Apocali-se: Outros contos sobre o Fim
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Sobre este e-book
Não importa como o fim dos tempos realmente acontecerá, o importante é que aqui acreditamos no Fim. Em várias abordagens diferentes, veremos vários autores mostrarem sua visão apocalíptica do final dos tempos, venha conosco! Aperte o botão e inicie essa jornada! O fim chegou e com ele, várias histórias de como terminaremos nossa existência. Prepare-se: os julgamentos e profecias serão concretizados e veremos nossa Terra ser dizimada!
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Apocali-se - Vários Autores
FICHA DO LIVRO
VÁRIOS AUTORES,
APOCALI-SE – Outros contos sobre o Fim
COPYRIGHT DOS CONTOS © 2018/2019
ISBN: 9780463509012
CAPA: Fernando Lima
IMAGEM DA CAPA: Kei Rothblack
DIAGRAMAÇÃO E EDIÇÃO: Elemental Editoração
CRIAÇÃO E FINALIZAÇÃO: Elemental Editoração
REVISÃO: Os Autores
ORGANIZADORES: Fernando Lima e Mhorgana Alessandra
1. Coletânea 2. Contos 3. Português 4. Horror 5. Apocalipse
1. Título 2. Livro Digital 3. Coleção
Todos os direitos desta obra se reservam somente ao autor, qualquer forma de reprodução não autorizada por expresso pelo autor, será considerada crime conforme previsto na lei dos direitos autorais.
LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998
seloee.weebly.com
elementaleditoracao@gmail.com
Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na terra, as nações estarão em angústia e perplexidade com o bramido e a agitação do mar. Os homens desmaiarão de terror, apreensivos com o que estará sobrevindo ao mundo; e os poderes celestes serão abalados.
(Lucas 21:25-26)
SUMÁRIO
FICHA DO LIVRO
PREFÁCIO
A BORBOLETA ESCARLATE
A FAZENDA
A MARCHA DOS PÍFAROS
ABSINTO
ALIENÍGENAS SOMOS NÓS
APOCALIPSE
DEMÔNIOS MESTIÇOS
EXPANSÃO
EXTINÇÃO OU LOUCURA
GRITOS NO ESCURO
INVERNIA NUCLEAR
MUNDOS EM SINTONIA
NÃO SOBROU O CÉU
O APOCALIPSE EM PESTE
O FIM
O FIM VEM DAS ESTRELAS
O PRESSÁGIO DA LOUCURA
O ÚLTIMO
O ÚLTIMO DIA
O VÍRUS BETAHGT
OPERAÇÃO APOCALIPSE
ROATÁN
SELVAGEM
SUNSHINE 96.8
THE BUTCHER
TRANSCENDÊNCIA ESCARLATE
BIOGRAFIAS
PREFÁCIO
Apocali-se
O final dos tempos
O fim do mundo, ou o Apocalipe, é comumente narrado como uma série de episódios que culminarão no término da vida terrestre como conhecemos. É uma palavra com origem no termo grego apokálypsis que significa revelação
ou ação de descobrir
. Pensando em um sentido figurado, o Apocalipse pode ser um discurso obscuro ou um cataclisma. O final dos tempos é um período futuro descrito em várias religiões do mundo, que apontam que os eventos do mundo alcançarão um clímax final, um fim.
As fés abraâmicas mantêm uma cosmologia linear, com os cenários do final dos tempos, a conter temas de transformação e redenção. No judaísmo, o termo faz referência à era messiânica e inclui um ajuntamento dos judeus exilados na diáspora, a vinda do Messias, a ressurreição dos justos e o mundo vindouro. Alguns braços do cristianismo retratam o final dos tempos, como um período atribulado e de várias catástrofes que precedem a segunda vinda de Cristo, que enfrentará o anticristo com sua estrutura de poder e proclamará o Reino de Deus. Jesus triunfará sobre o falso Messias, que levará à sequência dos eventos que acabará com o sol a nascer do Oeste e o começo do dia do juízo final. Fés não-abraâmicas tendem a ter visões de mundo mais cíclicas, com as escatologias do fim do tempo caracterizadas por decaimento, redenção e renascimento.
