Idolatria do coração
4.5/5
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Sobre este e-book
O livro se divide em duas partes.
A primeira, composta de 3 capítulos, tem como objetivo definir idolatria.
A segunda parte do livro tem 2 capítulos e trata sobre o enfrentamento da idolatria.
O objetivo final é que o leitor tenha um entendimento mais bíblico a respeito da idolatria e de seu enfrentamento e seja conduzido, por meio desse entendimento, a uma visão mais aprofundada da relação com Deus e da vida cristã.
Excelente para a leitura individual e para estudos em grupo!
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Avaliações de Idolatria do coração
3 avaliações1 avaliação
- Nota: 5 de 5 estrelas5/5Já li outros livros sobre o mesmo tema, mas o livro Felipe Fontes, não somente expõe o problema , como também de forma pastoral aponta ações práticas para vencer a idolatria.
Pré-visualização do livro
Idolatria do coração - Filipe Fontes
APRESENTAÇÃO
Enxergar idolatria nos outros e não em nós mesmos não é coisa rara. Denunciando esse engano, Idolatria do Coração, de Filipe Fontes, apresenta uma definição bíblica que retira máscaras e nos alerta para o entendimento correto do assunto. Aprofundando a abordagem, o autor discorre sobre a origem da idolatria e de sua relação conosco. São analisados nessa obra os efeitos danosos dessa relação e nosso modo de enfrentá-la.
O objetivo de Filipe Fontes, como ele revela na Introdução, é que o leitor tenha um entendimento mais bíblico a respeito da idolatria e de seu enfrentamento e seja conduzido, por meio desse entendimento, a uma visão mais aprofundada da relação com Deus e da vida cristã
.
Isso significa que o cristão precisa ler este livro, ou melhor, estudá-lo, porque a síndrome do não fui eu
nos acompanha desde a Queda. Fazemos o que fazemos, mas vemos isso nos outros, não em nós mesmos. Daí o dedo apontado, como que afastando de nós a culpa. Essa atitude se repete em diferentes áreas de nossa vida e será encontrada também nessa que tem a ver com o início das palavras de Deus ao povo da aliança no que viria a se constituir na Carta Magna do Pacto. Os Dez Mandamentos começam com a auto apresentação do Senhor em que ele afirma ser aquele que nos libertou e segue-se a exigência de que seja reconhecido como o único Deus.
Começo de conversa. Não se pode avançar sem a submissão a essa ordem expressa. Nada e ninguém pode ser adorado em seu lugar.
Não hesitamos em afirmar nossa concordância e submissão aos mandamentos do Senhor, mas, como Filipe Fontes demostra aqui, usamos o truque de limitar a idolatria a certas formas e procedimentos, vendo-a então nos povos primitivos, nos pagãos de nossos dias e em religiões chamadas cristãs, jamais em nós mesmos.
É o não fui eu
mencionado acima.
Dedicada a contribuir para a reforma da igreja no Brasil por meio da literatura, a Editora Cultura Cristã é grata ao Senhor pelo elevado privilégio de, publicando este livro teologicamente sólido, avançar no cumprimento de sua missão.
Somos gratos ao Filipe, estimado colega de ministério, por mais este título nessa abençoada parceria. Nossa oração é que o Senhor da aliança continue a abençoá-lo e a nós, seus leitores, com mensagens instrutivas, desafiadoras e edificantes como a desta preciosa obra.
Cláudio Marra
Editor
São Paulo, janeiro de 2023
PREFÁCIO
O ser humano é um adorador por natureza. Tendo sido criado à imagem de Deus, ele somente encontra significado para sua existência ao adorar e refletir corretamente o Criador. Contudo, em seu estado de rebeldia, o ser humano se afastou de Deus e procurou encontrar sentido para a vida adorando a si mesmo, seus desejos e sonhos, bem como alguns outros elementos da criação, em vez de cultuar o Criador. Ao fazer isso, ele se revelou um idólatra e sua vida passou a se conformar à imagem do objeto de sua adoração.
Idolatria talvez seja um dos temas mais profusos nas Escrituras Sagradas. De fato, um dos assuntos centrais da Bíblia é a refutação da idolatria. Tanto o Antigo quanto o Novo Testamentos denunciam essa prática como uma fonte explicativa do comportamento e procedimento pecaminoso das pessoas. O apóstolo Paulo definiu idolatria como o ato de mudar a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, bem como de aves, quadrúpedes e répteis
(Rm 1.23). O Catecismo de Heidelberg elabora sobre esse conceito e explica que a dinâmica dessa práxis consiste em ter ou inventar algo em que colocar a nossa confiança em lugar ou ao lado do único e verdadeiro Deus que se revelou em sua Palavra
(Resposta à pergunta 95). Em outras palavras, o ídolo acaba sendo um substituto de Deus, e o idólatra espera que ele conceda aquilo que somente o verdadeiro Deus pode dar.
O mais sutil de tudo é que um ídolo não é formado apenas de coisas más, até mesmo aquilo que é bom pode competir com Deus se dedicamos a isso o amor que deveria ser direcionado ao Bendito Senhor. Por exemplo, filhos são bênçãos de Deus para seus pais (cf. Sl 127.3), mas é possível que eles se transformem em ídolos se forem mais amados do que Aquele que os concedeu. Semelhantemente, o trabalho é uma dádiva do Criador, e o sucesso, um alvo a ser perseguido, todavia, se alguém se revela um workaholic, a dedicação se transformou em adoração, e o que era bom se transformou em um objeto de idolatria. Enfim, idolatria é um amor desordenado
: a devoção que deveria ser dirigida a Deus é direcionada a outra pessoa, desejo, elemento, atividade e assim por diante.
A verdade é que a adoração muda as pessoas, pois cada adorador é conformado àquilo que adora. Se o alvo de nossa adoração é o Senhor, seremos conformados a ele e nos pareceremos mais com ele, pois todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito
(2Co 3.18). No entanto, se os objetos de nossa adoração são os ídolos, como eles se tornam os que os fazem, e todos os que neles confiam
(Sl 135.18). Por isso, é possível que alguém que adora a tecnologia se acostume ao relacionamento mecânico e distante, em vez da aproximação mais pessoal. O fato é que nenhum ato de adoração é, em si mesmo, neutro, pois o que é adorado reflete a devoção de quem lhe presta culto e lhe atribui valor e dignidade. Por essa razão, idolatria não é um assunto periférico, mas central tanto nas Escrituras como na vida cotidiana.
A compreensão do conceito bíblico de idolatria é extremamente relevante para o ministério pastoral, interações filosóficas e abordagens evangelísticas. Por exemplo, como conselheiro bíblico, desejo saber quais são as motivações do meu aconselhado e o que faz com que ele aja da maneira como age. Em outras palavras, desejo compreender não apenas suas ações, mas as razões do seu coração (cf. Pv 20.5). Nesse sentido, identificar o que ele adora é altamente relevante para que eu compreenda sua pessoa e entenda as inclinações do seu coração. Também, como conselheiro, apologeta e evangelista, desejo compreender melhor a cultura e as subculturas ao meu redor. Para isso, necessito identificar os principais objetos