Lily Em Busca Do Amor [capa Dura]

De Cosmic Alliance

O que Atlântida, Lemúria, Urântia, Sociedades Secretas e Magos Negros têm em comum? Em um planeta nos confins do universo, uma garotinha desperta. Sua mãe, Aylah, lhe proporciona uma regressão espiritual para que Lily possa compreender sua verdadeira origem. Lily experienciará uma jornada épica com o seu guia, Michael de Nébadon. Juntos, irão auxiliar a humanidade a se libertar das energias malignas de Gorgoroth, um dos primeiros magos negros a encarnarem na Terra. Para isto, terão que vivenciar uma grande conspiração nos primórdios do planeta e buscarão compreender como realmente funciona o “Servidor Existencial” que dá vida às nossas consciências espirituais. Você é a única esperança para ajudar Lily & Michael a decifrarem os algoritmos quânticos que nos manipulam até os dias atuais. Ajude-os a difundirem a Verdade para toda a humanidade! Vamos juntos impedir que mais uma Nova Ordem Universal seja implantada em nossa galáxia! Edição de Colecionador | Delux Edition

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 30 de jun. de 2023

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Andre Luiz

Lily

First published by Andre Luiz 2022

Copyright © 2022 by Andre Luiz

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This novel is entirely a work of fiction. The names, characters and incidents portrayed in it are the work of the author's imagination. Any resemblance to actual persons, living or dead, events or localities is entirely coincidental.

Andre Luiz asserts the moral right to be identified as the author of this work.

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First edition

ISBN: 978-65-00-53549-5

Illustration by Raissa Tinoco

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Esta obra é dedicada primeiramente a Deus e a toda minha família espiritual que me acompanha desde priscas eras, juntamente com meus: pais encarnados, mentores, guias, anjo da guarda e guardiões que me auxiliaram em cada momento deste divino projeto e da minha gloriosa vida!

Gratidão por todas as oportunidades existenciais!

"Nunca sucumbas ao ego nem a ganância, busque sempre a superação.

Assim como o lírio e sua fragrância, eleve o cosmo do seu coração!"

- Andre Luiz

Contents

Preface

O Reino

A Villa

O Despertar

O Encontro

O Chamado

O Planeta

O Propósito

A Falange

A Jornada

As Pirâmides

As Gemas

As Tábuas de Esmeralda

O Caos

A Glândula Pineal

O Resgate

Intervenção Divina

Energia Cósmica

Salto Quântico

O Contato

A Batalha

O Remorso

Resiliência

Transição Planetária

O Presente

Planeta do Amor

O Príncipe Planetário

AXIOMA

About the Author

Also by Andre Luiz

Preface

Uma menininha muito meiga, porém, aos olhos de sua família, era apenas mais uma entre tantas crianças de sua idade. Ela morava muito distante da Terra e vivia seu planeta de uma forma que nós terráqueos não entendemos: a falta de sentimentos!

Tudo a seu redor era muito certinho, cada movimento era coordenado por uma equipe que tomava conta daquele lugar. Eles só tinham que reproduzir o que lhes era ensinado e não tinham outra coisa para fazer a não ser cultivar seu próprio alimento. Certo dia, ao se deparar com a mestra que lhe ensinou seus deveres de cidadã, a garotinha, com sua carinha meiga, decidiu lhe fazer uma pergunta.

A menina a olhou de uma maneira jamais vista antes em seu planeta, seu rosto ficou vermelho, e suas expressões incompreensíveis, dado que ela nunca havia experienciado um momento como aquele. Ao tentar fazer a pergunta, foi segurada pelo braço e ordenada a ficar em silêncio para que o público ao redor não soubesse que isso estava ocorrendo. A garotinha apertou seus pequenos lábios em direção aos ouvidos dela, dizendo:

— Qual é o meu nome?

Os olhos da menina brilhavam pela expectativa da resposta, ela não via a hora, cada segundo parecia uma eternidade. A mestra a olhou de uma forma muito esquisita, levando-a direto para o concelho geral de sua cidade. Ao chegar ao topo da torre central da capital, por um tipo de elevador, as portas se abriram e elas se depararam com um ambiente que exalava respeito. Ela deixou a menina com uma pessoa, que estava sentada em uma espécie de trono. Quando a garota o observou, imediatamente percebeu que ele era o responsável por todos que ali viviam, pela postura que tinha. Ele se levantou e foi em direção ao vidro da cúpula que tinha visão para a cidade. A garotinha olhou para sua mestra e a perguntou quem ele era.

