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Infidelidades Financeiras: Crônicas de uma voyeur
Infidelidades Financeiras: Crônicas de uma voyeur
Infidelidades Financeiras: Crônicas de uma voyeur
E-book107 páginas1 hora

Infidelidades Financeiras: Crônicas de uma voyeur

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Sobre este e-book

As vozes que contam as crônicas do livro de Mara Luquet são femininas, mas não por que enrascadas financeiras sejam exclusividade das mulheres. Mas porque elas estão mais abertas a partilhar as dificuldades em busca de soluções. São histórias reais, crônicas do cotidiano que foram contadas a ela, mas também experiências próprias da autora. Histórias que chegaram a ela por meio de e-mails, mensagens, redes sociais ou mesmo desabafos de amigas. Histórias que narram como o complexo triangulo amoroso - amantes e dinheiro - destrói o romantismo de casais outrora apaixonados. Aqui, o leitor verá que é a relação com o dinheiro - e não necessariamente a falta dele - que provoca as desavenças entre casais. Mesmo o excesso de dinheiro pode criar problemas. Basta se acomodar na poltrona e começar a ler sobre a vida de outros casais neste livro para você ter certeza de que mesmo o excesso de grana criará problemas que vão desaguar em infidelidades financeiras. O objetivo de Mara com esta 'experiência de voyeur' é fazer melhorar o relacionamento afetivo do leitor em todos os aspectos inclusive - e por que não - no sexual. As crônicas funcionam como introdução para as informações sobre finanças pessoais provenientes de fontes confiáveis. Especialistas das áreas financeira e jurídica que respondem a questões que a vida real trouxe à autora e que ela embalou no formato de textos leves para a vida real, de modo que o leitor possa ler sem jargões complicados nem o financês.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento4 de dez. de 2020
ISBN9786586618242
Infidelidades Financeiras: Crônicas de uma voyeur

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    Infidelidades Financeiras - Mara Luquet

    INFIDELIDADES

    FINANCEIRAS

    INFIDELIDADES FINANCEIRAS

    CRÔNICAS DE UMA VOYEUR

    © Almedina, 2020

    AUTORA: Mara Luquet

    DIRETOR ALMEDINA BRASIL : Rodrigo Mentz

    EDITOR DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS: Marco Pace

    ASSISTENTES EDITORIAIS: Isabela Leite e Larissa Nogueira

    REVISÃO : Isabella Mouzinho

    DIAGRAMAÇÃO: Almedina

    DESIGN DE CAPA: Casa de Ideias

    ISBN: 978-65-86618-24-2

    Dezembro, 2020

    Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

    (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)


    Luquet, Mara

    Infidelidades financeiras: crônicas de uma voyeur / Mara Luquet.

    São Paulo: Almedina Brasil.

    ISBN 978-65-86618-24-2

    1. Casais – Relações interpessoais 2. Crônicas brasileiras

    3. Economia 4. Finanças I. Título.

    20-47192 CDD-B869.8


    Índices para catálogo sistemático:

    1. Crônicas do cotidiano: Literatura brasileira B869.8

    Maria Alice Ferreira – Bibliotecária – CRB-8/7964

    Este livro segue as regras do novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (1990).

    Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro, protegido por copyright, pode ser reproduzida, armazenada ou transmitida de alguma forma ou por algum meio, seja eletrônico ou mecânico, inclusive fotocópia, gravação ou qualquer sistema de armazenagem de informações, sem a permissão expressa e por escrito da editora.

    EDITORA: Almedina Brasil

    Rua José Maria Lisboa, 860, Conj. 131 e 132, Jardim Paulista | 01423-001 São Paulo | Brasil

    editora@almedina.com.br

    www.almedina.com.br

    MARA LUQUET

    INFIDELIDADES

    FINANCEIRAS

    CRÔNICAS DE UMA VOYEUR

    70

    Para eles, a quem sequer a morte conseguiu separar, e que nos inspiram com suas histórias de amor (in memorian).

    Abigail e Mario

    Lourdes e Newton

    Antonia e Jayme

    Prefácio

    O triângulo

    A voyeur financeira contempla o triângulo: na base, o casal; no ápice, o dinheiro. Nosso cérebro aprecia a metáfora, pois já se acostumou a encaixar o mundo em triângulos. Eles nos cercam por toda parte. Na matemática, o Triângulo Sublime é um triângulo isósceles no qual a proporção entre os dois lados iguais e a base é a razão áurea, o número 1,618. Na geografia, o Triângulo Dourado, nome cunhado pela CIA, descreve a área das fronteiras entre a Tailândia, o Laos e Mianmar.

