Alfabetização científica na prática: Inovando a forma de ensinar física
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Alfabetização científica na prática - Lúcia Helena Sasseron
Índice
1. Alfabetização Científica
2. Uma nova metodologia de ensino e os desafios a serem transpostos
3. Propondo a argumentação e a Alfabetização Científica
4. Como transformar uma atividade tradicional em investigativa
Referências
ALFABETIZAÇÃO CIENTÍFICA NA PRÁTICA
Inovando a Forma de EnsinarFísica
Lúcia
Helena
Sasseron
Vitor
Fabrício
Machado
Maurício Pietrocola(coordenador)
ALFABETIZAÇÃO CIENTÍFICA NAPRÁTICA
Inovando a Forma de Ensinar Física
1a. edição
Editora Livraria da Física
São Paulo – 2023
Copyright Qc 2017 Editora Livraria da Física 1a. edição
Editor: JOSÉ ROBERTO MARINHO
Projeto gráfico: EDI CARLOS PEREIRADE SOUSA
Diagramação: Andressa Andrade
Capa: EDI CARLOS PEREIRA DE SOUSA
Agradecimentos: Elcio de Souza Lopes, Cynthia Sanches de Oliveira e Anna Maria Pessoa de Carvalho.
Texto em conformidade com as novas regras ortográficas do Acordo da Língua Portuguesa.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Sasseron, Lúcia Helena.
Alfabetização científica na prática : inovando a forma de ensinar física / Lúcia Helena Sasseron, Vitor Fabrício Machado ; Maurício Pietrocola (coordenador).
–1. ed. – São Paulo : Editora Livraria da Física, 2017. – (Coleção professor inovador)
Bibliografia.
ISBN: 978-65-5563-370-2
1. Ciências – Estudo e ensino 2. Física – Estudo e ensino 3. Prática deensino
4. Professores de física – Formação profissional 5. Sala de aula – Direção I. Machado, Vitor Fabrício. II. Pietrocola, Maurício. III. Título. IV. Série.
17-05802 CDD-530.7
Índices para catálogo sistemático:
1. Física : Estudoe ensino 530.7
ISBN: 978-85-7861-492-8
Todos os direitos reservados.Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida sejam quais forem os meios empregados sem a permissão da Editora. Aos infratores aplicam-se as sanções previstas nos artigos 102, 104, 106 e 107 da Lei n. 9.610, de 19 de fevereiro de 1998.
Impresso no Brasil – Printed in Brazil
Logotipo Descrição gerada automaticamenteEditora Livraria da Física
Tel./Fax: +55 11 3459-4327 / 3936-3413
www.livrariadafísica.com.br
1. Alfabetização Científica
Vamos falar neste livro da inovação na prática de sala de aula: modificar, alterar, fazer diferente a partir do habitual — por isso é que muitos dos conteúdos físicos apresentados já são velhos conhecidos
; mudar as ações e as atitudes no trabalho com os alunos. Dessa forma, focaremos alterações no modo como as práticas são realizadas em sala de aula.
Quando pretendemos fazer algo novo, inovar em nossa vida, devemos sempre considerar as variáveis de nossas futuras ações. Começo minhas caminhadas amanhã pela manhã!
, diz o entusiasta que pretende iniciar uma prática saudável. E, de fato, no dia seguinte, acorda mais cedo, veste uma roupa confortável e um calçado de caminhada, abre a porta para sair de casa e depara com... a chuva.
Preocupado com a vestimenta que iria usar para a prática esportiva, ele acabou se esquecendo de verificar a previsão meteorológica. O que poderia ser apenas um detalhe, alterou todo o seu plano e modificou sua ação final: a caminhada foi, literalmente, por água abaixo.
O professor inovador não deve ter medo de errar, mas precisa estar atento para todas as condições de seu entorno a fim de se preparar para adversidades eventuais e reais. Em suma, deve considerar e valorizar o erro, aprendendo e ensinando com ele. Escutar os alunos, testar as atividades antes das aulas e estar preparado para surpresas são ações que precisam fazer parte da prática do professor inovador.
1.1 Ensino de Física nos dias de hoje: paradigmas e mudanças
EM TEMPOS DE EXPANSÃO de centros de pesquisa, de amplo desenvolvimento de tecnologias, de fácil acesso a informações, o que ensinar aos alunos em aulas de disciplinas científicas?
Uma resposta fácil é ensinar-lhes conceitos e ideias.
