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Dois Rios
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E-book416 páginas5 horas

Dois Rios

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Sobre este e-book

Alethea é uma jovem adolescente, filha única, criada em uma família amorosa, a qual se envolve em um relacionamento com Adriano. O casal vive descobertas importantes, as quais modificarão suas vidas e de todos em volta. Alethea fica fascinada ao descobrir as delícias do sexo com seu namorado, extremamente sedutor, compulsivo, porém de caráter deformado, devido ao passado regado a violências. No entanto, o descuido dos jovens os leva a momentos difíceis, muito comuns na vida a dois. Abusos, violências diversas e traições, levarão Alethea a enxergar a vida de uma outra forma, forçando-a a amadurecer precocemente. Quanto a Adriano, acontecimentos obscuros da sua infância, virão à tona. Fazendo assim, com que o jovem compreenda as oportunidades que perdeu na vida...inclusive, o seu grande amor: Alethea. Começará uma trajetória acirrada de Adriano para reconquistar Alethea e a família que criou com ela, ao terem o seu filho Adrian Matheus. Adriano precisará repensar seus atos e terá que buscar a oportunidade de transformar-se em uma pessoa melhor. Mas será que irá conseguir? Relações sexuais tórridas, momentos de explosões de amor e ódio transformam esse romance em uma obra interessante. Aqui o leitor poderá se reconhecer em muitos momentos. O dilema que as pessoas enfrentam quanto a descobrirem quem realmente são, o que desejam de verdade. Vão compreender também que, muitas pessoas desnorteadas, de caráter duvidoso, na maioria das vezes, são frutos de famílias desestruturadas. Famílias essas que são invadidas pelo mundo das drogas, do crime, da violência doméstica, entre tantas outras causas, que deformam a sociedade.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento4 de jun. de 2020
Dois Rios

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    Dois Rios - Ana Paula Borges

    A noite já surgia quando Adriano chegou em casa. Alethea o aguardava sentada no batente ao lado da porta da sua casa. Adriano deu um leve beijo nos lábios de Alethea e perguntou:

    - O que houve, minha gata? Fiquei preocupado!

    Os dois entraram e se sentaram no sofá. Trêmula, Alethea informa à Adriano:

    - Eu já estava me sentindo estranha esses dias e lembrei que, desde o início de janeiro, que eu não menstruo. Aí comprei dois testes de gravidez e todos dois deram positivo!

    - O quê? Como assim? – Pergunta Adriano de sobressalto. – Não tem como você estar grávida! Esses exames de farmácia podem dar errado. Já li isso diversas vezes.

    - Eu sei! Por isso mesmo eu fui na emergência, aleguei que estava me sentindo mal. Aí eles fizeram um teste com meu sangue e uma ultrassonografia. Olha! – Diz Alethea, dando os exames para Adriano olhar.

    Com as mãos na boca, Adriano fica tentando não acreditar.

    - Puta que pariu! Que merda é essa? Quando isso aconteceu? A gente sempre transou de camisinha!

    - A única vez que rolou sem camisinha foi no dia do meu aniversário! Mas você disse que não tinha perigo, já que gozou fora!

    Adriano senta novamente no sofá e segura a cabeça. Alethea fica sem saber o que fazer, mas espera um posicionamento do namorado.

    - Estou fudido! Logo agora que estou para ser promovido!

    Alethea continua em silêncio. De repente Adriano se levanta do sofá, segura nas mãos da namorada e avisa:

    - Não posso ter esse filho agora!

    - O quê? – Pergunta Alethea decepcionada. – Você quer que eu tire? Que eu aborte?

    - Quero! Esse filho só vai atrapalhar a vida da gente!

    Lágrimas brotam dos olhos de Alethea e ela se desespera:

    - Foi um erro nosso! Esse bebê não pediu para estar aqui! Você acabou não botando a porra da camisinha!

    Irritado Adriano anda de um lado para o outro.

    - Você já falou para os seus pais?

    - Ainda não!

    - Ótimo! Dá para nós tirarmos sem eles saberem!

    Alethea custa a acreditar no que está ouvindo.