— Ele é o Oráculo! O único que poderá lhe dar qualquer resposta, acredite nele!

A mestra, sentindo que seu papel havia sido cumprido, decide voltar, deixando a pobre menina sozinha no saguão com o ser que apenas admirava a cidade a seus pés. O homem vestia uma túnica que ela nunca havia visto, a deixando encantada com o visual e com mais vontade de fazer perguntas.

— Olá, senhor. Antes de me punir, eu poderia saber ao menos o meu nome?

Ele se vira em sua direção e, de uma forma muito seca, responde:

— Não temos nomes em nossa cidade, visto que não precisamos de individualidade por aqui. Somos seres de um grande e complexo sistema.

Ela ficou sem ter sua simples resposta, mas decidiu que não sairia daquela cúpula imponente de cristal sem ao menos saber o porquê de estar ali.

— Por que minha mestra me trouxe até você, se ao menos consegue me responder uma simples pergunta?

Ele ficou perplexo! Abaixando até a sua altura, falou baixinho em seus ouvidos:

— Mais uma pergunta e a senhorita será expulsa de Lírium!

Pela primeira vez em sua vida havia escutado um nome, mesmo que seja o nome de seu atual planeta. Com a conversa, sentiu um forte palpitar em seu peito, um calor gostoso que nunca sentiu antes, que era o causador de suas ansiosas perguntas que não paravam de vir em sua mente. Ela então encheu o peito de ar, encarando o homem com sua forma soberana e elegante, e teve coragem de confrontá-lo.

— Por que estou aqui neste planeta? De onde vim e para onde vou? Se eu não posso formular perguntas, não desejo servir este mundo!

Ouvindo suas indagações, ele virou-se para o rostinho delicado da menina e lhe falou em uma voz bem calma:

— Seu desejo é uma ordem. GUARDAS!

O Oráculo a olhou como quem olha para um baú de tesouro e, encantadíssimo, decidiu que ali realmente não era seu lugar. Havia então chegado a sua hora, a menina despertou, não poderia mais voltar à lavoura com sua família. Ele pediu aos guardas que o ajudassem, pois o planeta Lírium estava próximo de uma grande mudança. Então ele determina:

— Saiam e prestem mais atenção nos cidadãos para que nenhum caso como este passe despercebido!

Enquanto isso, um portal era aberto bem em cima de seu trono. A garotinha colocou a mão no peito e um calafrio vinha consumindo por dentro de seus ossos, subindo pela sua coluna até chegar à nuca, como uma pedra de gelo! Infelizmente, ela não compreendia que estava apenas se sentido assustada com a situação, uma vez que nunca havia tido sentimentos e não sabia lidar com eles.

A menininha não parava de olhar para a face do Oráculo que exalava uma energia totalmente diferente de tudo o que ela havia visto em sua existência. Seu coração ficava cada vez mais quente com as novas sensações que borbulhavam em seu interior: ela precisava de amparo para dominar tudo o que estava acontecendo. Com a felicidade nas alturas, ele a segurou pelo braço e entrou no portal que acabara de abrir diante de si.

Logo em seguida, os dois se encontram em um ambiente todo claro com pedras pelas paredes que, de tão polidas, refletiam tudo que estava em volta. O Oráculo pediu permissão para adentrar no próximo ambiente, segurando a garota, alegando ser urgente. O guarda no saguão principal, com aproximadamente três metros de altura, vestido com uma túnica branca com detalhes em ouro, olhou para baixo dizendo:

— Senhor Oráculo, não é mesmo? Você acha que o Mestre dos mestres só tem o senhor para atender em Lírium?

Ele olhou para o guarda indignado, e não queria desperdiçar suas palavras, decidiu esperar de boca fechada até que os portões se abrissem para ir ao encontro do seu Líder Supremo. Enquanto esperava, a garotinha lutava internamente para entender o turbilhão de emoções que brotaram ao longo do caminho até ali. Para ela, tudo era novidade, cada pedra, a paisagem, as cores dos lugares, era tudo uma sensação que não dava para compreender, afinal, ela nunca tinha sentido emoções em sua mente.

