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Romanos 9 À Luz Do Contexto Original
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Romanos 9 À Luz Do Contexto Original
E-book236 páginas1 hora

Romanos 9 À Luz Do Contexto Original

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Sobre este e-book

Nesta obra o autor faz uma análise do capítulo 9 da carta do apóstolo Paulo aos Romanos, trazendo uma leitura baseada no contexto original judaico, reavaliando as doutrinas da teologia da substituição e da teologia calvinista que se baseiam neste texto.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento13 de jul. de 2020
Romanos 9 À Luz Do Contexto Original

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    Romanos 9 À Luz Do Contexto Original - Evanio G. Magalhães

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    Romanos 9 à luz do

    contexto oRiginal

    1ª Edição

    Evanio G. Magalhães

    1

    ROMANOS 9 À LUZ DO CONTEXTO ORIGINAL

    1ª Edição

    ISBN: 978-65-00-05063-9

    Autor: Evanio G. Magalhães

    FRANCA/SP – BRASIL

    Ano 2020

    2

    Dedico esta obra primeiramente ao Eterno, por sua Graça e Misericórdia, me concedendo vida, saúde, e capacidade para conhecer a sua Palavra. Dedico também à minha família que tem sido o meu porto seguro diante das batalhas que enfrentamos.

    Evanio G. Magalhães

    3

    Sumário

    Introdução. .... .... .... .... .... .... .... .... .... ..... .... .... .... ... 6

    Paulo – O judeu enviado aos gentios. ... .... .... .... .... ..11

    Quem eram os romanos? .... .... .... ..... .... .... .... .... ....30

    O desejo de Paulo. ..... .... .... .... .... .... .... .... .... ..... ...37

    A palavra de Deus falhou?.. .... .... .... .... .... .... .... .... .61

    Predestinação no contexto judaico .. .... .... .... .... .... ..70

    Deus é soberano ... ..... .... .... .... .... .... .... .... .... .... ....95

    O vaso nas mãos do oleiro. ... .... .... .... .... ..... .... .... 107

    Dois povos ou um povo? ..... .... .... .... .... .... ..... .... ..115

    A justiça da Lei ..... .... .... ..... .... .... .... .... .... .... .... ...122

    Conclusões sobre Romanos 9. .... .... .... .... .... .... .... 132

    4

    Introdução.

    O capítulo 9 da carta aos Romanos é um capítulo interessante, e fonte de muitos ensinos controversos.

    Este capítulo tem sido frequentemente usado para dar supostas bases para a teologia da substituição. Segundo este ensino a Igreja substituiu Israel no plano divino. Essa teologia ensina que Israel, depois de ter rejeitado ao Messias, perdeu a sua aliança com Deus, e agora, a Igreja Cristã é que detêm a verdadeira Aliança com Deus.

    Além disto, este capítulo também é usado como base para os ensinos calvinistas da eleição incondicional, da graça irresistível e da expiação limitada. Este ensino reformado nega o livre arbítrio e apresenta tanto a salvação como a condenação como uma escolha arbitraria de Deus, e não o reflexo de nossas escolhas.

    Vamos encontrar neste capítulo Paulo falando que nem todos os israelitas são de Israel, que são os filhos da promessa que serão contados como descendência, e não os filhos carnais de Abraão.

    Paulo também fala sobre o endurecimento do coração de faraó como uma ação deliberada do Eterno. Ele fala sobre vasos feitos por Deus para a destruição. Fala sobre a soberania de Deus sobre tudo e todos.

    De fato, uma leitura superficial e descontextualizada deste capítulo pode levar-nos a enxergar uma posição arbitrária da parte de Deus com relação a todos estes tópicos. Esta leitura do capítulo 9 de Romanos parece contrastar com outras afirmações do próprio apóstolo Paulo, principalmente no capítulo anterior desta mesma carta, onde Paulo fala a respeito de nossa responsabilidade em nos inclinarmos para as coisas do Espírito, e das advertências para buscarmos sermos cheios do Espírito para encontrarmos vida.

    Também contrasta com o que ele fala no capítulo 11 desta carta com relação a Israel, pois ele diz que todo o Israel será salvo.

    6

    Introdução.

    A grande pergunta diante de Romanos 9 é: será que realmente temos entendido a mensagem de Paulo?

    A perspectiva que Romanos 9 tem sido estudado tem levado o cristianismo, principalmente o protestantismo, a equívocos graves com relação à soberania de Deus, e principalmente com relação ao povo de Israel.

    A nossa proposta é abordar este texto sob uma ótica diferente, analisando a mente do escritor, e as referências que ele cita em seu texto. Romanos 9 é recheado de citações da Tanach judaica. O intuito desta obra é apurarmos os ensinos trazidos pelo apóstolo neste capítulo, que são de fato muito importantes, principalmente para a nossa geração.

    O capítulo 9 de Romanos abre uma série de três capítulos onde Paulo irá dedicar-se especialmente ao papel da nação de Israel no plano divino, principalmente depois da rejeição de Israel ao Messias.

    Paulo reafirma as promessas feitas a Israel, mesmo este tendo rejeitado ao Messias, e fala das consequências de suas ações como povo escolhido.

