Como Ser Feliz Na Adversidade
De Letícia Sá
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Como Ser Feliz Na Adversidade - Letícia Sá
Sobre o livro
Esse livro foi escrito durante a pandemia e somente agora está sendo publicado. Foi nesse período que eu senti que deveria escrever um livro para ajudar outras pessoas que possam estar passando pelas mesmas situações que eu já passei. Nele eu busco compartilhar as minhas experiências para fazer o leitor entender que a vida é cheia de altos e baixos, de fases, sem as quais ela não seria uma vida plena e cheia de aprendizados. Muitas vezes pensamos que não somos felizes, nossa mente se aprofunda naquilo em que acreditamos e acabamos sucumbindo em nosso próprio mundo de tristeza e de insatisfação, quando na verdade estamos deixando a gratidão de fora das nossas vidas.
Aprendi muito nesses anos e é isso que venho compartilhar com vocês. Passei pela síndrome do pânico e pela depressão e sem remédios eu me curei pela fé, conhecimento e pelo entendimento da vida.
Fazendo uma análise sobre a minha vida desde a infância fui percebendo que tudo que vivi foram fases, aprendizados, algumas causadas por outras pessoas, outras causadas por mim mesma porque me permiti passar por tais coisas, mas em todas elas eu pude tirar algo bom ou ruim, tudo que nos acontece tem um propósito e é nisso que quero focar.
Obs: Essas são as minhas experiências e não indico a ninguém deixar seus tratamentos para quaisquer doenças que possam ter.
Mantenha sempre o seu tratamento médico e juntamente com ele busque conhecimento.
A verdade liberta.
Dedicatória
Dedico o meu primeiro livro à Deus, o meu criador e Senhor. Aos meus pais que sempre estiveram do meu lado me dando apoio incondicional, mesmo nos momentos mais difíceis quando eu não sabia onde estava me enfiando, eram eles que me davam o suporte em meio às minhas tempestades emocionais. Sou muito grata pelos vários conselhos recebidos ao longo dos anos e principalmente quando ninguém sabia que eu estava em depressão, nem eles mesmos. Ao meu marido que sempre muito forte e paciente me ouvia e não se deixava estressar com meus surtos.
Dedico aos meus filhos que são a minha razão de existir hoje nesta terra, por eles eu vivo e sei que eles são minha âncora. À minha amiga Luciana, pois em todos esses anos têm sido a única pessoa que esteve ao meu lado, mesmo distante, ouvindo meus desabafos e desesperos, espero que esse livro também fale ao coração dela. À minha amiga Zenaide que sempre me deu apoio através das suas mensagens, mesmo tão longe, me fazendo acreditar em mim mesma e que eu posso realizar os meus sonhos. E por último, mas não menos importante, dedico a cada leitor que precisa ouvir a minha história, a cada pessoa que está sofrendo e sentindo dor porque a vida não tem sido fácil. Ainda há esperança. Amo todos vocês.
Sumário
Sobre o livro
Dedicatória
A minha infância
Indo à igreja evangélica pela primeira vez
Uma surpresa no dia das mães
O meu desligamento da igreja
A desviada pra eles, não pra mim
Esteja atento aos sinais
Tirando algo bom das situações adversas
A síndrome do pânico
Procurando uma igreja
A faculdade em Michigan
Aprendendo a deixar ir
Aprendendo a tomar decisões
Um novo amor
Exercício do papel
A aceitação
Meu casamento
Quando Deus te prepara
Conheça a sua mente
Ressignifique
Aprenda a liberar perdão
Tenha intimidade com Deus
Quanto mais buscar mais receberá
A depressão
Más notícias e a síndrome do pânico
Conhecendo a Inteligência Emocional
Cuidado com o que vê e ouve
Faça uma limpeza
Mude os seus hábitos
Busque ajuda profissional e da sua família
Mantenha só pensamentos positivos
O poder da gratidão
O caderno da gratidão
Não reclame
A hora de beber água
A hora de comer
A hora do banho
A influência das palavras
O experimento do arroz
Uma nova fase
Descansando na adversidade
A técnica da afirmação positiva
A técnica do Eu sou
A técnica do Ho'oponopono
Não se iluda
Uma autoanálise
O caderno de sonhos e metas
A técnica do espelho
Saiba aproveitar o tempo
Transformando sentimentos ruins em bons
Descubra o propósito da sua vida
A verdadeira felicidade
Conclusão
Sobre a autora
A minha infância
Lembro que aos cinco anos de idade meu pai me chamou para deitar a cabeça sobre o colo dele enquanto ele conversava com minha mãe na sala. Ele me fez uma pergunta que eu nunca me esqueci: - Filha, se você tivesse que escolher com quem morar, quem você escolheria? A mamãe ou o papai? Lembro-me de ter respondido: - A mamãe. O sentimento que tive naquele momento foi de uma angústia profunda, pois com cinco anos eu tinha que escolher entre as duas pessoas que eu mais amava na terra. Eu recordo de ter dado a resposta com muita vontade de chorar. Pouco tempo depois meu pai saiu de casa para morar com outra mulher por quem ele tinha se apaixonado.
Ele vinha me visitar e às vezes me levava na casa deles também. Os anos se passaram e houve até uns vai e vens, mas ele sempre voltava para a mulher por quem ele havia se apaixonado. Eu já estava com dez anos de idade quando meu irmão começou a frequentar uma igreja evangélica com um colega e foi isso que ajudou meu irmão a superar toda aquela fase difícil, pois ele era seis anos mais velho do que eu e entendia melhor tudo aquilo que estava acontecendo.
Indo à igreja evangélica pela primeira vez
Durante esse período meu irmão passou a ler o livro do Apocalipse para mim e naquela época, ouvir tudo aquilo foi muito assustador. Uma coisa eu tinha certeza: - Eu não queria ficar na terra após o arrebatamento.
Foi por causa disso que ele pediu a uma menina de uma igreja que havia bem atrás da nossa casa, que me levasse à um ponto de pregação
, o que hoje seria chamado de célula
. Lembro-me muito bem desse dia, eu sempre fui uma menina muito inocente e bobinha, não sabia muito sobre as coisas da vida e isso me atrapalhou muito mesmo depois de adulta.
Quando cheguei no ponto de pregação assisti ao culto e depois a líder do departamento de adolescentes me perguntou se eu queria aceitar a Jesus.
Naquela hora fiquei com muito medo de tomar essa decisão por causa da minha mãe. Ela era uma católica muito devota e achei que fazendo isso eu magoaria profundamente a minha mãe. Então, a líder disse pra mim: - Não tenha medo, você será a coluna da sua casa.
Criei coragem e então aceitei a Jesus. Eles oraram por mim e então quando fui pra casa, lembro de estar tão feliz, tão feliz, que senti vontade de correr.
Fui correndo até a minha casa e cheguei toda feliz na vila onde morava. Ao entrar na vila avistei a minha mãe conversando com uma vizinha e contei pra ela a novidade, mas minha mãe não ficou tão contente com aquilo. Ela me disse: Agora eles não vão parar de te perturbar. Eu não reclamei nada. O tempo foi passando e eu estava cada vez mais envolvida com a igreja e com o departamento de adolescentes, minha mãe já tinha aceitado a minha escolha.
Uma surpresa no Dia das Mães
Era dia das mães, à noite, eu fui ao culto na igreja