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Meu Amigo É Especial E Eu Também, Oras Bolas!!!
Meu Amigo É Especial E Eu Também, Oras Bolas!!!
Meu Amigo É Especial E Eu Também, Oras Bolas!!!
E-book231 páginas2 horas

Meu Amigo É Especial E Eu Também, Oras Bolas!!!

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Sobre este e-book

Olá, tudo bem? Você sabe o que é inclusão? O que é aluno especial no MEU Primeiro Ano A? NÃO SABE! EU SEI QUE NÃO SABE! Quando a pessoa abre a boca para explicar é porque realmente não SABE NADA!!!!! Foi a MINHA PROFESSORA quem ensinou isto! E ensinou de uma maneira para ninguém, nunca mais na vida, esquecer! O primeiro dia de aula com a Professora... Foi com as carteiras em círculo e todos sentados debaixo delas. É, você ouviu direito!... Todos nós estávamos sentados debaixo das carteiras!... Ninguém tinha explicado para nós, o que exatamente, era essa tal de inclusão... Aluno especial... Mas a Professora explicou... Nunca vou esquecer aquelas palavras... __Fechem os olhos e coloquem a mão no coração... Sintam... Escutem... Meu nome é Júlio César Bulhões Figueiredo Neto. Nome enorme, né? Pois é, tenho o mesmo nome que meu avô Júlio César Bulhões Figueiredo. E o meu nome ainda tem Neto. Em casa era Julinho. Mas podem-me chamar de Leco. Meu apelido na escola. Agora todos me chamam de Leco. Sou o LECO. Sou o narrador desta história. Não, narrador, não. Só tenho seis anos. Sou o tagarelador desta história. Você não sabe o que é um tagarelador? Eu sei! Minha Professora ensinou. Minha Professora é a melhor do mundo. Minha professora sabe tudo! Ela ensinou tudo para os alunos. Eu sou o tagarelador dessa história. Uma história que vai encantar vocês, tenho certeza! Sou aluno do Primeiro Ano A. Na minha escola, na minha sala de aula, tudo acontecia sempre igual... Até aquele dia que a Dona Praga apareceu... Você está se perguntando, quem é a Dona Praga? Uma praga! Tenho vontade de mostrar a língua para ela... A Dona Praga informou a minha professora sobre um aluno novo. Falou numa tal de inclusão... De aluno especial... Sei que não entendi nada, nem meus amigos. Ai o ENZO PASSARINHO chegou... Era igual a todo mundo. Até o jeito de pentear o cabelo era igual a todos os outros meninos. A partir daquele dia tudo mudou, muito barulho, muita confusão, muita gente discutindo, brigando... Até que a professora ficou doente e pegou licença. A professora pegou uma doença da aula de Geografia: depressão. Passamos várias semanas infernais, uma substituta por dia, ninguém queria o Primeiro Ano A. Aconteceu de tudo... Até que a nova Professora chegou... Já disse como foi o começo da aula... QUE AULA!!! E neste dia teve dever de casa!!!!!! Tínhamos que chegar em casa e contar direitinho para os pais a explicação da aula. Fiz o meu dever no horário de almoço de minha mãe. Fiz a minha mãe sentar em uma cadeira e repeti a aula da Professora. Minha mãe colocou a mão no coração... Fechou os olhos... E escutou direitinho, as palavras da Professora, que eu fui repetindo... Quando terminei minha mãe abriu os olhos... Minha mãe estava chorando... Emocionada... Resultado: no outro dia TODOS os pais, dos alunos do Primeiro Ano A, entraram antes dos filhos na escola e foram direto para a nossa sala de aula. TODOS queriam conhecer a nova Professora. Acredita?!!? Na casa de meus amigos aconteceu igual, os pais deles também choraram muito ao ouvir a nossa aula! Agora é assim! Aqui todos cuidam de todos. E todos entendem a todos. Nós aprendemos, nós ouvimos com o coração. E o olhar do coração é o melhor do mundo. O Enzo é amigo de todos! Todos são amigos do Enzo! O Enzo Passarinho é meu melhor amigo! Vocês precisam conhecer o Enzo, ele é super legal. Foi ele quem me ensinou tabuada. Eu chorei, eu não entendia tabuada e o meu melhor amigo Enzo ensinou! Também precisam conhecer o Vô, nós brincamos muito e aprendemos muito. Vou te apresentar o Babão!!! Vou apresentar meus irmãos: Vinicius, Matheus, Pedro e Amanda. Tem também meus amigos de sala de aula... Você precisa aprender a dar abr
IdiomaPortuguês
Data de lançamento13 de mai. de 2024
Meu Amigo É Especial E Eu Também, Oras Bolas!!!

