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Portais Para A Consciência
Portais Para A Consciência
Portais Para A Consciência
E-book154 páginas2 horas

Portais Para A Consciência

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Sobre este e-book

Portais para a Consciência é o terceiro livro da trilogia que narra a mensagem espiritual do Ser da Luz, visitante dos planos superiores da Consciência, à humanidade. Os dois primeiros livros são O Universo em um Grão de Luz e Luz e Consciência. Por suas próprias palavras, “esta obra sela a Divina Trindade, simbolizando a criação, a permanência e a transformação do Cosmos”. Os três relatos constituem a quintessência de seus ensinamentos espirituais, extraídos dos diálogos que tivemos durante os anos em sua sublime companhia, viabilizada através de alguém de minha íntima convivência, seu canal. A busca pelo Criador é a primeira e sublime missão de cada um. Conhecer a Deus é conhecer a si mesmo, é autoconhecer-se, posto que o Ser Supremo reside em nosso coração. A tarefa do ser humano é seu próprio aperfeiçoamento, visando a neutralizar toda essa massa ilusória a que denominam Maya, a mente pensante, a barreira de falsidades que nos impede de percebermos a simples e pura Verdade: Deus e o ser humano são um só. A raça humana se aproxima cada vez mais da grande hora da marca, da grande transformação que se acerca. É época de radicais mudanças, mas também é época de profunda espiritualidade, da busca pela Luz e pela Consciência da Verdade. A colheita se procederá. No entanto, a transformação que realmente importa é a transformação interior de cada um, voltar-se para Deus e lembrar-se que dEle somos filhos. O retorno para o Pai se dará através de um dos Portais para a Consciência, o qual nos aponta a saída do ilusório mundo mental. Assim o Ser da Luz me solicitou, veementemente, que o descrevesse nesta contracapa.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento16 de jan. de 2010
Portais Para A Consciência

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    Portais Para A Consciência - Sadhaka Natha

    Prefácio

    As pessoas, quando são questionadas sobre o que vem a ser a coisa mais importante de suas vidas, respondem das mais variadas formas. Algumas dizem que a felicidade é a coisa mais importante a ser buscada pelo ser humano. Outras anseiam pela saúde, argumentando que não é possível ser feliz enquanto se está privado de um corpo saudável. Outras ainda dizem que a felicidade e a saúde são frutos do sucesso e que, por isso, este é a coisa mais importante da vida. No entanto, aqueles que possuem tudo o que desejam comumente não alcançam a satisfação derradeira. Periodicamente tornam a se entediar, pois não obtêm a completude quando, finalmente, atingem os alvos dos anseios de seus egos. Então o tédio volta a se estabelecer.

    A importância das coisas neste plano é relativa e circunstancial, posto que os valores do mundo físico têm sido estipulados pela aparência exterior do ser humano e não pela sua Verdade interior. Desse modo, a coisa mais importante na existência de um faminto tem sido adquirir algum alimento para si. A coisa mais importante para um enfermo tem sido obter meios de cura para sanar suas debilitações. O mais importante para um rico enfadonho e aborrecido tem sido encontrar algo que lhe proporcione momentos de euforia e lhe retire o tédio.

    Comumente, as pessoas se confundem sobre o que é mais importante buscar na curta viagem encarnatória neste mundo. Então, procuram satisfazer suas necessidades e desejos, pois estão certas de que isso é o que deve ser feito. São iludidas por uma aparente realidade que se estabelece a partir do mundo exterior em direção ao íntimo encarcerado de cada um. Sem perceberem, elas fincam os pilares desta realidade ilusória em seu convívio cotidiano, em sua vida social e nas relações com o mundo, permitindo que os acontecimentos circundantes ditem os caminhos que devem seguir e as metas que devem atingir. O ser humano, então, procura estar de acordo com o mundo externo e não com o seu liberto e verdadeiro interior, e pouco se apercebe que essa é uma situação paliativa e ilusiva.

    Mas será que há alguma coisa absolutamente mais importante? Será que existe alguém ou algo para nos fazer perceber isso? A resposta é sim. Sempre é necessária a vinda de um ser de patamar cósmico de fora dessa prisão ilusória da pseudoconsciência, também conhecida como Maya², para nos dar essa resposta e fazer-nos perceber a presença dessa Verdade (sem sofismas) que existe em nosso âmago.