No hinduísmo, o final dos tempos ocorre quando Kalki, a encarnação final de Vishnu, desce montado num cavalo branco e traz um fim ao atual Kali Yuga. No budismo, o Buddha predisse que seus ensinos seriam esquecidos após 5000 anos, seguidos por tumulto. Um bodhisattva chamado Maitreya aparecerá e redescobrirá o ensinamento de dharma. A destruição derradeira do mundo virá então, através de sete sóis.
Retirando-se o preceito religioso, de acordo com astrônomos, a Terra deverá durar ainda, pelo menos mais 5 bilhões de anos antes do sol tornar-se uma gigante vermelha. Devido à perda de massa do sol, a Terra sairá de sua órbita, distanciando-se do mesmo. O imenso calor evaporará os oceanos, transformando a Terra num deserto poeirento, bastante parecido com o planeta Marte, mas com um clima semelhante ao de Vênus. O sol posteriormente se transformará numa anã branca, incapaz de fornecer uma quantidade mínima de calor necessária à manutenção da vida.
Uma outra corrente de cientistas diz que a atmosfera irá perder seu vapor d'água dentro de 1,1 bilhão de anos, porque o sol se tornará 10% mais quente, e que os oceanos irão evaporar dentro de 3,5 bilhões de anos, quando o sol estiver 40% mais quente. Em 3,5 bilhões de anos, a galáxia de Andrômeda poderá colidir com a nossa, podendo desorganizar alguns sistemas solares. Muitos cientistas, entretanto, acreditam que nosso Sistema Solar escapará ileso, embora exista uma chance de que ele seja ejetado da fusão das duas galáxias. Quase toda a comunidade científica concorda que o derradeiro destino do Universo subsequentemente destruiria a Terra.
Desde o cálculo da idade estimada da Terra, ou do discurso científico sobre o fim dos tempos, centrou-se no derradeiro destino do Universo. Teorias incluíram o Big Rip, Big Crunch, Big Bounce, e Big Freeze. O Apocalipse zumbi, acontecimento amplamente abordado nas artes dramáticas, no teatro, cinema e literatura, vem representado pela ideia da proliferação de zumbis ou mortos-vivos, que levaria a ruína da sociedade, deixando a raça humana em extinção. Alguns autores afirmam que entre vírus, drogas ou utilização inadequada da nanotecnologia, poderão conduzir a um evento semelhante ao Apocalipse zumbi.
Não importa como o fim dos tempos realmente acontecerá, o importante é que aqui acreditamos no Fim. Em várias abordagens diferentes, veremos vários autores mostrarem sua visão apocalíptica do final dos tempos, venha conosco! Aperte o botão e inicie essa jornada! O fim chegou e com ele, várias histórias de como terminaremos nossa existência. Prepare-se: os julgamentos e profecias serão concretizados e veremos nossa Terra ser dizimada!
Mhorgana Alessandra
A BORBOLETA ESCARLATE
Miguel Dracul
Deus deve estar testando você.
As palavras de seu falecido pai reverberavam na mente de Catarina. Costumava dizer isso à filha sempre que ela se via diante de complicações e decisões difíceis. A jovem mulher caminhava fazendo seu melhor para não tropeçar com os saltos altos no terreno irregular. Via apenas escuridão diante de si, as vendas sendo tão efetivas quanto as lágrimas para cegá-la. Usava um vestido vermelho escuro rodado, decorado com rendas pretas e que deixava seus ombros à mostra; no direito podia sentir o aperto de uma mão áspera que a guiava para que continuasse seguindo em frente.