    É nele que se passa uma das melhores aventuras de Emily Reed-Pollifax. O comércio de ópio, um golpe do governo tailandês e as operações secretas da CIA figuram na intriga, enquanto a Sra. Pollifax luta para encontrar o marido desaparecido. Como nas narrativas que mais atraem leitores, a história de Emily obedece à regra da ficção, cujos três itens básicos formam um triângulo: a apresentação, o conflito (ou o ápice da história) e o desfecho.

    Já na História com H maiúsculo, muitas vezes os poderosos também formam triângulos de associação e inimizade. Por exemplo, o período no Oriente Médio, que vai da formação do Estado de Israel até os acordos de paz de Oslo, é o tema de "O Triângulo Fatal", uma das obras mais renomadas de Noam Chomsky.

    Não deixemos de lado a psicanálise. O complexo de Édipo — triângulo amoroso formado pelo pai, a mãe e a criança (que ama a mãe e vê o pai como rival) — será, segundo Freud, vivenciado por todo ser humano.

    Faltava ao entendimento dos nossos dramas diários o triângulo das finanças pessoais. Seus três ingredientes, o dinheiro e duas pessoas numa relação amorosa, se combinam em receitas instrutivas de desastres e soluções, que vão manter o leitor virando as páginas deste livro com enorme interesse.

    As aventuras de duas pessoas que se amam (ou se odeiam) sempre atiçam nossa curiosidade. Nelas, o papel do dinheiro quase sempre está presente. Dou um exemplo clássico. Alicerce do romance moderno, "Madame Bovary", de Flaubert, conta não apenas uma história de adultério, mas uma história de dívidas. Mentirosa por natureza, Emma começa a enganar o marido antes mesmo do primeiro adultério. Vive fora da realidade e tem uma mente rasa. Lê muito, mas lê mal. Daríamos voltas desnecessárias ao dizer que o meio moldou Emma. Mas é verdade que, enquanto os homens tinham acesso à propriedade, o corpo de Emma era sua única moeda, o capital que negociava em segredo, pagando o preço da vergonha e a despesa adicional da mentira. Quando ela precisou de dinheiro para pagar dívidas, os homens o ofereceram em troca de favores sexuais. De todos os ventos que chicoteiam o amor, o dinheiro é o mais frio e o mais destrutivo.

    Em " A orgia perpétua", Mario Vargas Llosa diz que Emma tem uma postura universal: reúne ao mesmo tempo a capacidade de fabricar ilusões e a louca vontade de realizá-las. E essa vontade louca a faz acumular dívidas para as quais só encontra saída no suicídio. Nem por isso a promíscua é vítima. Se os limites sociais lhe impunham a escolha entre felicidade ou fidelidade, Emma toma seu destino nas próprias mãos ao escolher ser infiel a Charles. E a estrutura do romance exige dela a responsabilidade sobre suas ações.

    As histórias que compõem as crônicas de uma voyeur financeira não são tão trágicas. Mas, além de fascinantes, se completam com conclusões que Mara Luquet soletra com maestria. O segredo para viver melhor é não fazer segredo diante de assuntos monetários e, ao mesmo tempo, não erigir o vil metal como senhor de nossas vidas.

    Situações mediadas pelo dinheiro muitas vezes resvalam em sentimentos de vergonha, impasses, mal-estar e sentimentos negativos. Até que ponto você está preparado para lidar com o tema dinheiro?

    A teoria freudiana une os objetos do plano sentimental e social ao plano psíquico. Se, às vezes, um charuto é mais do que um charuto, embora continue a ser charuto, o mesmo se pode dizer do dinheiro. Ao lado da sexualidade humana, Freud apontou para o dinheiro como um grande tabu. Apesar de tão valorizado, o vemos como sujo, como alguma coisa que devemos esconder. Ele combina valor e sujeira, retenção e vergonha. Escondemos quanto ganhamos e escondemos quanto perdemos. E, enquanto muitos só falam de dinheiro, outros não o mencionam. Para esses, falar de dinheiro é mais difícil do que falar de sexo, morte, religião e política. Justamente pelo fato de ser tabu, o dinheiro acaba virando um problema na vida de muitas pessoas.

    Se um casal não pode conversar sobre dinheiro, ele vira um problema cabeludo. Não falar sobre dinheiro não desfaz as preocupações financeiras. Apenas transforma o dinheiro em fonte de ansiedade e mantém o casal ignorante e em conflito.

    Nem sempre o casal silencia o tema por considerá-lo tabu. Muitas vezes falta ao casal a linguagem para descrever o que pensa, o conhecimento dos

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