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    Meu Amigo É Especial E Eu Também, Oras Bolas!!! - Silvia D'lucca

    Meu amigo é

    ESPECIAL e eu

    também, ORAS

    BOLAS!

    Silvia D’Lucca

    2 Meu amigo é especial e eu também, oras bolas! _________________________________ Silvia D’Lucca Silvia D’Lucca é pseudônimo de Silvia Aparecida Zambello.

    Nasci em 11 de junho de 1971. Século passado!

    Sou muito tímida, muito quieta, muito fechada, poucos amigos.

    Em minha infância sempre gostei muito de ler. Li tudo que caiu em minhas mãos.

    Meu autor preferido: Marcos Rey. Também gosto de Monteiro Lobato, Ana Maia Machado, Pedro Bandeira e outros.

    Além de ler também brinquei muito. Aproveitei a infância. Nasci em uma época que não havia celular e computador, por isso passava meu dia todo brincando. Brinquei de boneca, bonequinho, casinha, carrinho de rolimã, subi em árvores, brinquei no galinheiro, soltei pipa. Aproveitei!!!

    Sempre com uma imaginação fantástica. Capaz de estar em todos os lugares, ver tudo, fazer tudo. Dar a volta ao mundo.

    Adoro sair da realidade, inventar personagens e histórias. Viver em um mundo paralelo onde a fronteira do próximo e do distante não existe. Também não existe a diferença entre realidade e sonho.

    Outra coisa que adoro: ser professora, principalmente do quinto ano. Trabalhei vinte cinco anos como professora. Agora aposentada voltei a me dedicar a escrita.

    Vou escrever para sempre. Sempre mesmo! Pretendo viver até os cento e trinta e oito anos. Tenho muito ainda para imaginar e escrever.

    Este livro vai virar um filme da Disney. Eu acredito!

    3 Meu amigo é especial e eu também, oras bolas! _________________________________ Silvia D’Lucca Meu nome é Júlio César Bulhões Figueiredo Neto. Nome enorme, né? Pois é, tenho o mesmo nome que meu avô Júlio César Bulhões Figueiredo. E o meu nome ainda tem Neto. Mas podem-me chamar de Leco. Meu apelido na escola. Agora todos me chamam de Leco. Antes era de Julinho.

    Quem colocou esse apelido foi meu melhor amigo Enzo Passarinho. Na escola, também, todos o conhecem por Enzo Passarinho. Somos amigos inseparáveis.

    Os melhores amigos do mundo!

    Mas, deixa começar essa história do começo. Quero contar como eu e o Enzo Passarinho nos tornamos os melhores amigos.

    Tudo começou no Primeiro ano A.

    Eu, Júlio César, estou cursando o primeiro ano na sala da professora Antonieta.

    Segundo a minha Mãe, uma ótima professora. Já deu aula para os meus quatro irmãos, na mesma escola.

    Minha sala de primeiro ano é toda comportada, toda arrumadinha. Toda dentro dos padrões. Eu e todos os meus colegas estamos com seis anos. Somos trinta alunos na sala.

    Todos os dias a minha Mãe, Bruna, me leva para a escola, junto com meus quatro irmãos: o Vinicius com catorze anos; o Pedro com onze anos; Amanda tem dez anos; o Matheus tem oito anos.

    Assim que os portões abrem vamos para as nossas salas de aula.

    Na minha sala não tem graça, todos os dias é sempre a mesma coisa. Eu e todos os meus amigos chegamos até a porta e a professora Antonieta, já está sentada em sua mesa, nos aguardando. Todos têm que parar na porta e pedir:

    Licença, professora! para depois entrar na sala.