    Se os caminhos que os seres humanos vêm trilhando em toda a sua história são estradas ilusórias, então o mais importante para a humanidade é encontrar a saída dessa trajetória de ilusões. Portanto, não há nada mais imprescindível neste mundo do que encontrar tal saída.

    Aktshewara

    1. A Transparente Verdade

    Ao ser humano foi proporcionado muito mais do que a mente o permite perceber. Dentre todas as criações de Deus, poucas se equiparam aos filhos do Divino. O ser humano pode ter a consciência de que existe um Criador ao qual ele deve se encaminhar.

    Homens e mulheres possuem a faculdade da escolha. A eles foi entregue a capacidade de manutenção de suas próprias vidas e a condução de sua raça. Ao ente humano foi concedida a oportunidade de se perguntar quem ele é, de onde ele veio e para onde ele vai. Ele possui a propriedade latente de se autoconhecer e perceber a verdade de que a mente é uma mentira.

    Se cada ser humano procurasse desvendar a verdade sobre si mesmo, sobre quem ele é, muito provavelmente os desequilíbrios do planeta seriam neutralizados. Melhor seria que cada um procurasse equilibrar seu mundo interno e não o mundo externo e aparente. Mas para isso deve-se buscar o autoconhecimento, a sabedoria sobre si mesmo.

    O conhecimento sobre as coisas do mundo reside na mente passageira do ser humano, mas o autoconhecimento está enraizado na própria essência do homem e não se perde com o fim da existência física. Devemos apenas querer buscar nos autoconhecermos através do esforço próprio de cada um. Não se pode explicar o que é o autoconhecimento. Ele deve ser vivenciado.

    O mundo é simples como mundo, porém, através do prisma da ignorância ele se torna extremamente complexo. Não há maior ignorância do que aquela que nos impede de sabermos quem somos nós mesmos, não há maior complexidade do que aquela que decorre dessa ignorância de não se autoconhecer.

    Aprender a se autoconhecer não é um privilégio reservado para alguns, mas qualquer ser pode ser instruído a se autoconhecer. Somente quem possui a transparência da Verdade pode mostrar o caminho para essa auto-investigacao. Tal instrutor está presente entre nós. Mais adiante falaremos sobre ele.

    Todo e qualquer ser detém as ferramentas necessárias para vencer suas limitações ilusórias e atingir a plenitude espiritual. Ele apenas deve buscar se autoconhecer e perceber a simples Verdade: o ser humano e o Ser Supremo são um só.

    O Supremo Ser não possui formas ou atributos, não é manifesto, ele simplesmente é. A manifestação se estende infinitamente através de todas as formas, seja no mundo físico, no mundo psíquico, no mundo emocional ou no mundo da mente analítica. O Universo como o conhecemos nada mais é do que uma projeção do Divino Ser, um reflexo da realidade divina, um efeito decorrente da Suprema Causa que é Deus.

    O ser humano deve procurar estar ciente de que a manifestação é transitória, assim como todos os fenômenos e conflitos que nela se sucedem. A existência física passa, a erudição mental também. Somente a esclarecedora experimentação espiritual é o que se retém límpida e verdadeiramente. Autoconhecer-se é imergir-se cada vez mais na essência e refletir essa imersão cada vez mais na existência. Isso não significa que devemos ignorar a existência, ou nos isolarmos do mundo, mas captar e aplicar o discernimento divino – a vontade de Deus – em nossas vidas e dar o exemplo àqueles que nos cercam. O mundo se apresenta complexo porque teimamos em resolver os desequilíbrios da existência sem nos guiarmos pela essência. Esta pode tornar simples tudo o que é complexo. Tentar sanar os problemas do mundo somente com as ferramentas do mundo é efetuar uma poda. Quando nos guiamos pela essência, arrancamos o mal pela raiz.