De repente, o imenso portão de cristal com triângulos dourados se move, o guarda caminha em direção ao Oráculo, que não aguentava mais esperar, e ordena:

— Venham comigo!

Chegando ao outro salão, a garotinha não segurou as palavras e deu um grito que ecoou por todo o ambiente:

— QUERO SABER O PORQUÊ DISSO TUDO, AGORA!

O Oráculo olhou para ela e não sabia o que dizer, pois seu grito era mais forte que qualquer argumento. Não durou muito, e com o eco ainda no salão, o ser que estava de costas envolto em uma capa reluzente se vira e olha no fundo dos olhos da garotinha. Ela fica encantada com a figura do ser que exalava uma beleza extrema e um aroma doce que a hipnotiza. O ser era a Deusa do planeta Lírium, e o mesmo encanto que a garotinha teve por ela, ela teve pela menina.

— Olá, minha princesa! Saiba que você é minha primeira criatura que desperta em Lírium e estou muito feliz em conhecê-la.

A menina só desejava poder pensar direito, queria que alguém a ajudasse a controlar seus sentimentos. A Deusa, observando suas emoções descontroladas, pôs a mão em seu peito, e como em passe de mágica toda a dor e o sofrimento da garotinha foram embora, deixando-a em uma paz absoluta.

— Muito obrigada, senhora! – Disse a menina com um grande sorriso no rosto.

— Você merece! Afinal, eu esperei muito por esse momento! – Disse a Deusa com um sorriso tão grande quanto o da garotinha.

— Agora que curou minha dor, sinto que aqui pode ser o lugar de minhas respostas! Aposto que agora poderei saber tudo o que gostaria, já que o Oráculo me ameaçou ser expulsa de Lírium, caso eu perguntasse qualquer coisa a ele.

A Deusa olhou para o Oráculo e seus olhos ficaram vermelhos por algum motivo que ninguém ali compreendia. Ela chamou os guardas e pediu que o levassem ao lugar sagrado temido por todos. A garotinha ficou ainda mais feliz, pois finalmente se viu livre daquele fardo, e então decide que o melhor momento para saber exatamente o que estava acontecendo em sua vida era agora. Ela se vira para o ser exuberante e, quando vai perguntar, a Deusa fala bem suave, como se já soubesse de seus questionamentos com antecedência.

— Seu nome é Lily e você é primeiro ser que despertou aqui em Lírium. Fico muito feliz de estar a seu lado, preciso saber mais sobre minha filha.

A garotinha olha indignada para o rosto dela e complementa:

— Lily?! Filha?! De onde você tirou essas informações?

— Vou lhe mostrar em detalhes, minha querida. Viajaremos por priscas eras, e tenho a certeza de que, após tocar em sua testa com meu dedo, você irá vivenciar como tudo aconteceu. Iremos reviver na pele a plenitude de um amor que transcende o tempo e o espaço!

A Deusa estendeu o braço, tocando entre os olhos de Lily com o dedo indicador, transportando suas essências para um tempo que Lily jamais poderia imaginar…

O Reino

Chapter Separator

Há muito tempo, em um planeta distante do Grande Sol Central, existia um império chamado Albdhera, governado pelo rei Daros, herança de seu pai Átilus. O antecessor de Daros era um homem muito à frente de seu tempo, o qual lutou em prol de um reino sem misérias e egoísmos. Átilus deixou um importante legado ao seu único filho que, ao longo de trinta anos, se dedicou a cumprir os ensinamentos paternos.

Certo dia, sentado na varanda de seu castelo, Daros viu algo no céu que chamou sua atenção. Tratava-se de um rastro de fumaça que aparentemente saía de trás de um objeto brilhoso e estava caindo em direção à floresta no horizonte. Enquanto ele admirava o brilho esverdeado do tal objeto e seu longo rastro de fogo, percebeu que o fenômeno não fazia barulho, e ninguém, além dele, o estava enxergando.

Ele decidiu seguir o rastro de fumaça, mas para que seus soldados não o acompanhassem e ficassem preocupados com sua saída repentina, resolveu adentrar em seu quarto e abrir uma porta secreta que dava acesso a um túnel, o qual tinha como destino os fundos do castelo.