    - Eu não vou tirar filho nenhum!

    Adriano se volta para Alethea, dirigindo um olhar raivoso, quase psicopata.

    - Em que parte do eu não quero esse filho, você não entendeu? Caralho! Não tenho como sustentar uma família agora! Não quero casar agora!

    - Eu não estou pedindo para você casar comigo!

    Adriano respira fundo e tenta mudar suas estratégias de convencimento.

    - Gata, por favor, me escute! Você está terminando o colegial. Nós dois queremos entrar na faculdade. Só eu trabalho. Não ganho muito. Como você acha que essa criança será criada? Vai atrapalhar a realização de todos os nossos planos!

    Alethea olha para Adriano com um olhar fuzilante. Então limpa as lágrimas, junta seus exames e informa:

    - Eu pensei que você fosse um homem. Mas você é um moleque! Vou enfrentar meus pais sozinha e, pelo jeito, criar esse filho sozinha também! – Diz Alethea, saindo em seguida.

    - Volte aqui! – Grita Adriano.

    Alethea sai apressadamente.

    Antes de entrar em casa, Alethea senta em uma pracinha e tenta se acalmar. Pensa milhões de vezes em como irá informar sua gravidez a seus pais.

    Amelina está organizando os salgados de um buffet que organizará no dia seguinte. Alethea entra apressadamente e diz para a mãe:

    - Cheguei, mãe! – Se dirigindo imediatamente para seu quarto.

    Amelina acha estranho a filha se isolar e vai até ela. Bate na porta do quarto da filha e vai entrando.

    - Filha, está tudo bem?

    Sentada na cama com as mãos no rosto, Alethea balança a cabeça em sinal negativo e soluça copiosamente.

    - O que está acontecendo, minha filha? – Senta-se Amelina ao lado de Alethea, abraçando-a.

    - Você e seu namorado se desentenderam?

    - Me perdoe, mãe!

    - O que foi, minha filha? Você está me assustando!

    - Mãe, eu estou grávida!

    Amelina fica calada, em choque. Fica tentando processar as informações que acabara de receber.

    - Grávida?

    - Mãe, nós sempre tomamos cuidado. Mas no dia do meu aniversário, o Adriano não colocou a camisinha e eu só percebi depois. Ele ejaculou fora. Mas foi o suficiente para...

    Amelina interrompe Alethea:

    - Minha filha, que irresponsabilidade! Por que você não usou pílula? A gente já tinha conversado sobre isso!

    - Eu sei, mãe! Fui na ginecologista e ela me receitou tudo. Mas eu estava esperando a menstruação chegar, mas ela não veio!

    Amelina põe a mão na testa e suspira fundo:

    - Você tem certeza que está grávida?

    - Tenho, mãe! Fiz dois testes de farmácia e deram positivos! Hoje fui na emergência e eles confirmaram. Fizeram um exame de sangue e uma ultrassonografia. Estou com dez semanas.

    - Quase três meses! Meu Deus! Seu pai vai surtar! E Adriano já sabe?

    - Fui na casa dele contar! – Falou Alethea entristecida. – Ele quer que eu tire, mãe! – Diz Alethea com lágrimas escorrendo abundantemente pelo seu rosto.

    - Cachorro! Como se você tivesse feito só!

    Amelina anda de um lado para o outro, pensando no que irão fazer.

    - Eu te avisei que esse rapaz não prestava! Não foi? Eu sabia! Minha intuição não me engana!

    Alethea permanece cabisbaixa:

    - Você não é filha de cachorro sem dono, não! Ele vai assumir esse filho, sim! Você é problema nosso! Mas o filho é dele! Deixe que eu vou conversar com seu pai!

    - Hoje não, mãe! Por favor!

    - Chega, minha filha! Hoje sim! Vou deixar seu pai jantar e mais tarde converso com ele. Senão seu pai vai bater lá na casa desse cachorro de imediato.

    - Ele deu a desculpa de eu estar estudando e ele estar para ser promovido. E que ainda teríamos que entrar na faculdade, etc, etc.

