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Construindo Fortaleza Emocional Diante de um Relacionamento Abusivo
Construindo Fortaleza Emocional Diante de um Relacionamento Abusivo
Construindo Fortaleza Emocional Diante de um Relacionamento Abusivo
E-book276 páginas3 horas

Construindo Fortaleza Emocional Diante de um Relacionamento Abusivo

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Sobre este e-book

A maioria de nós não passou por uma educação emocional e não foi treinada para saber como não cair nas garras de um abusador(a) e, principalmente, não foi treinada para saber como se esquivar ou identificar as armadilhas de um relacionamento abusivo. O primeiro passo é você entender e saber identificar como o relacionamento abusivo pode estar a um passo de distância dentro da sua casa ou dentro de seus relacionamentos.
É possível que você sinta vergonha do que está passando e que esteja se isolando cada vez mais por não dar conta do sofrimento que seu parceiro lhe causa. Você tenta sair e não consegue! Não compreende o porquê de tanto sofrimento, paralisa no medo, na angústia e se vê sem alternativas. Sente que ninguém a compreende. E as consequências disso são imensuráveis, afetando até mesmo as pessoas que você mais ama.
Mas como sair do domínio do agressor se sua vida está toda dilacerada, tendo se afastado de amigos e familiares, consumida pelo medo, culpa, vergonha do que está passando e com o psicológico adoecido e aprisionado por tantas manipulações e agressões? Qual caminho seguir para se libertar dessa dor? O que deve fazer para desenvolver sua fortaleza emocional? É isso o que você aprenderá lendo esta obra. E, no final, descobrirá que é mais forte do que imagina!
IdiomaPortuguês
EditoraViseu
Data de lançamento12 de jan. de 2024
ISBN9786525465937
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    Pré-visualização do livro

    Construindo Fortaleza Emocional Diante de um Relacionamento Abusivo - Cristian Paula França

    Capítulo 1

    Compreendendo como funciona o relacionamento abusivo

    Identificar se está vivenciando um relacionamento abusivo não é tarefa fácil para a pessoa que está envolvida nesse tipo de relação, pois o mesmo agressor que mina a essência do parceiro, que agride, violenta física e/ou emocionalmente, diminui e atrapalha sua vida, muitas vezes é o mesmo que lhe dá flores, segurança, aconchego e afeto, tudo transvestido de cuidado e carinho, somado ao encantamento do amor ou da paixão. O poema abaixo representa bem toda essa ambiguidade na relação abusiva.

    HOJE RECEBI FLORES

    MAIO

    Hoje recebi flores!

    Não é o meu aniversário

    ou nenhum outro dia especial;

    tivemos a nossa primeira discussão ontem à noite,

    ele me disse muitas coisas cruéis que me ofenderam de verdade.

    Mas sei que está arrependido e não as disse a sério,

    porque ele me enviou flores hoje.

    Não é o nosso aniversário ou nenhum outro dia especial.

    JUNHO

    Ontem ele atirou-me contra a parede e começou a asfixiar-me.

    Parecia um pesadelo, mas dos pesadelos nós acordamos

    e descobrimos que não são reais.

    Hoje acordei cheia de dores e com golpes em todos os lados.

    Mas eu sei que está arrependido

    porque ele me enviou flores hoje.

    E não é Dia dos Namorados ou nenhum outro dia especial.

    JULHO

    Ontem à noite bateu-me e ameaçou matar-me.

    Nem a maquiagem ou as mangas compridas poderiam ocultar

    os cortes e golpes que me ocasionou desta vez.

    Não pude ir ao emprego hoje

    porque não queria que se apercebessem.

    Mas eu sei que está arrependido

    porque ele me enviou flores hoje.

    E não era Dia das Mães ou nenhum outro dia.

    AGOSTO

    Ontem à noite ele voltou a bater-me, mas desta vez foi muito pior.

    Se conseguir deixá-lo, o que é que vou fazer?

    Como poderia eu sozinha manter os meus filhos?

    O que acontecerá se faltar o dinheiro?

    Tenho tanto medo dele!

    Mas dependo tanto dele que tenho medo de o deixar.

