Para Todos os Corações
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Para Todos os Corações - Maria Wanuza Pinheiro
Boneca de Pano
Talvez eu seja uma boneca de pano, cujo coração foi roubado e um roubo gigantesco foi deixado em meu peito. De repente, veio uma dor forte e se instalou em mim e ficou em cada centímetro de meu corpo rendado, com meus panos e babados. Os meus vestidos passaram a ser mais escuros, independentemente do cair da noite ou do levantar do dia; eles só eram mais propícios se mais próximos do negro que me abrangia. Chegou uma hora em que não os quis mais trocar, não fazia diferença.
Todo dia eu acordava e botava minha mão sobre meu peito, apertava-o e não sentia nada. Até que, em uma noite pouco escura e menos sombria, eu vi um clarão no canto de minha cama. Estendi minhas mãos até ele e encontrei ali meu coração. Abri meu armário, peguei minha caixa de costura e retirei a atadura de papel que cobria meu peito de pano. Coloquei meu coração de volta e o costurei cuidadosamente. Talvez eu realmente seja essa boneca de pano com o coração resgatado. Porque sim, ele voltou para mim. Sim, meus vestidos e panos o cobrem, eu o abrigo. Mas não o sinto assim, ele voltou intacto e este foi o problema.
O coração da boneca não era nada além de um pedaço fofo de pano em formato reconhecível. Ele não fora modificado, e pior, não fora roubado. A bonequinha queria que alguém a amasse como ela amaria e para isso, teria de ter consigo uma parte de seu coração. Mas vendo-o voltar intacto, percebeu que sua missão fora incompleta, sem sucesso.
Talvez eu realmente seja essa boneca de pano, cujas pessoas em volta não se misturam, cujo caminho é um ponto de interrogação. E principalmente, cuja procura será guiada até que encontre aquele pedacinho mínimo de seu coração, que ainda não percebeu sumir, mas que foi roubado discretamente para ser modificado, tocado e amado.
Meu Anjo Secreto
É tão irreal que mal posso acordar. Tudo aconteceu como abrir os olhos numa manhã ensolarada. Dessa vez, os olhos se fecharam e não viram mais a luz. Fiquei diante de uma dor paralisante, com um choro sufocado e um grito silencioso. Ninguém sabe o que sinto. Olhar para você era como vê-la dormir num dia comum, observar pela porta o doce sono de uma vida descansada pelo tempo, o tempo que deixou suas marcas em você. Ainda posso ouvir sua voz, sentir o toque suave de sua mão e ver o riso sereno em seu rosto sábio. Cada palavra contada de histórias antigas e cada sussurro de seus segredos foram minha companhia durante todo esse tempo. Às vezes, lembro-me de como você me olhava e me ensinava a viver a vida do jeito certo, sem tropeços para não cair.
Não sei se foi correto chorar e deixar as lágrimas caírem, mas tenho certeza de que sinto sua falta todos os dias e que nada poderá preencher o vazio que você deixou em mim. No fim do dia, sinto falta de beijar sua mão e dizer boa noite. Na mente de todos em que você está, parece que nada aconteceu e que de alguma forma poderei olhar para o sofá e vê-la sentada ou até mesmo em sua cadeira aproveitando o sol de cada manhã. Eu posso compreender, talvez, porque tudo aconteceu tão rápido. Só sinto que sua missão aqui foi cumprida e que no céu existe mais um anjo para nos guiar. Cem anos não vieram, mas Deus nos deu 89 para você viver ao nosso lado, e isso ninguém tão forte e guerreira como você poderia superar. A partida foi dolorosa