O estatuto da igualdade racial
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O estatuto da igualdade racial - Sidney de Paula Oliveira
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
051e
Oliveira, Sidney de Paula
O Estatuto da Igualdade Racial / Sidney de Paula Oliveira ; [coordenação Vera Lúcia Benedito]. – São Paulo : Selo Negro, 2013.
(Consciência em debate)
Inclui bibliografia
ISBN 978-85-87478-92-4
1. Negros – Condições sociais. 2. Discriminação racial. 3. Racismo. 4. Relações raciais. I. Benedito, Vera Lúcia. II. Título. III. Série.
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O ESTATUTO DA IGUALDADE RACIAL
Copyright © 2013 by Sidney de Paula Oliveira
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Editora executiva: Soraia Bini Cury
Editora assistente: Salete Del Guerra
Coordenadora da coleção: Vera Lúcia Benedito
Projeto gráfico de capa e miolo: Gabrielly Silva/Origem Design
Diagramação: Acqua Estúdio Gráfico
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Dedico este livro à militância negra e antirracista, aos nossos antepassados que sangraram, irrigando a terra, e às futuras gerações que, conscientes, colherão e degustarão os frutos dessa luta.
A Berenice (Berê), minha mãe, in memoriam, e Adair (Pop), meu pai. Aos meus irmãos e irmãs: Ché, Magricela, Nenê, Moni, Éma, Lange e Neno.
O que é enfim um negro? Uma identidade incertamente biológica, inconscientemente histórica, seguramente sociológica e imprecisamente cultural (ou de natureza antropológica).
Joel Rufino dos Santos
Agradecimentos
Agradeço à companheira Vera Lúcia Benedito pela confiança e pela oportunidade de discorrer sobre um tema tão relevante para aqueles que lutam por uma sociedade mais justa e igualitária.
Agradeço ao professor doutor Hédio Silva Júnior e à professora doutora Maria Aparecida Silva Bento, cânones do movimento negro contemporâneo que pugnam, intransigentemente, pela promoção da igualdade do povo negro.
Agradeço a Edna Muniz de Souza, Jucelino Avelino e Onivando Luiz de Souza, cuja amizade sincera é um constante incentivo e oportuno lenitivo para os momentos críticos.
Agradeço, com especial carinho, às combativas operadoras do direito Kátia Regina da Silva e Rosimeire Lucas, mulheres negras que sonham e realizam.
Agradeço, vivamente, às minhas amigas da Faculdade de Direito da Universidade Mackenzie Analucia Keler, Cristiane Yuri Sakuda e Regina Cavalcante Di Giacomo. Que saudades!
Por fim, agradeço, fundamentalmente, a Neide Lopes, cujo sorriso incentiva, e a Ayana Oliveira, cujo sorriso cativa, pela compreensão, pelo carinho e pela presença.
Sumário
Apresentação
Nota do autor
Introdução
A expectativa e a articulação dos movimentos sociais negros no Brasil
Notas sobre alguns dispositivos introdutórios da Constituição Federal de 1988
Estatuto da Igualdade Racial: ideal versus realidade
Projeto e lei: pontos nucleares e nevrálgicos
Saída de emergência
Demóstenes Torres e o Estatuto
A favor ou contra?
Conclusão
Bibliografia
Apresentação
A tarefa mais árdua no enfrentamento do racismo e das práticas discriminatórias na sociedade brasileira talvez seja o fato de vivermos num país que sempre arrogou para si a condição de paradigma e exemplo de convivência pacífica, harmônica, integrada e de tolerância entre todas as raças. Na linguagem dos militantes e ativistas, trata-se do chamado racismo cordial.
Pesquisas, dados estatísticos, dissertações, teses, monografias e estudos diversos apontam para a existência de barreiras raciais quase intransponíveis para negros e negras. No entanto, de maneira paradoxal, o mito da democracia racial brasileira, calcado num processo permanente de miscigenação, insiste em tentar mostrar o contrário.
Inúmeras pesquisas indicam que no Brasil as pessoas negam e condenam práticas racistas e discriminatórias. Muitas delas, porém, embora afirmem não ser racistas, presenciaram situações desse tipo ou conhecem indivíduos que agiram assim em situações cotidianas.
Esse raciocínio pode ser didática, provocativa e pedagogicamente ilustrado e sustentado por uma interessante frase cunhada pelo professor Florestan Fernandes (1972, p. 42): O preconceito contra o preconceito ou o preconceito de ter preconceito
.
Paradoxo dos paradoxos, tudo indica que o Brasil é um país racista sem pessoas racistas. Nesse diapasão, tratar de leis com conotação etnorracial, que falem de diversidade e promoção da igualdade, é um grande desafio.
No tocante à legislação, especificamente, é inegável que o aparato legal brasileiro – sobretudo o que foi sedimentado a partir da redemocratização do país, iniciada em 1985/1986 – seja emblemático e significativo, pois muitos operadores do Direito consideram as leis brasileiras referência para diversos países da América Latina e quiçá do mundo. É louvável o esforço (passado e presente) de alguns parlamentares que ousaram tratar de temas que grande parte da sociedade prefere ignorar e/ou considera desnecessários.
Comentar um texto legal, sabendo das inúmeras alterações que ocorrem ou são propostas nos projetos de lei e nas