    - Ele pensasse nisso antes! Ou melhor, vocês dois! Na hora de revirar os olhos, ninguém lembra que o gostoso pode se transformar em um filho!

    No jantar, Rogério percebe um clima de tensão pairando no ar. Olha para a esposa com um semblante irritado e para a filha cabisbaixa.

    - O que está acontecendo?

    Alethea olha para o pai e depois lança um olhar suplicante para a mãe, permanecendo calada.

    Amelina continua comendo e responde:

    - Nada! Depois a gente conversa!

    Alethea jantou calada. Um silêncio que incomodava.

    - Vou para meu quarto concluir umas atividades da escola.

    - Vai, filha! – Responde Rogério.

    Na hora de dormir Amelina fica acordada na cama, esperando a melhor forma de contar ao marido que, sua única filha, estaria esperando um filho.

    Na casa de Adriano a tensão era a mesma. Izabel chegou do trabalho quase as 21:00h. Foi tomar um banho e fazer uma refeição rápida. Em seguida foi ao quarto do filho.

    - Boa noite, filhão! E aí, como foi o dia hoje?

    O semblante de Adriano a deixou preocupada.

    - Está acontecendo alguma coisa, filho?

    Adriano se senta na cama e pede à mãe:

    - Mãe, sente aí! Preciso te falar um lance!

    - O que foi, filho? – Disse Izabel já se sentando ao seu lado. – Aconteceu alguma coisa no trabalho? Foi demitido?

    - Não, mãe! Coisa muito pior!

    - Desembucha! – Pede Izabel ansiosa.

    - A Alethea está grávida!

    - O quê? – Grita Izabel.

    - É! Foi um único vacilo que eu dei!

    - Meu Deus do céu! Que irresponsabilidade! Vocês não sabem o que são contraceptivos não?

    - Agora a merda já está feita! O que eu menos preciso é de ouvir sermão!

    - Pois, vou dá sermão sim! Como é que pode? Num tempo desses, que tem tantos métodos para se evitar filhos, vocês vacilam dessa forma? E agora? Vão fazer o quê?

    - Eu pedi para ela tirar! Mas ela não quer!

    - Você o quê? – Perguntou Izabel indignada. – Vocês fazem esse filho e você pede para tirar? Seja homem! Assuma seu filho! Você viu como eu sofri para te criar, praticamente só! É essa a vida que você quer para um filho seu?

    - Eu não estou preparado para assumir família!

    - Então não fizesse! – Diz Izabel enfática.

    Adriano fica emburrado, sentado na cama, sempre olhando para o chão.

    - Quantos anos tem essa menina?

    - Dezoito!

    - Trabalha, estuda, faz o quê da vida?

    - Está terminando o colegial esse ano!

    - Que merda, Adriano! O que nós ganhamos mal dá para nos manter!

    - Foi isso o que eu disse para ela!

    - Você quer tirar seu corpo fora! Não seja moleque! No mínimo os pais dessa menina não vão demorar a virem aqui!

    - A senhora vai me obrigar a casar é?

    - Não! Ela não é menor! Mas o seu filho ou filha, você vai assumir, sim!

    - Eu...eu...amanhã eu ligo para ela. Vou tentar conversar com os pais dela e tentar resolver isso!

    - Mais essa! – Diz Izabel, se retirando do quarto em seguida.

    Na cama, Amelina e Rogério conversam.

    - Ró, aconteceu um problema com a nossa filha!

    - Com a Alê? O que foi? – Pergunta Rogério já se levantando da cama.

    - Senta aí, homem!

    Rogério se senta e aguarda a esposa completar.

    - A Alethea está grávida!

    - Minha filha, o quê? Grávida? Eu mato aquele desgraçado! – Diz Rogério gritando tão alto que Alethea ouve do seu quarto.

    - Ela está com medo de sua reação! Pare de gritar!

    - Eu sabia que iria dar nisso! Sabia! Aquela conversinha bonita no dia do aniversário dela...

    - O pior foi que ele pediu para ela tirar a criança. Ela está arrasada!

    - Miserável! Tratando a minha filha como se fosse uma vagabunda! Vou conversar com esse patife e é

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