Talvez fosse o temor pela morte iminente que a estivesse fazendo pensar no pai. Ele havia sido um homem religioso, bom cristão e contente por criar suas filhas sob os ensinamentos da igreja, teria sentido orgulho, não fosse isso um pecado, Catarina quase se tornara freira. Não tivesse sido um belo professor de história que visitara o convento para uma pesquisa, estaria casada com cristo, mas ao invés disso agora era casada com Eros, doutor em história e especialista em mitos sobre o nascimento e o fim do mundo. Quando teve de optar por seguir adiante e fazer seus votos para com a igreja ou viver o sagrado com outro laço, o matrimonial, seu pai usara da frase de efeito. Agora entre o choro e as lembranças, pedia a Deus que seu marido estivesse seguro, que os homens que haviam violado sua casa e lhe raptado da cama onde, ainda vestida, esperava o marido para que finalizassem a noite de celebração do aniversário de seu casamento, não o tivessem ferido.
O odor nauseabundo a qual foi submetida fez com que até mesmo suas preces mentais fossem interrompidas. Parecia ter entrado em um aposento no qual se misturavam os cheiros de umidade, animais e ovos podres. Segurou-se para não vomitar quando sentiu as mãos ásperas amarrarem seus pulsos às suas costas, a prendendo contra um pilar frio. Soltou um grito de terror ao sentir pelos grossos roçando contra seus tornozelos enquanto alguém tirava seus sapatos, o que a fez pôr a sola dos pés em contato com um líquido viscoso que cobria o chão de pedra. Depois disso passos se distanciaram no escuro deixando-a só, porém nada a fez sentir pior do que o som que ouviu em seguida:
— Catarina, meu amor? Você está aqui?
Seu marido não havia escapado, fora raptado assim como ela. Precisou de toda força de vontade para superar o nó que prendia sua garganta e sussurrar:
— Eros? O que é isso? O que eles querem? Feriram você? – Indagou surpresa por conseguir falar.
— Eu tô bem, meu amor, não me fizeram nada – Eros tentava passar confiança à esposa e respirava pela boca para suportar o fedor do cativeiro. – Ouvi eles falarem de você. Disseram que você precisava fazer algo e nos libertariam.
Catarina não acreditava que criminosos pudessem sequestrar uma pedagoga e um professor universitário pensando em lucrar, mas se fosse dinheiro daria todo o que tivesse:
— Eu vou fazer de tudo para que a gente possa sair daqui, Eros. Eu juro, se Deus quiser, nada de ruim vai acontecer com a gente.
O som de passos se aproximando fez com que marido e mulher se calassem. Catarina sentiu sua venda se afrouxar e ser retirada. A escuridão foi iluminada fracamente pela grossa vela vermelha que a figura a sua frente segurava e embora a mão tivesse cinco dedos, tinha garras e era coberta por pelos escuros. Ainda que estivessem na penumbra, não achou que parecessem ser luvas. Um grande capuz negro ocultava o rosto de seu captor e o corpo era coberto por um manto da mesma cor. Catarina atreveu-se a olhar para baixo e seu grito ecoou agudamente. Sangue, era este o líquido no qual estava pisando.
— Você ama seu marido? – A voz vinda do encapuzado era surpreendentemente bonita, suave e máscula. Não estivesse diante de uma situação tão assombrosa só poderia associá-la a um anjo. – A liberdade dele depende apenas de ti. Faça o que lhe for dito e ambos serão libertos.
— Por favor, eu imploro! Juro que faço o que você quiser, mas nos deixe ir – suplicou entre soluços.
Catarina viu aproximar-se e aos poucos adentrar seu campo de visão uma jovem mulher. Estava nua exceto por uma máscara em forma de borboleta que lhe cobria o rosto e os longos cabelos negros reluzentes que se estendiam até o quadril. O encapuzado se moveu para trás do pilar e cortou as cordas que prendiam Catarina, segurou seu ombro como quando a havia guiado e lhe disse com sua voz sedutora:
— Verta o sangue da garota e então você e seu marido terão liberdade – com a outra mão o encapuzado entregou-a uma faca, a qual Catarina agarrou com força tremendo da cabeça aos