    A professora nos olha como se dissesse sim e podemos entrar.

    Ninguém entra sem a professora olhar primeiro, senão leva uma baita bronca.

    Cada aluno senta em seu lugar e fica em absoluto silêncio. A professora observa todos e a aula inicia. Primeiro vem à chamada para ver quem está presente e quem faltou. Depois a professora começa as lições.

    4 Meu amigo é especial e eu também, oras bolas! _________________________________ Silvia D’Lucca Tudo sempre igual!

    Tudo sempre igual!

    Tudo sempre igual!

    Tudo sempre igual!

    Tudo sempre igual!

    Todos os dias nós ficamos em silêncio e prestamos atenção na professora. Tudo em absoluto silêncio... Impossível até de ouvir o barulho da respiração...

    Era tudo sempre igual, era tudo sempre assim, até aquele dia...

    Estávamos todos fazendo a lição do livro de matemática. A professora estava sentada em sua mesa, quando a diretora, Dona Praga, entrou.

    Nem lembro mais o nome da diretora. Eu sei que ela não tem esse nome. Mas é que de tanto todos falarem Dona Praga, que assim ficou sendo. É assim que todas as professoras da escola chamam a diretora. Dizem que ela é bem chata.

    Quando a diretora entrou na sala foi direto falar com a professora.

    Eu e meus colegas ficamos observando e ouvindo toda a conversa. Disfarçamos, fingimos que estávamos concentrados na lição, mas na verdade, estávamos todos interessados na conversa.

    __Novo aluno, Antonieta. _avisa Dona Praga.

    __Nessa altura, primeiro ano. _fala a professora Antonieta pegando a ficha do aluno.

    __Aluno especial. Vem de colégio particular. _avisa Dona Praga.

    __O quê? _pergunta a professora como se não tivesse ouvido direito.

    __Está tudo na ficha. _fala a Dona Praga.

    5 Meu amigo é especial e eu também, oras bolas! _________________________________ Silvia D’Lucca __Autista! _fala a professora.

    A diretora balança a cabeça afirmativamente e deixa a sala.

    Aquelas palavras ficaram em minha cabeça. Observei de canto de olho, a professora lendo aquele papel que a diretora lhe entregou. Minha professora estava com cara de poucos amigos, muito brava.

    No intervalo continuava curioso.

    __O que é aluno especial? _perguntei ao Arthur.

    __Algo... Não sei... _respondeu o Arthur.

    __Não sei... _falei pensativo.

    __Quer um pedaço de bolo? _pergunta Arthur mudando de assunto.

    __Não, vou comer minha bolacha. _falei ainda pensativo.

    __Vamos brincar de pega-pega. _continua Arthur.

    __Pode ser. _falei já pensando na brincadeira.

    Outro dia, hora da entrada, estava ansioso para deixar o carro. Queria logo conhecer o tal autista.

    Na verdade, não tinha nem dormido direito à noite, parecia até que era o primeiro dia de aula. Queria logo entrar na escola e conversar com meus amigos.

    O portão abriu. Eu e meus irmãos entramos na escola. A mamãe foi para o trabalho.

    6 Meu amigo é especial e eu também, oras bolas! _________________________________ Silvia D’Lucca Não fui direto para a sala de aula como sempre fazia. Fiquei perto do portão. Logo o João e o Arthur também chegaram e foram para lá. Estávamos esperando o helicóptero chegar. Queria conhecer o meu amigo especial. Vinha de escola particular... Só poderia ser mesmo em um helicóptero.

    Na tarde anterior, eu, o João e o Arthur trocamos várias mensagens e a conclusão era óbvia o novo aluno era milionário, vinha de helicóptero para a escola.

    Os alunos foram entrando, foram chegando mais colegas e nós lá esperando...

    Até que o Inspetor mandou todos para a sala de aula e trancou o portão.

    __Espera só mais um pouquinho... _falou o João.

    __Andando. A aula já está começando. _avisa o Inspetor.

    Foi nisto que chegou um carro, uma mulher desceu com um menino e entrou.

    Era o aluno especial.

    Que chato! Tudo normal. Cabelo penteado, uniforme da escola, mochila. Não tinha nada de diferente.