Ótimo! De fato, uma das funções da escola é apresentar aos alunos saberes acadêmicos — o que, provavelmente, muitos alunos não terão oportunidade de conhecer em outras ocasiões.
Mas será só isso?
Há alguns anos era possível conceber que essa era a principal função da escola. O acesso a informações era menos facilitado do que hoje, e a escola era considerada o lugar privilegiado para adquirir cultura, a chamada cultura erudita:um ideal que se pleiteava então.
Presenciamos, hoje, que diferentes culturas convivem no mesmo espaço na escola. E entre as diferentes disciplinas pode-se afirmar que cada uma apresenta uma cultura própria.
O que se ensina na escola precisa, pois, ser repensado. Não só ensinar conceitos e noções científicas que fazem parte do rol de temas abordados em aulas de Ciências, mas também ensinar sobre Ciências, que se torna tarefa do professor.Descortina-se assim uma extensa gama de possibilidades: ensinar sobre Ciências demanda um trabalho com aspectos históricos e filosóficos das Ciências e também com práticas científicas. Chegamos assim à proposição de que ensinar Ciências deve ser uma atividade que permita aos alunos fazerem uso das ideias científicas em outros contextos.
O que queremos dizer com isso?
Abordar as disciplinas científicas em sala de aula deve ser uma atividade conectada com a realidade dos alunos. Nesse sentido, teorias e leis científicas precisam ser trabalhadas, pois são elas que explicam, à moda dos cientistas, os fenômenos naturais que nos cercam.Ao mesmo tempo, é necessário considerar a relação entre o que é proposto teoricamente e os fenômenos. Se como professores de disciplinas científicas essa relação é clara em nossa mente, aos alunos, cujos primeiros contatos com as proposições científicas, muitas vezes, são travados no espaço escolar, essas relações podem não ser tão evidentes.
Construir pontes entre a Ciência que se apresenta aos alunos e o mundo em que eles vivem é um dos propósitos da escola nos dias de hoje. Nós, professores de Ciências, devemos construir essas pontes de forma a levar cada aluno a ver o mundo também sob a ótica científica. Devemos aprimorar a ligação Ciência-mundo com o conhecimento que temos dos alunos e adaptar essa ponte às novas situações sempre que se fizer necessário.
A Ciência é uma forma de conhecer e entender o mundo em que vivemos. Assim como a literatura, a música e as artes plásticas, ela possui uma visão de mundo própria da comunidade que a constitui.Assim como as obras de literatura, música e artes plásticas emocionam as pessoas, os conhecimentos científicos também são capazes de extasiar tanto aqueles que os constroem como aqueles que passam a entendê-los.Ambas as formas de conhecer e/ou de se expressar sobre o mundo são importantes.Uma não é melhor nem pior do que outra:são diferentes entre si, mas, ainda assim, são formas de cultura.
Em linhas gerais, podemos dizer que a Ciência é um modo de ver e compreender os fenômenos naturais; que a lógica e a objetividade costumam ser as bases que fundamentam sua construção; e que as proposições científicas, bem como os processos para chegar a elas, estão embrenhadas de características sócio-históricas e culturais. Essas ideias evidenciam que, como qualquer outra forma de buscar dar sentido ao mundo, a Ciência é construída por pessoas, ao longo dos tempos. Entretanto, tem uma forma própria de estruturar os conhecimentos que postula sobre o mundo e é composta de características que a tornam uma maneira particular de compreender os fenômenos naturais.
Ao considerar esses importantes apontamentos, acreditamos que trabalhar Ciências em sala de aula deve privilegiar não apenas os produtos trazidos pela comunidade científica, mas também o processo pelo qual se chega a tais produtos e o entorno dessa produção. Isso significa dar ênfase às práticas científicas e aos seus aspectos sociais e culturais. Construir conhecimento sobre conceitos científicos é também construir conhecimento sobre como a própria Ciência se organiza e de que modo ela impacta nossa vida.
Esta abordagem metodológica contrasta com as práticas usuais de sala de aula, nas quais as Ciências são trabalhadas de forma mecânica, pautada na transmissão de informações, a partir da apresentação de fórmulas, descrições, enunciados e leis.Sob essa perspectiva, o ensino das Ciências fica muitas vezes restrito à operacionalização de fórmulas e exercícios. Em decorrência disso, não há promoção de oportunidades para vivências e discussões de processos de construção do conhecimento científico, nem tampouco ocasiões para que sejam debatidas