Passando pelo corredor estreito de pedras no andar superior, ele desceu a escada em espiral que o levou diretamente ao primeiro andar, e de lá desceu pelo subsolo, atravessando um túnel que dava na parte interna do muro dos fundos do castelo. Ao sair rapidamente de dentro do muro, o rei Daros foi em direção ao pequeno estábulo, próximo à muralha, com muita cautela para não chamar atenção de ninguém. Após pegar seu cavalo e garantir que ninguém o viu, puxou a sua espada e foi em direção ao objeto, do qual não fazia ideia da origem, apenas sentia um chamado vindo do seu coração e um receio de que grandes mudanças estariam por vir.

Algum tempo se passou, e os guardas, que ouviram boatos de que o rei foi visto saindo do castelo, foram até o aposento de Daros conferir.

— Vossa majestade? – Perguntou um dos guardas batendo na porta.

— Está tudo bem aí?! – Outro, pergunta já com uma das mãos na espada.

Empunhando suas espadas, os guardas do castelo decidem invadir o quarto do rei, mas havia algo que eles não esperavam. Eles nunca estiveram nesta situação antes, pois a porta de madeira com metal foi construída justamente para que ninguém conseguisse invadir o aposento. Logo entraram em desespero ao tentar arrombar a porta!

Não muito longe dali, Daros usava sua espada para abrir caminho na floresta, quando de repente ele se depara com uma luz muito forte. Era o reflexo do sol na fuselagem do objeto que tinha uma espécie de couraça prateada e verde translúcido esmeralda. Ao se aproximar, um compartimento se abriu soltando uma densa névoa que pairou pelo chão. O rei cobriu o nariz do cheiro desconhecido e se aproximou com cautela, sentindo que algo perigoso estava prestes a acontecer.

De dentro do veículo misterioso, exalava um aroma que o hipnotizou, deixando-o em um estado de puro relaxamento, o que fez sua espada cair no chão. Ele colocou a cabeça no veículo e se deparou com um ser em forma humanoide esverdeada. O rei tratou logo de tirá-lo daquele local, pois o ser parecia estar inconsciente. Porém, ao tocar em sua pele esverdeada e translúcida, Daros percebeu uma luz saindo de seu corpo e indo na direção do Ser das Estrelas. Surpreso, viu que o ser estava assumindo uma nova forma feminina. Ele ouviu em sua mente uma voz doce e sonolenta:

Muito obrigada pela sua energia, o seu toque me fez vibrar em sua frequência e, a partir de agora, começo meu processo de adaptação ao seu mundo.

Daros não sabia como agir diante daquela situação, ele estava completamente perdido e preocupado em como a levaria para seu castelo, sem que ninguém soubesse. Ao olhar para o céu, percebeu que era noite e que já havia se passado muito tempo. Preocupado, Daros não podia demorar mais um segundo, carregou-a em seu cavalo, retornando ao reino. De volta à passagem secreta do muro de seu castelo, ele teve a sensação de estar sendo observado, porém, continuou carregando-a, desaparecendo entre os arbustos.

Os guardas não sabiam mais como agir diante daquela situação, eles estavam preocupados e sentiam que não eram capazes de manter seu rei em segurança. Exaustos, sentaram-se no chão. Alguns segundos após se sentarem, eles ouviram um barulho dentro no quarto e logo ficaram em alerta:

— Majestade! O senhor está aí? Por favor, nos responda!

Então, a porta começou a se abrir lentamente e os guardas se olhavam sem saber ao certo o que realmente estava acontecendo. Barulhos de espadas sendo empunhadas, e olhos atentos a cada detalhe da porta se abrindo, os faziam aguardar em expectativa. Eis que surge o rei, em sua roupa de dormir, dando um bocejo seguido de um espreguiçar, aparentando ter acordado de um sono profundo.

— Aaarrrr! Que tanto barulho é esse? Será que seu rei não pode dormir após uma noite de bebidas? – Questionou-os Daros.

Os guardas largaram as espadas aliviados, sem desconfiar de absolutamente nada. Após alguns minutos de conversa com eles, Daros percebeu que teria que remodelar a política sobre a sua segurança, uma vez que tudo parecia estar para mudar no futuro.

