Moonfaith: O Feitiço Temporal

De Alle Santana

Lia Campbell, Amélie Leblanc e Leanor Bennett são três amigas que vivem num reino mágico chamado Moonfaith no século XIX. No entanto, um feitiço desconhecido as transporta para o século XXI, em uma nova realidade completamente diferente. Ao chegarem lá, elas se deparam com uma vida que parecem conhecer, mas não conseguem se lembrar de como chegaram ali. Com suas memórias do passado em Moonfaith completamente apagadas, elas são preenchidas com falsas lembranças de uma vida moderna. Enquanto vivem normalmente nessa nova realidade, flashes de imagens e sentimentos desconhecidos começam a surgir em suas mentes, despertando uma profunda sensação de que algo está errado. Juntas, elas embarcam em uma jornada para descobrir suas verdadeiras identidades e desvendar os segredos por trás de suas novas vidas.

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 7 de jan. de 2024

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Alle Santana

Moonfaith:

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Copyright © 2024, Alle Santana – Todos os direitos reservados ao autor.

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Aos que perseguem sonhos mesmo quando a realidade parece distorcida, esta história é dedicada a vocês, que encontram magia onde outros veem apenas o comum.

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Capítulo 1

Ophelia Lia Campbell

8 de março de 1837

u, Amélie e Leanor estávamos fazendo um piquenique nas redondezas do Castelo para E comemorar meu aniversário de dezesseis anos.

Vivíamos em Moonfaith, um pequeno reino mágico muito tranquilo onde todos vivem em grande harmonia. Um lugar onde todos se conhecem e são amigos. Meu lar. Todos são apaixonados pela arte e entendem muito bem de astronomia e astrologia, influenciando muito em nossas vidas de um jeito maravilhoso. Eu simplesmente amava morar lá.

Eu e minhas amigas estávamos apenas sentadas, jogando conversa fora num campo de flores de cor rosa tão claras que parecem brancas. Flores que sempre ficam ali, não importa a época do ano, nunca morrem. Um dos meus lugares favoritos de todo o mundo.

Lá era muito calmo. Os únicos sons que conseguíamos ouvir eram os pássaros cantando e o vento batendo nas árvores. Não poderia escolher lugar melhor para passar meu aniversário.

Eu e Leanor somos melhores amigas desde que eu tinha seis anos e ela sete. Minha mãe havia adquirido uma doença 5

desconhecida que ninguém conseguia curar, então ela começou a fazer um tratamento com a feiticeira do Reino.

Houve uma vez que decidi ir com ela e lá estava Leonor, uma menina sorridente, apenas um ano mais velha que eu, e seus olhinhos brilharam assim que me viram.

Já Amélie, eu conheço desde os doze anos, quando meu pai foi para uma batalha e ficou desaparecido, então, como ele é um dos guerreiros mais experientes e leais ao Rei, me foi oferecido abrigo no Castelo até o encontrarem.

Eu não sabia como uma lutadora, uma princesa, e uma feiticeira conseguiram criar uma amizade tão forte assim, só sabia que eu não conseguia imaginar minha vida sem elas.

Porém, depois de alguns minutos, eu percebi que o que eu realmente não conseguiria imaginar era o que aconteceria logo depois.

O que era para ser apenas uma tarde comum, se tornou em um dos piores dias da minha vida.

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Capítulo 2

Kyori Stewart

10 de fevereiro de 2020

u estou em uma praia, não consigo identificar se estou sozinha ou há mais pessoas comigo. Tudo o E que sei é que estou correndo de uma enorme nuvem preta que está me perseguindo, e por algum motivo sei que ela é perigosa. Não há mais nenhum lugar para fugir, e a nuvem me alcança. Esta névoa negra está quase me cobrindo por inteiro, e de repente Call Me Maybe da Carly Rae Jepsen começa a tocar. Este é meu despertador avisando que já são seis da manhã. Sinceramente, esse sonho foi muito estranho.