    Mas eu sei que está arrependido,

    porque ele me enviou flores hoje.

    SETEMBRO

    Hoje é um dia muito especial: é o dia do meu funeral.

    Ontem finalmente ele conseguiu matar-me.

    Bateu-me até eu morrer.

    Se ao menos tivesse tido a coragem e a força para o deixar…

    Se tivesse pedido ajuda profissional…

    Hoje não teria recebido flores!

    (Autor desconhecido)

    Também pode-se dizer que a dificuldade em compreender se está vivenciando um relacionamento abusivo, ou não, tem a ver com a falta de conhecimento em relação ao tema, tendo em vista a naturalização do que vivem, observando a situação como algo normal, seja por terem crescido nesse tipo de ambiente ou mesmo por uma questão cultural.

    Outro ponto relevante que dificulta a identificação do quadro abusivo é que o agressor convence as vítimas através de diversas manipulações, de que elas são culpadas pelas agressões, que eles(as) só as agridem porque elas não correspondem às expectativas deles(as), ou seja, se elas obedecessem, não passariam por isso. Tenha certeza de que isso tudo é muito confuso na cabeça da vítima, pois, de tanto ouvirem que são culpadas, elas acabam incorporando essa crença dentro delas, chegando inclusive a pedir desculpas por terem feito o(a) companheiro(a) agredi-la. Para quem está de fora, isso é um absurdo, mas para a vítima, diante de tantas manipulações, ambiguidade de sentimentos e confusão mental, parece ser o ato mais sensato no momento.

    Tudo isso gera sentimentos de ansiedade, angústia, medo, vergonha, confusão mental, dúvidas recorrentes, assim como a esperança de que o (a) abusador(a) mude e os abusos cessem. Inclusive, o fato de as vítimas acabarem ficando emocionalmente abaladas também vai influenciar na sua capacidade de percepção da situação que estão vivendo mediante o abuso, não visualizando que merecem alguém que as valorizem e despertem o melhor nelas (BROTTO, 2021).

    Mas o que é um relacionamento abusivo? É quando um dos parceiros de uma relação impõe seu poder, sua vontade, seus desejos sobre o outro, a ponto de anular sua identidade, causar sofrimento (psicológico, físico, emocional e/ou sexual) e danos para a vida de quem é abusado, chegando a interferir em seus hábitos, na autoestima, no trabalho, em suas relações interpessoais, na situação financeira, em suas redes sociais no meio tecnológico (através do controle e das exposições) e até mesmo na saúde e na qualidade de vida da vítima (BARRETTO, 2015; BROTTO, 2021; TRINDADE et al., 2008; OPAS, 2017).

    São muitos os danos ocasionados por este tipo de relacionamento, pois além da violência psicológica, física e sexual na vida da pessoa abusada, se houver filhos envolvidos, há uma tendência de as crianças desenvolverem transtornos mentais durante o processo traumático ou mais adiante em seu desenvolvimento, assim como a possibilidade de repetirem esses padrões de violência em sua vida, por naturalizá-los (FEBRACIS, 2021; OPAS, 2017).

    Também pode ser observado um impacto nos custos sociais e econômicos, já que a pessoa abusada pode chegar a ser incapaz de cuidar de si e de seus filhos, pode ser afastada do trabalho pelo agressor(a), por adoecimento ou por tendência ao isolamento, além de acabar se afastando de suas atividades diárias, questões essas que, de alguma forma, repercutem em toda a sociedade (OPAS, 2017).

    Como foi observado, muitas vidas são impactadas através da violência contra a mulher, sem falar no aumento do risco de suicídio, feminicídio e na construção de uma sociedade doentia com relações baseadas no desrespeito, na falta de liberdade da mulher, na naturalização da violência e na criação de famílias desestruturadas e adoecidas.

