O Jesus negro: O grito antirracista da Bíblia
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Sobre este e-book
Neste livro, Pastor Henrique Vieira oferece uma versão crítica da história de Cristo para nos mostrar como a experiência de Jesus o aproxima do povo negro e pobre, sem deixar de lado a fé e os episódios proféticos. Mais ainda, ele nos lembra que a força de seu amor é um antídoto para a violência do racismo e das injustiças sociais.
Dessa forma, Pastor Henrique Vieira rompe com a ideia de um Deus frio e punitivo – muitas vezes associado ao cristianismo – e traz uma nova perspectiva sobre os conceitos de religião e sociedade, questionando o embranquecimento de Cristo, que, por muito tempo, foi aceito apenas por conivência e submissão aos ricos e poderosos. Ao destituir o Cristo branco de olhos azuis do posto de único representante possível do Nazareno, estas páginas revelam como o Jesus negro pode libertar a todos nós.
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O Jesus negro - Pastor Henrique Vieira
CAPÍTULO 1
A NATURALIZAÇÃO DA BARBÁRIE
Oracismo é uma ferida aberta que todos os dias provoca morte em vida – dadas as ameaças, intimidações e muitas formas de causar constrangimento, desprestígio e desvantagem – e morte da vida. Muitas vezes, o racismo mata a chance de uma vida plena, provocando imenso sofrimento antes da morte em sua concretude.
O Brasil registra números que apontam, por exemplo, para o genocídio da juventude negra, pobre, das favelas e periferias do país. Não são apenas estatísticas, são vidas e famílias destruídas sob o signo da indiferença e da aprovação de um sistema cultural e estrutural racista.
O racismo não é apenas uma questão individual, de caráter, índole ou educação, nem uma doença. Focar a dimensão do caráter pessoal é não entender que o racismo faz parte da estrutura de organização e da história da nossa sociedade; é a normalidade historicamente construída. Isso significa dizer que o referido genocídio da juventude negra não é o sistema político, econômico e social dando errado: na verdade, se trata desses sistemas em perfeito funcionamento, pois as vidas negras são definidas como elimináveis e descartáveis. Trata-se da naturalização da barbárie. A indiferença, portanto, pode ser – e é em muitos casos – mais um sintoma do racismo, que não apenas produz a violência contra o povo negro, mas constrói afetos, emoções, subjetividades e narrativas que naturalizam essa realidade, tornando-a imperceptível, aceitável e