    2. A Tração Mental

    Conta uma história que um homem, certa vez, decidiu conhecer o mundo. Ele então se lançou em uma longa jornada pelos quatro cantos da Terra. Em suas caminhadas teve contato com uma intrigante civilização subterrânea isolada e desconhecida de todos. A entrada para a cidade oculta encontrava-se em uma pequena gruta, escondida dos olhos dos exploradores. Quando ele adentrou aquela inusitada civilização, surpreendeu-se com uma extraordinária constatação: todos os habitantes sofriam de uma estranha deficiência: nenhum dos nativos possuía o sentido da visão.

    — Nenhum de vocês enxerga? — perguntou o viajante a uma moça que passava.

    — O que é enxergar? — perguntou a moça.

    — É ver as formas, as cores.

    — O que é ver? O que são cores?

    O viajante, frustrado por não poder mostrar à moça a indescritível beleza revelada através da percepção visual, parou por um instante e pôs-se a refletir. Ele então retirou de seu bornal um fruto colhido na floresta externa e entregou à moça.

    — Experimente.

    A moça tateou o fruto e ficou maravilhada com aquela bela forma de fresca vitalidade. Vislumbrou seu odor e adentrou em um êxtase olfativo. Quando degustou o fruto, experimentou tão doce sensação que se sentiu elevada interiormente.

    — Meu Deus! — exclamou ela. — Isto é maravilhoso. Nunca experimentei algo tão sublime. O que é isto?

    — Isso?! — respondeu ele. — É uma gota do enxergar.

    •••

    Existe algo de sublime para além da mente, onde ela não alcança. A mente, apenas com suas próprias ferramentas, não pode mostrar o que lá existe. Com um sentido essencial a menos, não podemos descrever ou obter o que um quinto sentido poderia trazer. Com a mente apenas, não poderíamos descrever ou obter a sabedoria que está para além dessa mente. O viajante disse para a moça cega que o dom da visão é como o mais sublime dos sabores, é como o mais esplêndido dos odores, é como o mais divino som. Mas não é nenhum destes. Da mesma forma, o que é para além da mente é como o que de mais sublime pudermos descrever com esta mente. E mesmo assim não será nada do que a mente possa construir ou expor.

    A mente é um sistema aparentemente lacrado e tudo o que se mistura dentro dela resulta somente em uma coisa: a própria mente. Dentro dela tudo é nulo, tudo possui valor zero. Podemos misturar infinitos conteúdos mentais, somá-los, multiplicá-los ou inventar novas formas de operações dentro desses aglomerados de nulidades. Tudo o que obteremos serão mais e mais zeros, e mais nadas, e mais nulos, em direção ao infinito da coisa alguma, da qual temos dificuldades de nos afastar da sua sedutora atração.

    As pessoas aceitam o mundo como lhes parece e aparece. Há uma concordância mútua e também solitária, uma aceitação coletiva e também individual, por que assim a mente nos interpenetra. Essa concordância e essa coletividade são também misturas nulas dentro da mente. São os zeros se somando e se multiplicando, porque em todos os pontos da mente estará apenas uma coisa: a própria mente.

    As pessoas aceitam o que lhes é apresentado porque são atraídas a crerem que não existe nada mais além disso, além do que os sentidos captam, do que as emoções sugerem ou do que o intelecto deduz. A mente nos cerca e nos traciona sempre para um pequeno e limitado mundo de ilusões sem substância. Para onde quer que olhemos, será exatamente para onde ela quer que olhemos. Essa condição é tão patente, tão evidente, que não podemos percebê-la, pois nossa visão é constituída de nulidades e o que nossos olhos vêem também são feitos de vazios. Não são possíveis comparações e por isso não são possíveis distinções. Como comparar a mente com a própria mente? Como distinguir a mente da própria mente? Como a serpente pode devorar a si mesma? A mente impregna tudo e atua em todos os pontos e momentos de nossos dias, em todos os individualizados.

    Tudo o que a mente oferece a nós, na verdade, é um oferecimento cíclico que compensa suas próprias inverdades. Minha própria mente está mencionando minha mente. Sua própria mente está se referindo à sua mente. Quem está dentro de Maya não pode estabelecer confiança, direção, referência, pois é nulidade por si só. Apenas quem se determina a participar de uma sublime orientação e consegue evadir-se de Maya, através de um consciente portal, pode se tornar um indicador que rompe todos os aparentes lacres e vícios dessa ilusão, a qual somente possui força e poder sobre aqueles que ainda não experimentaram a

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