Após todos terem se retirado para seus postos, Daros não perdeu tempo e voltou a se trancar em seu aposento. Foi em direção à passagem secreta, atrás da sua estante, para conferir como estava o ser que havia resgatado. Daquele momento em diante, tudo no cômodo diferiria. Surpreso, percebeu que o ser havia assumido a forma de uma bela mulher, e estava no esconderijo, esperando seu auxílio. E quando ela se recuperasse, o que seria feito a respeito? Como poderia explicar essa situação? Essas e outras perguntas vinham em sua mente sem respostas, o que o forçaria a deixá-la no vão por alguns dias até pensar em uma solução, já que ela não parecia ferida.

Curioso, Daros empurrou devagar a estante e olhou pela fenda o ser misterioso que acabara de salvar. Ela continuava lá, no chão, deitada e adormecida. Sabendo que o piso de pedras era gelado e desconfortável, teve a ideia de pegar cobertores e transformá-los em uma cama para ela, tornando o abrigo mais aconchegante. Ao observar aquela cena, ele sabia que não poderia escondê-la ali por muito tempo. Quando ela acordasse, teria que inventar uma história de sua origem, pois suspeitava que ninguém acreditaria na verdadeira versão.

* * *

Alguns dias se passaram, e Daros se acostumou com a rotina de realizar os mesmos cuidados com ela, que já não brilhava em tons de esmeralda como antes. O primeiro movimento que ela fez foi quando o rei tentou alimentá-la, pois ele acreditava que se ela não comesse nada nos próximos dias, ficaria fraca e poderia falecer. Em certo momento, o ser estendeu o braço em sua direção como se estivesse pedindo que a tocasse. Ele, sem hesitar, segurou a mão daquele ser e então ecoou em sua mente uma voz:

Não se preocupe meu amigo, eu hei de ficar bem, só preciso de um pouco mais de descanso para me adaptar a este novo corpo. A única maneira pela qual consigo forças é pegando um pouco de sua energia emprestada, por isso tenho muito sono ultimamente.

— O que você quis dizer com pegando emprestado? – Perguntou Daros, intrigado com o assunto.

Na parte do Universo onde eu estava, não ingerimos nada material, apenas nos alimentamos de energia, fazemos tudo com Energia Cósmica, ela é nosso alimento, nosso combustível, nossa vida! – Disse o ser, tentando explicar um pouco sobre a sua essência.

— Energia Cósmica¹?! Tipo a energia emanada pelo nosso Sol?

Você é inteligente, meu amigo, eu não te escolhi ao acaso. Agora, meu corpo está incompatível para captar esse elemento invisível, ainda não sei como manipulá-lo aqui em seu planeta. Porém, quando me salvou e tocou em mim, eu analisei seu código genético e criei este corpo para me adaptar a seu mundo.

— Como assim me escolheu?! – Pergunta Daros, intrigado.

"Quando minha nave entrou em sua atmosfera, acessei os Registros Akáshicos² pelo meu computador de bordo. Lá, as informações são armazenadas misticamente no éter, que abrange tudo o que ocorre, ocorreu e ocorrerá no Universo. Quando o computador de bordo concluiu que a nave iria cair, para me defender, cálculos quânticos foram realizados para determinar qual frequência humana me ajudaria em perigo, deixando a nave visível somente para essas pessoas específicas."

Daros ficou perplexo que tal coisa existisse.

— Que interessante! Você veio para cá ao acaso?

Não, eu estou em busca de uma experiência que sinto que acharei somente aqui, neste planeta!

— E o que seria essa experiência? – Pergunta o rei.

Eu não sei explicar, é algo formado por uma única essência, que habita vários corpos, e é a única resposta para os problemas da existência!

Sem ao menos perceber, a voz doce e melódica do Ser das Estrelas ia ficando cada vez mais distante em sua mente, ela estava voltando ao seu estado de hibernação. Ainda segurando sua mão, Daros ficou em estado meditativo com aquelas últimas palavras e decidiu que iria analisar com calma o que ela quis dizer. Era muita informação em pouco tempo, ele sabia que teria que pedir ajuda para alguém do reino, pois compreendia que para ajudá-la, deveria ir muito mais a fundo em seu limitado entendimento, talvez teria que repensar todos os conceitos criados ao longo de sua vida.

Foi então que o rei considerou compartilhar esse momento com uma pessoa de sua confiança, sua amiga de infância Lorien!

Ela morava aos pés