    As promessas ocupam um papel fundamental nos argumentos de Paulo, e não se referem apenas à promessa feita a Abraão, em fazer dele pai de numerosa nação, a qual abençoaria todas as famílias da terra, mas todas as promessas concernentes à primeira aliança, promessas de fazer de Israel uma nação sacerdotal e o povo peculiar de Deus dentre todas as nações da terra.

    Paulo deixa claro que o veículo de todas essas promessas é o Messias de Israel. É através do Messias que todas essas promessas se concretizarão. E é justamente esse veículo que Israel estava rejeitando nos dias de Paulo, e continua rejeitando ainda hoje.

    Como resolver este dilema? Será que as promessas de Deus falharam por causa da desobediência de seu povo? Se o povo escolhido 7

    Introdução.

    rejeitou ao Messias, como poderá se cumprir as promessas de redenção que partem de Israel e se estendem aos gentios?

    E se as promessas com relação a Israel falharam, qual a garantia de que as promessas concernentes à Igreja também não falharão?

    Em meio a essas questões Paulo começa a tracejar uma ideia de que é o próprio Deus quem endurece os corações, e quem concede o arrependimento. Nas palavras de Paulo o Eterno confeccionou vasos para honra e vasos para a desonra. Essa leitura desconectada de suas citações diretas, e dos conceitos a respeito do livre arbítrio e da soberania de Deus tem levantado muitas outras perguntas.

    Para os teólogos começam a surgir novas dúvidas: será que a rejeição de Israel ao Messias foi parte do arbítrio de Israel, ou uma determinação do próprio Deus? E se for assim então a obediência ou a desobediência não depende do homem?

    Infelizmente as conclusões que os teólogos têm chegado a esses temas são no mínimo catastróficos. Os calvinistas desenvolveram a partir dessas ideias o conceito de que os homens não possuem opção de escolha, e que a salvação é apenas para aqueles a quem Deus escolheu aleatoriamente. No final das contas tudo é a escolha de Deus, tanto a obediência quanto a desobediência. O homem em si não teria qualquer possibilidade de escolher, mesmo assim seria culpado por seus atos.

    Nosso objetivo nesta obra é estudar este texto de Romanos 9 à luz do contexto judaico original do Novo Testamento. Sabemos que todo o Novo Testamento foi escrito por judeus ou prosélitos do judaísmo.

    E que eles citaram abundantemente os textos da Tanach, escrita em hebraico.

    Tentar analisar estes textos desprovido do contexto judaico é um contrassenso. Queremos justamente expor neste livro os equívocos oriundos desta narrativa canônica que desconsidera o contexto 8

    Introdução.

    judaico, principalmente com relação ao capítulo 9 da carta aos Romanos.

    Por isso, peço inicialmente a liberdade de, neste livro, usar o nome de nosso Senhor Jesus no hebraico: Yeshua. Creio que, nesta obra, se faz necessário usar o nome original de nosso Senhor, já que nosso enfoque será restaurar o contexto judaico das Escrituras.

    Não quero aqui fazer coro a aqueles que consideram o uso do nome

    Jesus como algo errado. Não. Entendo que o nome Jesus é apenas o resultado da transliteração do nome original em vários idiomas até que chegasse a nós. Apenas isso.

    O nome Yeshua na galileia era pronunciado de forma mais fechada, mais parecida com Yeshu. Como na língua grega não existe a pronúncia do som de sh (xi), a pronuncia para os gregos ficou algo como Iessou, além disso, para os gregos, os nomes próprios terminam sempre com o sigma, levando a pronúncia do nome de nosso Senhor para Iessous. No latim, língua do império Romano, a pronúncia ficou mais próxima de Iessus. E quando da tradução para as línguas saxônicas (alemão e inglês), durante a idade média, a pronúncia passou a Jesus.

    Assim, a pronúncia Jesus nada mais é do que resultado da transliteração do nome Yeshua ao longo dos anos, e das línguas dos povos que receberam o cristianismo.

    Mas hoje podemos saber com certeza que ele era chamado por Yeshua pelos seus seguidores. Yeshua viveu e desenvolveu todo seu ministério na Terra de Israel, e seus discípulos eram todos judeus, e como judeus falavam o hebraico.

    Além disso, sabemos que a palavra Yeshua tem um significado muito importante: Salvação de Deus. Isso faz ter sentido as palavras do anjo Gabriel a José, quando lhe apareceu em um sonho: 9

    Introdução.

    E dará à luz um filho e chamarás o seu nome YESHUA (Salvação de Deus); porque ele SALVARÁ o seu povo dos seus pecados. Mateus 1:21.

    Como nosso objetivo neste livro é restaurar o contexto judaico original, optamos por usar o nome original de nosso Senhor, aquele pelo qual Ele era chamado tanto na galileia como na Judéia: Yeshua.

    Mas apenas restaurar o nome de nosso Senhor não é suficiente para entendermos melhor o Novo Testamento, principalmente os escritos de Paulo, o rabino Shaul.

    Precisamos restaurar o contexto dos escritos de Paulo para que essas aparentes contradições, de que falamos acima, sejam desfeitas.

    Precisamos restaurar a personalidade de Paulo, que também foi desfigurada ao longo dos séculos.

    Não podemos concluir o que Paulo escreveu em suas cartas, sem aprofundarmos nas citações diretas que ele faz, muito menos sem considerar o contexto

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