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Saindo Da Caverna
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E-book97 páginas1 hora

Saindo Da Caverna

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Sobre este e-book

Depressão é, em muitos casos, uma doença de origem orgânica. Como tal, deve ser diagnosticada e tratada corretamente, com os recursos da medicina. Não se trata falhas químicas na produção de neurotransmissores com dedos na cara. Por isso, a depressão deve ter como primeira linha de combate à ajuda médica e terapêutica. Porém, muitos casos não têm origem neurológica e, sim, ambiental. São pessoas que, ao serem submetidas a pressões intensas, cobranças impossíveis ou situações desagradáveis, acabam sucumbindo sob o peso dos males do dia a dia. Nesses casos, buscar nas verdades bíblicas o remédio para superar tais ataques da vida é essencial e altamente libertador. Assim, a busca de conhecimento escriturístico que auxilie na recuperação de vítimas da depressão é sempre importante é valiosa. Nesse sentido, a obra de Éder Lima chega para dar uma grande contribuição. Ao elencar sua visão bem embasada acerca do assunto e oferecer caminhos que acredita serem libertadores, o autor conduz os leitores a reflexões importantes e preciosas.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento29 de out. de 2019
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    Pré-visualização do livro

    Saindo Da Caverna - Antônio Éder Ferreira Lima

    INTRODUÇÃO

    O ferrolho, que tão misteriosamente tranca a porta da esperança e mantém nosso espírito em melancólica prisão, precisa de uma mão celestial para abri-lo.

    Charles H. Spurgeon

    O assunto abordado nesse livro constituiu-se durante muito tempo como um tabu no meio cristão, especialmente no meio evangélico-protestante. A despeito do fato da história bíblica e secular nos mostrar, de forma cristalina e inequívoca, que muitos homens e mulheres dedicados a Deus travaram intensos períodos de luta contra a depressão, a postura que muitos cristãos (inclusive líderes) tem adotado em relação ao tema são pautadas pela indiferença e covardia.

    A atitude de indiferença de algumas lideranças em relação ao tema da depressão fica evidente quando se constata a pouca atenção que se dá ao enfrentamento do problema dentro das igrejas. No meio editorial cristão, vê-se poucas obras dedicadas ao assunto. Nas letras das canções que são mais entusiasticamente entoadas em nossos templos, impera o antropocentrismo, o triunfalismo e outros tópicos de autoajuda que apenas massageiam o ego mas nada cooperam na cura efetiva daqueles que são acometidos pela doença considerada como o mal do século. Igualmente, vê-se proliferando seminários, simpósios, conferências, congressos e outros eventos dedicados à abordagem dos mais diversos temas, alguns relevantes e válidos, já outros nem tanto… Porém, dificilmente se realiza algum evento no meio cristão buscando promover a prevenção e a cura deste mal que tem minado a vontade de viver de muitos servos sinceros de Cristo.

    Por outro lado, quando o assunto depressão é citado em alguma palestra, sermão ou música cristã, na maioria das vezes o tratamento que se dá é superficial, covarde e antibíblico. Pois algumas vezes, alguns dos líderes e influenciadores cristãos que tem tocado nesse assunto, o tem feito de forma equivocada e distanciada do verdadeiro ensino bíblico a respeito das questões que inquietam a alma humana. Infelizmente, muitos tem se limitado, numa atitude superficial e cínica, a atribuir a ocorrência da depressão na vida humana a ações de seres demoníacos. E, ao terceirizar responsabilidades atribuindo ao diabo uma doença essencialmente humana, acabam fazendo mais mal do que bem aos que padecem dessa doença tão silenciosa mas tão letal na vida daqueles que lhe são alvos.