    Segundo as pesquisas de Saffioti (2004), depois que a mulher sofre violência, é raro ela se separar do abusador, e Soares (1999) ainda ressalta que esse processo é demorado e geralmente as vítimas evitam passar por ele. Também foi observado por Lima e Werlang (2011) que, mesmo após a primeira queixa, muitas dessas mulheres permanecem com o agressor por mais três anos. Dessa forma fica claro o quanto é difícil para as vítimas de abuso saírem de uma relação que as adoece, ainda mais se levarmos em consideração a fragilidade do seu estado emocional (sensação de fragilidade, desamparo, solidão, ansiedade, tristeza, irritabilidade, insônia e presença de distúrbios sociais (ADEODATO et al., 2005).

    Sendo assim, o acesso ao conhecimento é imprescindível e o apoio de amigos, familiares e pessoas queridas é fundamental no processo de identificação do quadro, assim como o auxílio de um especialista da área de saúde e/ou do direito, caso necessário. Uma vez que o relacionamento está desconfortável e causa mais sofrimento e danos do que é construtivo na vida do indivíduo, vale a pena parar para refletir sobre o que está acontecendo (ALEGRETTI, 2020; OPAS, 2017; FEBRACIS, 2021).

    Você até pode estar se perguntando: como alguém em sã consciência pode continuar em uma relação tão autodestrutiva? Para que você possa compreender melhor esse processo, leia o texto abaixo retirado do blog da psicóloga Maraci Sant’Ana e reflita sobre como é estar nessa condição. Mas reflita sem julgamentos, use a empatia, coloque-se no lugar do outro a partir das limitações desse outro, assim você compreenderá todo esse processo.

    "Fizemos um mês de namoro, ele me enviou flores!

    Fizemos dois meses de namoro, ele pediu para eu vestir uma saia um pouco mais ‘decente’, mas me enviou chocolates e flores!

    Fizemos três meses de namoro. Ontem ele me proibiu de sair com Pedro, meu melhor amigo. Ele disse que ‘meu melhor amigo agora é ele’. Mas hoje é nosso aniversário e ele me enviou flores!

    Fizemos quatro meses de namoro. Ele me pediu que não usasse batom vermelho, pois ele não namorava ‘uma garota de programa’. Usei batom rosa, mas tudo bem — ele me deu uma aliança!

    Fizemos cinco meses de namoro. Ele me empurrou contra a parede porque um moço me chamou de princesa na rua, mas tudo bem — ele pediu desculpas e disse que me ama. Ele disse que me ama!

    Fizemos seis meses de namoro, ele me proibiu de viajar para ver minha mãe, pois nessas viagens de férias ‘rola muita pegação’. Ele viajou sozinho, mas me trouxe sandálias, lindas sandálias!

    Fizemos sete meses de namoro. Ele me deu um tapa, um tapa forte! Mas depois chorou, chorou muito, disse que me amava e jurou, jurou que nunca mais o faria. Ele me ama!

    Fizemos oito meses de namoro. Ele me pediu para parar de trabalhar, pois meu chefe estava me ‘assediando’. Então deixei o trabalho. Sim, deixei meu trabalho, deixei também minha casa e fui morar com ele. Mas tudo bem — era só um trabalho, e ele, o amor da minha vida!

    Fizemos nove meses juntos. Fomos jantar fora. Sim, ele me levou para jantar! Jantamos e foi perfeito. Só que, na saída do restaurante, um moço passou a mão na minha nádega. Eu fingi não ter visto para não causar confusão, mas, quando chegamos a casa, ele começou a gritar, gritar muito, gritar alto ‘VADIA!’, ‘PIRANHA!’, ‘VAGABUNDA!’, ‘ELE É SEU AMANTE!’. Ele me bateu, bateu muito, bateu forte, me socou tanto que eu não conseguia nem mais enxergar.

    Acordei em um lugar estranho, toda doída, numa sala branca. Estou no hospital? — Sim — uma bela moça de olhos azuis e cabelos presos me respondeu ao fundo. Ela disse que fui assaltada na noite anterior e que meu marido teria me socorrido. Segundo ela, eu estava com três costelas quebradas. Sim, ele quebrou minhas costelas, três delas! Meio que sem jeito, aquela bela moça se aproximou e disse que eu poderia contar a ela o que realmente ocorreu, que ela me protegeria e que existe a Lei Maria da Penha que ampara mulheres que sofrem violência. Ele preso? Preso? PRESO? NÃO!

