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E-book128 páginas1 hora

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Sobre este e-book

Após uma vivência cheia de tormentas, dúvidas, buscas… e uma contínua terapia psiquiátrica e psicológica que completa 3 anos, Paula Moura traceja suas palavras nos contornos de sua dor. Esta obra é um compilado de diversos pensamentos e sentimentos provocados pelo relacionamento narcisista com sua mãe e reforçados pelo tratamento recebido da sociedade e das pessoas com as quais conviveu. Em meio ao relato de sua história, a autora expõe seus medos, fantasia seus desejos, marca seu processo de autodescoberta e poetisa suas emoções. Enkrateia não é apenas uma autobiografia, é o compartilhar de experiências reais, emocionais e psicológicas, que pode, em muitos momentos, se assemelhar às do próprio leitor. Giani Costa
IdiomaPortuguês
Data de lançamento24 de out. de 2023
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    Enkrateia - Paula Moura

    2

    Enkrateia

    Por Paula Moura

    Uma autobiografia que aborda o narcisismo materno, os impactos das relações disfuncionais, bem como a importância da ajuda profissional na quebra do padrão de comportamento destrutivo adotado pelas vítimas.

    3

    Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Moura, Paula

    Enkrateia / Paula Moura. -- Campo Grande, MS : Ed.

    da Autora, 2023.

    ISBN 978-65-00-83089-7

    1. Autoajuda 2. Mães e filhas 3. Mulheres -

    Autobiografia 4. Narcisismo 5. Relações interpessoais I. Título.

    23-176480

    CDD-920.72

    Índices para catálogo sistemático:

    1. Mulheres : Autobiografia 920.72

    Eliane de Freitas Leite - Bibliotecária - CRB 8/8415

    Capa: Paula Moura

    Revisão Ortográfica: Giani Costa

    1ª Edição – 2023

    Esta obra encontra-se registrada nos termos e normas legais da Lei n.9.610/1998 dos Direitos Autorais do Brasil. Conforme determinação legal, não pode ser plagiada, utilizada, reproduzida ou divulgada sem a autorização de seu(s) autor(es).

    4

    Dedicatória

    A realização deste livro é dedicada ao meu finado, Argos. Um filho que me deu a honra de desfrutar de sua companhia inigualável, de seu carisma, de sua alegria, de sua parceria e de seu companheirismo.

    Onde quer que sua alma esteja, desejo que possa fazer o coração de outras almas vibrarem de amor, como fez com o meu. Amo-te, eternamente.

    "Amor que não se pede

    Amor que não se mede

    Que não se repete"

    (Composição de Marisa Monte/Nando Reis)

    6

    Agradecimentos

    Sou grata à minha esposa Giani de Oliveira Costa, com quem compartilho uma relação de respeito, diálogo, aprendizagem, amor, parceria, zelo, compreensão e haja adjetivos para descrever (risos). Por me amar e me escolher todos os dias de meus bons ou maus humores, de minhas qualidades ou deficiências, de minhas reclusões ou desencarceramentos.

    Sou imensamente grata à minha rede de apoio profissional, que diariamente contribui no aprimoramento de meu ser, auxiliando no processo de me ver com olhos reais, de aceitar o que não posso ou não quero mudar; de abraçar minhas mudanças e de superar as barreiras.

    Agradeço pelo acolhimento de cada um, pelas estratégias traçadas e pelo respeito a quem sou e ainda serei.

    8

    "A enkrateia se caracteriza

    sobretudo por uma forma ativa de domínio de si que permite resistir ou lutar e garantir sua dominação no terreno dos desejos e dos prazeres "

    Foucault, Uso dos Prazeres, p. 80.

    10

    Apresentação

    Enkrateia é um termo que, a partir do filósofo Sócrates, ganha o conceito de autodomínio, o domínio de nossos prazeres e de nossos impulsos. É sob esse título que apresento uma autobiografia que nos convida adentrar na vida de nossa criança interior, que traz consigo as dores e experiências não apagadas e, também, não resolvidas; que traz nossos instintos mais primitivos; aquela criança cujo o olhar se sobrepõe ao olhar adulto e nos faz enxergar o mundo sob sua perspectiva. Com sensibilidade, coragem e sinceridade apresento um resumo de minha história, um doloroso experimento cravado na alma, vivido em relações tóxicas nas quais, desde muito cedo, fui inserida; um caos familiar e interpessoal.

    Esta obra visa aumentar a conscientização sobre o narcisismo e seus efeitos na dinâmica familiar, ajudando os leitores a identificar padrões tóxicos em suas próprias vidas ou nas vidas de pessoas próximas, bem como oferecer insights sobre como o meio em que se está inserido pode afetar o desenvolvimento da criança e as interações na vida adulta. Além disso, enfatiza a importância dos apoios psicológico e psiquiátrico, bem como, compartilha a possibilidade de superação para as pessoas envolvidas nessas relações.

    11

    12

    Prefácio

    Quais marcas o tempo leva e quais ele não é capaz de apagar? Poucas ou muitas memórias, dores, rigidez, bolhas nos pés causadas pelos sapatos repletos de pedra? O que o tempo cura verdadeiramente? Somos capazes de seguir adiante sem que nossos fantasmas nos assombrem? Longe de mim a vaidade e a pretensão de escrever aqui um livro com vasto conhecimento científico, mas sim, escrevo com conhecimento. Arrisco-me a trazer o que conheço da dor, da fantasia, da fantasia de família; arrisco-me a contar o meu saber sobre os caminhos, a negligência, a influência, as decisões, os medos, os fracassos, as crenças e as expectativas fortemente depositadas em nós enquanto crianças, como projeto perfeito do que o outro não foi capaz de realizar.

    Eu também conto um retrato de mãe que você pode não aceitar. Exponho o que o ideal de topo, de primeiro lugar e de evidência é capaz de fazer com um ser humano. Conto a raiva e a decepção; mais que isso, conto o que me torna humana. E te convido a se aproximar dos nossos comuns, acolher os nossos diferentes e adentrar em uma história que pode ser a sua ou das novas gerações.

    Eu te convido ora a viajar junto com a fertilidade de uma mente, ora a viajar sozinho no mais profundo de seus oceanos. Estaremos juntos, às vezes, no mesmo barco. E também, estaremos distantes confrontando e experienciando vivências diferentes, sentimentos e 13

    emoções

    diferentes,

    simplesmente

    porque

    somos

    diferentes!

    A vida, para muitos de nós, se inicia após o nascimento, mas ouso dizer que essa vida existe muito antes desse feito. Penso que antes de quaisquer choros ou olhos abertos, ela já esteja seguindo um curso, implicando a cada um fazer escolhas melhores para si e para os que virão. Quem são os que virão? Somos convidados a decidir por uma coletividade, mas nos atemos somente ao que queremos enxergar, aquilo que está metros à nossa frente e nada mais. A vida, em sua total existência, nos cobra por aquilo que decidimos, individual ou coletivamente. E não pense que você escapa dessa cobrança. Seus oceanos também são profundos e, ao lidar com eles, perceberá os encontros que precisa ter.

    Por isso, minha solicitação

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