    Enquanto isso, a depressão vai minando vidas dentro das igrejas e fazendo suas vítimas de forma cruel e desoladora. Milhares de casamentos, ministérios, carreiras, lares, em suma, milhares de vidas tem sido destruídas por este mal. E não apenas a vida dos que são acometidos por esta doença, mas também a vida daqueles que lhe são próximos são arrastadas para uma espiral de medo, dor e desilusão. Afinal, quantos pais e mães não tem perdido seus filhos para o suicídio? Quantos cônjuges não tem visto seus relacionamentos naufragarem devido ao quadro crônico de ansiedade e desespero de seus companheiros? Quantos amigos não são obrigados a conviver com a dor e o vazio deixados por aqueles que desistiram de viver porque não foram ajudados a lutar contra a depressão de forma bíblica e eficaz?

    Ora, se cremos que a Bíblia é a inerrante e infalível Palavra inspirada de Deus devemos tomá-la como guia e bússola para atravessar em segurança as tempestades que a vida nos traz. Se acreditamos de fato que ela é luz para nosso caminho (Salmo 119:105), devemos ter em vista que ela traz todas as respostas para todos os dilemas que afligem nossa alma e nosso coração, inclusive aqueles mais sensíveis e delicados que se alojam nos porões de nossa psiquê. 

    Assim, urge despertamos do sono (Romanos 13:11) da ignorância, da letargia, da indiferença e da covardia a fim de despertarmos para o processo de cura que Deus tem para seus filhos que estão atravessando o vale da sombra da morte silenciosa de cada dia (Salmo 23:4).

    Precisamos falar sobre a depressão

    No impactante livro Precisamos Falar Sobre o Kevin somos apresentados à dor de uma mãe que enfrenta o infortúnio de ter um filho perturbado que comete uma chacina na escola onde sete colegas tem suas vidas ceifadas no terrível ato.

    A obra citada, altamente recomendável por mostrar de forma realista as nuances da mente humana, nos mostra como a ausência de uma comunicação efetiva dentro do lar, a omissão paterna na formação moral dos filhos e a ausência de relacionamentos saudáveis e profundos podem afetar de forma destrutiva e permanente a vida de um ser humano até culminar em uma tragédia irreversível.

    Dentre os principais alertas trazidos pela citada obra, talvez o mais brutal seja o aviso de que a indiferença e omissão ante a assuntos delicados e desagradáveis podem levar a um caminho de dor e perda que não tem mais volta.

    E qualquer semelhança com a realidade de muitos jovens, crianças, homens e mulheres cristãos do século 21 não é mera coincidência.

    A falta de preparo para lidar com pessoas deprimidas aliada a falta de amor e sentimento de empatia cristã que leva a uma contínua omissão em ajudar aqueles que sofrem são verdadeiras tragédias anunciadas.

    E aí quando estoura a notícia do pastor que colocou uma corda no pescoço, do pai de família que estourou os miolos, da mulher que tomou uma overdose de medicamentos e do jovem que se jogou do alto de um prédio, ficamos atônitos e escandalizados nos perguntando continuamente: por quê?

    O que estamos fazendo de errado?

    Na verdade não estamos fazendo nada e este é o grande problema!

    E nossa omissão tem custado vidas preciosas dentro de nossos lares, igrejas e círculos de amizade. Quando isso acontece buscamos respostas para as perguntas que nunca fizemos e por ficarmos mudos quando devíamos nos fazer ouvir, temos de escutar a pergunta que traduz a chamada divina para cuidarmos dos que sofrem no vale da depressão e do desespero: até quando?

    É compreensível o receio da parte de alguns em abordar um tema tão delicado como este. Muitos pais, professores, líderes e outros formadores de opinião não se sentem devidamente qualificados ou a vontade para tratar desse assunto. Afinal, a palavra depressão ainda é cercada de mitos e falácias, embora seja amplamente noticiado pelos veículos de comunicação e vivenciada exaustivamente no nosso cotidiano.

    Contudo, encarar o assunto é mais do que preciso. É urgente. Para muitos, uma palavra de orientação e consolo acerca do problema representa uma questão de vida ou morte, literalmente falando. Por isso, precisamos falar sobre este problema pois nossos filhos, cônjuges, parentes e amigos que são assolados por este mal podem (em sua maioria) até resistir a uma abordagem equivocada de

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