    Estava pensando que o amava muito, muito mesmo, e dependia muito dele, quando, meu Deus! ele entrou com um urso gigante e muitos balões! Meu Deus! dizendo que tinha vindo cuidar do amor da vida dele. Como eu o amo! Vamos voltar para casa!

    Fizemos dez meses juntos. Como ele está mudado! Me leva para jantar ou pro cinema todos os finais de semana. Disse que me ama! Eu também o amo! Ele me enviou flores o dia inteiro!

    Fizemos onze meses juntos. Tudo são rosas! Ele é lindo, me ama e já faz meses que não levanta a voz para mim! Fomos à casa do meu sogro, pois é seu aniversário. Ele chegou do trabalho e eu já estava pronta, usando meu tubinho preto e minhas belas sandálias, que há um tempo ele mesmo me deu.

    Pela primeira vez em meses, ele não reclamou da minha roupa, disse que eu estava linda e, quando chegamos, todos vieram me dizer o mesmo. Logo me enturmei com seus primos, começamos a contar várias piadas e percebi que ele me observava de uma maneira estranha, como naquele dia, aquele dia horrível. Não! Eu o perdoei, a gente esqueceu. Afastei da minha mente aquela ideia boba. Quando fomos nos despedir, todos trocamos abraços. Ele apertou forte a minha mão quando abracei seu primo, mas fomos para casa.

    Ele havia bebido além da conta, bateu o carro no portão e começou a gritar comigo, gritar muito, como naque… Ai! Não! Não! Não! NÃO!!! Ele estava em cima de mim, me socando com muita força. Meu rosto sangrava, ele gritava MUITO ALTO, ‘SUA VAGABUNDA!’ ‘VOCÊ DEU EM CIMA DE TODO MUNDO!’ ‘VADIA!’ ‘EU VOU MATAR VOCÊ!’ ‘VOCÊ VAI APRENDER A USAR ROUPA DE MULHER DECENTE!’ ‘VADIAAAA!’ ‘VOCÊ VAI MORRER!’.

    Acordei, dessa vez, sem lugares estranhos. Eu estava em casa. Ai! Que dor! Como doía! Tudo doía! Ai! Tentei me levantar, mas não deu, doía muito! Ele chegou e estava ao pé da cama, me pedindo perdão. Disse que bebeu muito e que perdeu o controle. Mas eu estava decidida! Vou embora! Quando disse isso a ele, senti uma pancada muito forte. Abri meus olhos e estava no hospital novamente.

    A doutora disse que caí da escada. O que estaria acontecendo? Tantas pessoas na sala! A doutora continuou dizendo que, por um milagre, eu não o havia perdido. Como assim não o havia perdido? E ela me contou que eu estava grávida. Isso veio como um choque, uma pancada, muito, mas muito mais forte do que todas as outras que ele tinha me dado até ali. Eu esperava um filho do homem que mais me fez mal e que eu mais amei no mundo. Chorei, chorei, chorei muito.

    Não tinha como eu ser mãe solteira! Ele me pediu perdão, chorou, disse que me ama. Eu vou perdoá-lo. Ele entrou no quarto com um sapatinho amarelo, me pediu perdão novamente e me prometeu que seria o melhor pai do mundo. Eu vou perdoá-lo. A partir de agora, seremos uma família.

    Fizemos um ano juntos. Estou com dezoito semanas de gestação. É uma menina! Ele tem me tratado muito bem, não me agrediu, como prometido. Eu o amo! Hoje ele fez uma surpresa linda para mim — a gente andou de balão!

    Fizemos um ano e um mês de união. Ele quer se casar, casar ‘de verdade’, como sempre sonhei, como a gente sempre sonhou. ‘Sim’, foi minha única reação quando ele se ajoelhou no meio do restaurante. Vamos nos casar! Ele é tão fofo! Como eu o amo!

