal na frente do corpo. Todos acharam que seria

    muito feia, o que fez o professor ficar bastante irritado,

    principalmente com as mulheres.

    Depois ele pediu que cada um escolhesse

    uma varinha. Poderia ser de vários materiais – osso,

    madeira, aço, ouro, prata –, mas, fosse qual fosse, seria

    curvada e cada um teria que sentir a sua força. Algumas

    estavam com símbolos desenhados, outras eram lisas,

    mas isso não teria tanta importância, porque Edward iria

    explicar os símbolos. O mais importante seria o

    sentimento que a varinha iria despertar em cada um.

    Depois eles teriam que escolher um bastão,

    obedecendo às mesmas orientações.

    Depois um espelho de Hathor, uns rolos de

    fitas coloridas, um rolo de linho, cera de modelar, quatro

    vasos de cerâmica pequenos, três caixas, um punhal, três

    pedras, sendo um citrino ou cristal, uma ametista e uma

    pedra da qual o olhar não conseguisse escapar, uma

    espinha de Osíris, um mangal, um gancho, giz, uma

    palheta de tinta, uma pena, um amuleto ou joia e, se

    encontrassem, um material ou arma pelos quais eles se

    encantassem.

    Além desses materiais, pediu que Beth

    providenciasse roupas de linho. Ela, porém, perguntou se

    não seria melhor comprar peças de linho e contratar, no

    hotel, costureiros para confeccionar as roupas, que

    passariam a ser uma espécie de uniforme.

    Edward concordou imediatamente com a

    ideia de Beth. Combinaram procurar os materiais para o

    uniforme juntos, após a expedição de compras do grupo.

    Todos o ouviram passar a relação de

    materiais de olhos arregalados, sem saber como

    encontrar tantas coisas.

    O professor passou por eles e simplesmente

    começou a entrar em ruelas. O grupo o seguia,

    verificando tudo o que ele olhava. Então Edward se pôs a

    escolher alguns dos artefatos.

    Beth e Kira buscaram deixar a coisa mais

    divertida e descontraída, pois viram que todos estavam

    tensos e preocupados.

    A primeira a encontrar as bolsas de lona foi

    Beth. Com um olhar inquisitivo, chamou Edward para

    que verificasse se o modelo encontrado era adequado. Ela

    estava em dúvida sobre como seriam utilizadas, pois a

    lista de materiais era grande e certamente aquilo tudo

    não caberia numa bolsa daquelas.

    Ele explicou que a bolsa serviria para

    carregar apenas alguns dos objetos; quanto aos outros,

    não seria preciso carregar, mas somente aprender a

    utilidade. O esclarecimento os deixou menos tensos. Em

    pouco tempo, estavam todos se deixando levar pela

    intuição e pela atração sensitiva dos objetos.

    Kira já possuía boa parte deles, uma vez que

    André lhe havia presenteado com muitos dos itens, com

    os quais ela estabelecera forte ligação emocional. Estes a

    jovem não os substituiria por outros de jeito nenhum.

    Beth, mais uma vez, foi a primeira a

    encontrar a varinha. Estava em uma loja e, ao examinar

    uma caixa de que havia gostado, encontrou a varinha em

    seu interior e imediatamente se apoderou dela,

    dispensando qualquer outra. O mesmo aconteceu com o

    bastão, que ela viu em um canto de uma loja de

    antiguidade, muito parecida com aquela onde Kira havia

    adquirido a sua.

    Após terem conseguido encontrar todos os

    itens – o que levou, na verdade, quase o dia todo –,

    retornaram para o hotel. Beth foi até a gerência e

    indagou sobre o serviço de costura para a confecção dos

    uniformes. Foi informada de que um par poderia ficar

    pronto para o dia seguinte, os demais jogos seriam

    entregues dali a dois dias.

    As peças de linho, Beth e Edward saíram

    para comprar. Ele lhe disse que seriam necessárias cores

    neutras – branco, bege e preto seriam o ideal – e que

    precisariam de muitas peças, pois, além de serem oito

    pessoas, havia as trocas de roupas. Ela fez um cálculo

    rápido e acabou decidindo que seria mais fácil se fosse

    padronizada uma roupa unissex para todo o grupo: calça

    e quimono ou bata. Para as mulheres poderiam ser

    colocados alguns bordados ou até mesmo alguns

    acessórios no estilo colar.

    Além de um caderno para cada um dos oito,

    Beth providenciou o kohl, que seria utilizado para a

    pintura dos olhos e também para a reprodução de alguns

    hieróglifos de poder.

    Foi providenciada ainda uma sala no hotel,

    com um projetor, uma lousa de sala de aula e uma mesa

    grande para que todos ficassem confortavelmente

    instalados.

    Beth estava cansada quando foi para o

    quarto no final do dia. Encontrou Edward e Kira na

    varanda conversando animadamente. Eles olharam para

    ela com um sorriso no rosto, mas, ao ver seu olhar

    cansado, perguntaram se estava tudo bem.

    A mulher se limitou a balançar a cabeça e

    entrou no banheiro para um banho. Acabou cochilando

    na banheira, e sua demora em aparecer deixou Edward

    um pouco inquieto.

    – Kira, será que está tudo bem com Beth?

    Acho que ela está demorando demais no banheiro.

    – Não é nada; acho que ela deve estar

    relaxando.

    Continuaram a conversar, mas o professor

    estava ansioso, e a jovem começou a perceber que seu

    interlocutor não conseguia ficar quieto. Em cada

    movimento, ele chegava perto da porta do banheiro,

    tentando escutar e dando a desculpa de pegar algo. Esse

    comportamento começou a incomodar Kira.

    – Kira, não acho normal. Ela está

    demorando demais, e não escuto nada no banheiro. Acho

    que vou entrar.

    – Não, deixe que eu entro.

    Kira tentou empurrar a porta, mas estava

    trancada do lado de dentro. Então chamou o nome da tia,

    mas Beth não respondeu. Bateu à porta e também não

    houve resposta. Antes mesmo de ela pensar em outra

    possibilidade

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