Dois Rios
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Dois Rios - Ana Paula Borges
A noite já surgia quando Adriano chegou em casa. Alethea o aguardava sentada no batente ao lado da porta da sua casa. Adriano deu um leve beijo nos lábios de Alethea e perguntou:
- O que houve, minha gata? Fiquei preocupado!
Os dois entraram e se sentaram no sofá. Trêmula, Alethea informa à Adriano:
- Eu já estava me sentindo estranha esses dias e lembrei que, desde o início de janeiro, que eu não menstruo. Aí comprei dois testes de gravidez e todos dois deram positivo!
- O quê? Como assim? – Pergunta Adriano de sobressalto. – Não tem como você estar grávida! Esses exames de farmácia podem dar errado. Já li isso diversas vezes.
- Eu sei! Por isso mesmo eu fui na emergência, aleguei que estava me sentindo mal. Aí eles fizeram um teste com meu sangue e uma ultrassonografia. Olha! – Diz Alethea, dando os exames para Adriano olhar.
Com as mãos na boca, Adriano fica tentando não acreditar.
- Puta que pariu! Que merda é essa? Quando isso aconteceu? A gente sempre transou de camisinha!
- A única vez que rolou sem camisinha foi no dia do meu aniversário! Mas você disse que não tinha perigo, já que gozou fora!
Adriano senta novamente no sofá e segura a cabeça. Alethea fica sem saber o que fazer, mas espera um posicionamento do namorado.
- Estou fudido! Logo agora que estou para ser promovido!
Alethea continua em silêncio. De repente Adriano se levanta do sofá, segura nas mãos da namorada e avisa:
- Não posso ter esse filho agora!
- O quê? – Pergunta Alethea decepcionada. – Você quer que eu tire? Que eu aborte?
- Quero! Esse filho só vai atrapalhar a vida da gente!
Lágrimas brotam dos olhos de Alethea e ela se desespera:
- Foi um erro nosso! Esse bebê não pediu para estar aqui! Você acabou não botando a porra da camisinha!
Irritado Adriano anda de um lado para o outro.
- Você já falou para os seus pais?
- Ainda não!
- Ótimo! Dá para nós tirarmos sem eles saberem!
Alethea custa a acreditar no que está ouvindo.
- Eu não vou tirar filho nenhum!
Adriano se volta para Alethea, dirigindo um olhar raivoso, quase psicopata.
- Em que parte do eu não quero esse filho
, você não entendeu? Caralho! Não tenho como sustentar uma família agora! Não quero casar agora!
- Eu não estou pedindo para você casar comigo!
Adriano respira fundo e tenta mudar suas estratégias de convencimento.
- Gata, por favor, me escute! Você está terminando o colegial. Nós dois queremos entrar na faculdade. Só eu trabalho. Não ganho muito. Como você acha que essa criança será criada? Vai atrapalhar a realização de todos os nossos planos!
Alethea olha para Adriano com um olhar fuzilante. Então limpa as lágrimas, junta seus exames e informa:
- Eu pensei que você fosse um homem. Mas você é um moleque! Vou enfrentar meus pais sozinha e, pelo jeito, criar esse filho sozinha também! – Diz Alethea, saindo em seguida.
- Volte aqui! – Grita Adriano.
Alethea sai apressadamente.
Antes de entrar em casa, Alethea senta em uma pracinha e tenta se acalmar. Pensa milhões de vezes em como irá informar sua gravidez a seus pais.
Amelina está organizando os salgados de um buffet que organizará no dia seguinte. Alethea entra apressadamente e diz para a mãe:
- Cheguei, mãe! – Se dirigindo imediatamente para seu quarto.
Amelina acha estranho a filha se isolar e vai até ela. Bate na porta do quarto da filha e vai entrando.
- Filha, está tudo bem?
Sentada na cama com as mãos no rosto, Alethea balança a cabeça em sinal negativo e soluça copiosamente.
- O que está acontecendo, minha filha? – Senta-se Amelina ao lado de Alethea, abraçando-a.
- Você e seu namorado se desentenderam?
- Me perdoe, mãe!
- O que foi, minha filha? Você está me assustando!
- Mãe, eu estou grávida!
Amelina fica calada, em choque. Fica tentando processar as informações que acabara de receber.
- Grávida?
- Mãe, nós sempre tomamos cuidado. Mas no dia do meu aniversário, o Adriano não colocou a camisinha e eu só percebi depois. Ele ejaculou fora. Mas foi o suficiente para...
Amelina interrompe Alethea:
- Minha filha, que irresponsabilidade! Por que você não usou pílula? A gente já tinha conversado sobre isso!
- Eu sei, mãe! Fui na ginecologista e ela me receitou tudo. Mas eu estava esperando a menstruação chegar, mas ela não veio!
Amelina põe a mão na testa e suspira fundo:
- Você tem certeza que está grávida?
- Tenho, mãe! Fiz dois testes de farmácia e deram positivos! Hoje fui na emergência e eles confirmaram. Fizeram um exame de sangue e uma ultrassonografia. Estou com dez semanas.