    Ontem completei seis meses de gestação e fui fazer exames detalhados para decidir como será o parto. Ele disse que não poderia ir, tinha muito serviço, mas me desejou boa sorte! Mas, no último exame, ele chegou! Ah! Ele veio! Entramos na sala e um médico encantador veio me atender. Eu deveria me despir. Aí ele pediu para trocar o doutor por uma médica do plantão, porque ‘mulher dele’ não ia ficar nua na frente de homem algum, mas o rapaz disse que infelizmente só havia aquele médico no plantão.

    Então comecei a me despir. Ele me pegou pelo braço, me arrastou corredor afora, dizendo que, já que eu queria ficar ‘pelada’, seria para todos verem. Depois me jogou no carro, me arrastou pela casa gritando, dizendo que eu não merecia a filha dele. Eu chorava, chorava muito, e ele gritava cada vez mais alto: ‘QUERIA MOSTRAR O CORPO, VADIA?’ ‘VOCÊ NUNCA MAIS VAI SE EXIBIR ASSIM, ENTENDEU?’ ‘VAGABUNDA!’.

    Eu implorei para que ele não me tocasse. Minha filha! Minha filha! Ele acertou meu rosto! Ele está socando minha barriga com força! MEU DEUS! MINHA FILHA, MINHA FILHA, ÁGATA, NÃO!!!

    O dia amanheceu. Acho que já recebi mais de 20 buquês de flores. E chegam mais e mais. Ele me enviou flores. Sim, ele me enviou flores. Mas ele não foi o único. Minha mãe está chorando aos meus pés. Meu pai teve uma crise nervosa. E eu? Ah! Eu estou morta! A Ágata? Também está morta! Ele conseguiu nos matar!! Se eu tivesse tido a coragem e a força para deixá-lo… Se eu não tivesse abandonado o meu trabalho, não tivesse trocado o meu batom, não tivesse tirado aquela saia, se eu tivesse ido embora naquele tapa, talvez…

    Eu sou a Maria, eu sou a Joana, a Débora, a Eva e a Luana, eu sou a Marta, eu sou a Larissa. Sim, a minha história termina com um ‘talvez’, pois eu me calei desde a primeira agressão. A sua história não acaba aqui. Você pode falar! Sabe aquela ajuda que eu dispensei? Aceite! Eu estou morta! Minha filha está morta! Mas você pode dizer não, você pode resistir, você pode ir embora, você tem família e, se não tiver, você tem a você e você tem força para lutar, e você tem A Lei Maria da Penha para te amparar.

    Ligue 190, procure a Delegacia da Mulher! Do fundo do coração, eu lhe desejo coragem e que sua história seja diferente da minha."

    (Autor desconhecido)

    Infelizmente muitas mulheres passam por esse tipo de situação apresentando apenas um grito silencioso, na esperança de que um dia seus(suas) parceiros(as) voltem a ser bons(boas) companheiros(as) como no início do relacionamento. Mas também há o grupo de mulheres que, em meio a esse desespero, anseiam que alguém, algo ou um milagre as tire desse sofrimento, pois dependendo do estrago emocional causado pelo agressor, sozinhas não há como se libertar do terror que elas vivem dia após dia.

    Nos relacionamentos amorosos iremos encontrar quatro tipos de dinâmicas que demonstram se um relacionamento é saudável ou não, sendo importante que você as compreenda para analisar em qual delas você está inserida, pois é muito comum, diante da falta de informação e da banalização da mídia, muitas pessoas confundirem relacionamento abusivo com relacionamento tóxico ou disfuncional. A importância de compreender cada um deles é que dependendo do que você estiver vivenciando, cada situação deverá ter um olhar diferenciado para que você possa lidar melhor com a relação.

    Ao mencionarmos a construção da fortaleza emocional neste livro, estamos nos referindo a uma série de reflexões e atividades que impulsionam qualquer pessoa ao autofortalecimento, ainda que, neste texto, as atividades estejam direcionadas à realidade das mulheres que vivem o relacionamento abusivo, porém são reflexões que servem para qualquer âmbito da vida. Entre as dinâmicas de relacionamentos, iremos encontrar as funcionais, as disfuncionais, as tóxicas e as abusivas. Vejamos em qual delas você pode estar

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