Eu me arrumo para ir à escola pensando nele. Eu normalmente tenho sonhos incomuns, então esse seria apenas mais um, porém ele foi tão… real. Eu nunca tinha me sentido assim num sonho antes. Pareceu até lúcido.

Chegando na escola, eu dou de cara com uma menina de cabelo roxo extremamente comprido, preso no estilo maria chiquinha, olhos cor azul gelo e com várias sardas no rosto.

Ela usa óculos e está de delineado roxo, combinando com o cabelo.

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— Akemi! — grito e ela olha em minha direção, sorri, e vem correndo até mim.

— Kyori! Que saudades! — ela me abraça.

— Mas eu fui à sua casa semana passada.

— Uma semana inteira sem se ver é muito tempo — nós rimos. — Dá pra acreditar que nós finalmente estamos no ensino médio?

Esta é a Akemi, minha melhor amiga desde o oitavo ano.

Foi a primeira pessoa que fiz amizade após ter me mudado para essa cidade com a minha mãe.

Caminhamos até a sala que nos designaram e esperamos o sinal bater.

Enquanto organizo minha carteira com meus materiais novos e ouço Akemi falar sobre a nova série favorita dela, uma menina entra na sala e me chama bastante atenção. Ela é alguns centímetros mais alta que Akemi, que é mais alta que eu, com o cabelo azul esverdeado, ondulado e um pouco abaixo dos ombros. Seus olhos têm a cor Esmeralda, e ela tem um piercing no septo. Ela está sem o uniforme do colégio, e eu tenho que confessar que ela é muito bonita e estilosa.

Ela dá uma olhada em volta e vem em minha direção.

Assim que ela chega perto eu sinto uma sensação muito estranha, mas é um estranho bom. É como se a gente já se conhecesse antes, mas, ao mesmo tempo, não. Incrivelmente, foi a mesma sensação que senti quando conheci Akemi.

— Este lugar está ocupado? — ela pergunta apontando para a carteira que está atrás de mim.

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— Não está não, pode sentar. Qual é seu nome?

— Ayla — ela diz com um sorriso meio tímido, mas incrivelmente lindo.

— Eu sou Kyori e aquela é a Akemi — eu aponto o queixo para minha melhor amiga, que sorri de forma simpática e acena animada.

O professor chega antes de eu ter a chance de falar algo a mais, então eu apenas viro para frente e presto atenção na aula. Mas não antes de mandar um bilhetinho pra Akemi escrito socorro, ela é muito bonita .

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Capítulo 3

Akemi Hathaway

10 de fevereiro de 2020

assei a aula toda pensando na reação de Kyori ao ver a garota nova. Ela nem conversou com a menina e P claramente já ficou interessada nela. Ayla falou com ela uma única vez durante a aula só para pedir um apontado r emprestado, e a ruivinha já ficou da cor de seu cabelo.

Meu Deus. A Kyori é muito emocionada.

Quando chega a hora do recreio, para a alegria da minha melhor amiga, eu dei a ideia de convidar essa garota nova para passar o recreio conosco, já que ela até pareceu ser gente boa, mas ela saiu da sala rapidamente e nós não conseguimos ver para onde ela foi.

— Deixa pra lá, amanhã a gente fala com ela — Kyori fala com um ar levemente desapontado. — Talvez ela até seja amiga de alguma pessoa de outra sala e vá passar o recreio com ela.

— Hm, talvez — dou de ombros. — Enfim, vamos lá no nosso lugar.

Nosso lugar é onde nós lanchamos juntas desde quando nos conhecemos. Tem um parquinho meio destruído na parte 10

de trás da escola, e como ele nunca foi reformado ninguém vai lá.

Eu costumava lanchar lá sozinha, e quando a Kyori chegou, apresentei o local a ela. É um lugar bem silencioso, e por algum motivo eu adoro ficar lá. Os únicos barulhos que conseguimos escutar é o som dos pássaros cantando e do vento batendo nas árvores. É bem relaxante. Quando nós