- Quase três meses! Meu Deus! Seu pai vai surtar! E Adriano já sabe?
- Fui na casa dele contar! – Falou Alethea entristecida. – Ele quer que eu tire, mãe! – Diz Alethea com lágrimas escorrendo abundantemente pelo seu rosto.
- Cachorro! Como se você tivesse feito só!
Amelina anda de um lado para o outro, pensando no que irão fazer.
- Eu te avisei que esse rapaz não prestava! Não foi? Eu sabia! Minha intuição não me engana!
Alethea permanece cabisbaixa:
- Você não é filha de cachorro sem dono, não! Ele vai assumir esse filho, sim! Você é problema nosso! Mas o filho é dele! Deixe que eu vou conversar com seu pai!
- Hoje não, mãe! Por favor!
- Chega, minha filha! Hoje sim! Vou deixar seu pai jantar e mais tarde converso com ele. Senão seu pai vai bater lá na casa desse cachorro de imediato.
- Ele deu a desculpa de eu estar estudando e ele estar para ser promovido. E que ainda teríamos que entrar na faculdade, etc, etc.
- Ele pensasse nisso antes! Ou melhor, vocês dois! Na hora de revirar os olhos, ninguém lembra que o gostoso pode se transformar em um filho!
No jantar, Rogério percebe um clima de tensão pairando no ar. Olha para a esposa com um semblante irritado e para a filha cabisbaixa.
- O que está acontecendo?
Alethea olha para o pai e depois lança um olhar suplicante para a mãe, permanecendo calada.
Amelina continua comendo e responde:
- Nada! Depois a gente conversa!
Alethea jantou calada. Um silêncio que incomodava.
- Vou para meu quarto concluir umas atividades da escola.
- Vai, filha! – Responde Rogério.
Na hora de dormir Amelina fica acordada na cama, esperando a melhor forma de contar ao marido que, sua única filha, estaria esperando um filho.
Na casa de Adriano a tensão era a mesma. Izabel chegou do trabalho quase as 21:00h. Foi tomar um banho e fazer uma refeição rápida. Em seguida foi ao quarto do filho.
- Boa noite, filhão! E aí, como foi o dia hoje?
O semblante de Adriano a deixou preocupada.
- Está acontecendo alguma coisa, filho?
Adriano se senta na cama e pede à mãe:
- Mãe, sente aí! Preciso te falar um lance!
- O que foi, filho? – Disse Izabel já se sentando ao seu lado. – Aconteceu alguma coisa no trabalho? Foi demitido?
- Não, mãe! Coisa muito pior!
- Desembucha! – Pede Izabel ansiosa.
- A Alethea está grávida!
- O quê? – Grita Izabel.
- É! Foi um único vacilo que eu dei!
- Meu Deus do céu! Que irresponsabilidade! Vocês não sabem o que são contraceptivos não?
- Agora a merda já está feita! O que eu menos preciso é de ouvir sermão!
- Pois, vou dá sermão sim! Como é que pode? Num tempo desses, que tem tantos métodos para se evitar filhos, vocês vacilam dessa forma? E agora? Vão fazer o quê?
- Eu pedi para ela tirar! Mas ela não quer!
- Você o quê? – Perguntou Izabel indignada. – Vocês fazem esse filho e você pede para tirar? Seja homem! Assuma seu filho! Você viu como eu sofri para te criar, praticamente só! É essa a vida que você quer para um filho seu?
- Eu não estou preparado para assumir família!
- Então não fizesse! – Diz Izabel enfática.
Adriano fica emburrado, sentado na cama, sempre olhando para o chão.
- Quantos anos tem essa menina?
- Dezoito!
- Trabalha, estuda, faz o quê da vida?
- Está terminando o colegial esse ano!
- Que merda, Adriano! O que nós ganhamos mal dá para nos manter!
- Foi isso o que eu disse para ela!
- Você quer tirar seu corpo fora! Não seja moleque! No mínimo os pais dessa menina não vão demorar a virem aqui!
- A senhora vai me obrigar a casar é?
- Não! Ela não é menor! Mas o seu filho ou filha, você vai assumir, sim!
- Eu...eu...amanhã eu ligo para ela. Vou tentar conversar com os pais dela e tentar resolver isso!
- Mais essa! – Diz Izabel, se retirando do quarto em seguida.
Na cama, Amelina e Rogério conversam.
- Ró, aconteceu um problema com a nossa filha!
- Com a Alê? O que foi? – Pergunta Rogério já se levantando da cama.
- Senta aí, homem!
Rogério se senta e aguarda a esposa completar.
- A Alethea está grávida!
- Minha filha, o quê? Grávida? Eu mato aquele desgraçado! – Diz Rogério gritando tão alto que Alethea ouve do seu quarto.
- Ela está com medo de sua reação! Pare de gritar!
- Eu sabia que iria dar nisso! Sabia! Aquela conversinha bonita no dia do aniversário dela...
- O pior foi que ele pediu para ela tirar a criança. Ela está arrasada!
- Miserável! Tratando a minha filha como se fosse uma vagabunda! Vou conversar com esse patife e é