    Olhei para meus dois amigos...

    A aula estava começando e desta vez algo diferente aconteceu. A nossa professora, dona Antonieta, avisou que, a partir daquele dia, haveria uma auxiliar de professora na sala, a Beatriz.

    A professora estava apresentando a Beatriz, quando a Dona Praga apareceu na porta de nossa sala, com o aluno novo e sua mãe. Ficamos todos olhando em absoluto silêncio. A professora foi até a porta da sala, o aluno novo entrou, sentou em uma carteira no fundo. A Beatriz sentou ao seu lado.

    Tudo voltou ao normal. A aula começou. Absoluto silêncio. De vez ou outra, alguém olhava para trás para ver o aluno novo e a Beatriz. Ela ficava o tempo todo falando baixinho com ele.

    De repente o Enzo, o aluno novo, olhou para mim, eu olhei para ele e não disse nada.

    Mas ele disse bem alto:

    7 Meu amigo é especial e eu também, oras bolas! _________________________________ Silvia D’Lucca

    Oi!

    Toda a sala olhou. Olhou para o Enzo e depois olhou para mim.

    Eu não disse nada, olhei para o caderno disfarçando.

    __Silêncio! Prestem atenção na lição. _visa a professora.

    Fingi que estava olhando o caderno e dei uma espiadinha na professora, ela parecia muito séria. Não gostava nada de barulho.

    Fim de aula, guardamos os materiais, tinha um tempinho ainda, como todos os dias, cantávamos antes de irmos embora. Minha música predileta era a Dona Aranha.

    A música não era tão especial assim, mas o final era demais. Na hora da "chuva

    forte a derrubou" todos levantamos as mãos e batemos forte na carteira. Era muito bom aquilo... Único momento que dava para ouvir um barulhinho na aula.

    Mas na hora do bummmmmm! Enzo não parou mais.

    bummmmmm!

    bummmmmm!

    bummmmmm!

    bummmmmm!

    bummmmmm!

    bummmmmm!

    8 Meu amigo é especial e eu também, oras bolas! _________________________________ Silvia D’Lucca

    bummmmmm!

    bummmmmm!

    bummmmmm!

    bummmmmm!

    bummmmmm!

    bummmmmm!

    bummmmmm!

    bummmmmm!

    bummmmmm!

    bummmmmm!

    bummmmmm!

    bummmmmm!

    bummmmmm!

    bummmmmm!

    A nossa Dona Aranha só caía uma vez, mas a Dona Aranha do Enzo não parava mais de cair. Ele ficou repetindo muitas vezes "e a derrubou" e batia, com as mãos, forte na carteira, "e a derrubou" e batia, com as mãos, forte na carteira...

    Foi muito legal. Para falar a verdade, eu gostei muito daquilo e meus amigos também gostaram muito, que eu sei.

    Outra vez a professora ficou séria. A Beatriz ficou pedindo para ele parar e ele não parou. A gente ficou olhando, foi quando tocou o sinal e deixamos a sala.

    9 Meu amigo é especial e eu também, oras bolas! _________________________________ Silvia D’Lucca O Enzo saiu correndo, chegou bem perto de mim e falou: __Tchau amigo. Até amanhã! _fala Enzo.

    A Beatriz foi para o lado dele, pegou–o pelo braço e levou até a saída. Eu fiquei olhando sem entender direito.

    E as coisas continuavam acontecendo...

    Muita confusão!

    Em alguns momentos, o Enzo ficava quietinho em sua carteira fazendo as lições. A Beatriz ficava ajudando. Todos notamos que ele não sabia ler direito, estava conhecendo as letras do alfabeto. Enquanto nós, no primeiro ano, praticamente, já tínhamos vindo lendo da Educação Infantil.

    Mas em matemática, o Enzo era bom, dava para notar. O cálculo mental dele era muito rápido. Até eu ficava perdido no começo, mas depois acompanhava seu pensamento.

    A professora colocava as operações na lousa, mal terminava e ele já estava falando os resultados. Tinha muita gente da turma que copiava tudo, a professora ficava brava.

    __Enzo, você não pode ficar falando. Anote os resultados

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