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Conto 1 - As Sombras Do Futuro - Comph
CONTO 1 – AS SOMBRAS DO FUTURO
Capítulo 1 - O mundo de Luxor
No futuro distópico em que a civilização havia se fragmentado, Luxor erguia-se como um monumento sombrio ao poder e à opressão dos Ascendentes.
Localizada em uma planície árida e desolada, a cidade se estendia por quilômetros, suas muralhas imponentes delineando os limites entre a riqueza luxuosa dos privilegiados e a miséria sufocante dos comuns.
As torres dos Ascendentes, altas e imponentes, se erguiam majestosas sobre a paisagem, suas estruturas de vidro e aço brilhando sob a luz do sol opressivo. Nessas torres, os privilegiados desfrutavam de luxos inimagináveis, protegidos das agruras da vida nas ruas abaixo. Os Ascendentes, com seus poderes místicos e tecnologia avançada, governavam com punho de ferro, ditando a vida e a morte dos habitantes de Luxor com uma autoridade inquestionável.
Enquanto isso, nas entranhas da cidade, os Enclaves se espalhavam como uma cicatriz, um labirinto de vielas estreitas e becos sujos onde os comuns lutavam pela sobrevivência a cada dia. As ruas de Luxor eram um retrato sombrio da desigualdade e da desesperança, suas vielas estreitas e mal iluminadas ecoando com o clamor dos famintos e oprimidos.
Para os habitantes dos Enclaves, a vida era uma batalha constante contra a miséria e a opressão dos Ascendentes. As condições de vida eram precárias, com a escassez de alimentos e água tornando a sobrevivência uma luta diária. O medo dos soldados Ascendentes patrulhando as ruas era uma presença constante, seu poder absoluto reforçado pela tecnologia avançada e pelos poderes místicos que possuíam.
Luxor era uma cidade dividida, um lugar onde a esperança era um luxo que poucos podiam se dar ao luxo de ter. Para os comuns, a vida era uma luta desesperada pela sobrevivência, enquanto os Ascendentes viviam em seu palácio de vidro, olhando para baixo com indiferença cruel. Mas, mesmo nas sombras da opressão, havia aqueles que se recusavam a aceitar seu destino, aqueles que ousavam sonhar com uma vida melhor e que estavam dispostos a lutar por ela, não importando o custo.
Lira era uma jovem de vinte anos, cuja aparência refletia tanto a dureza do mundo em que vivia quanto a força interior que possuía. Seus cabelos eram longos e escuros como a noite, geralmente trançados ou amarrados de maneira prática para não atrapalhar durante seu trabalho no mercado. Os olhos de Lira eram de um verde intenso, uma cor rara em Luxor, que brilhava com uma determinação feroz. Havia uma profundidade neles que revelava a dor de suas perdas, mas também a esperança e a resiliência que a mantinham em pé.
Sua pele era pálida, quase translúcida, marcada por cicatrizes de pequenos acidentes e das duras condições de vida nos Enclaves de Luxor. Lira era esguia, com músculos tonificados pelo trabalho árduo, o que lhe dava uma aparência ágil e forte.
Suas mãos eram calejadas de tanto manusear mercadorias e ferramentas, mas também eram surpreendentemente delicadas, capazes de gestos gentis quando necessário.
Lira vestia roupas simples e funcionais, feitas de tecidos resistentes e práticos.
Geralmente usava calças escuras e uma camisa de linho, com um colete cheio de bolsos onde guardava suas ferramentas e pequenas mercadorias. Nos pés, botas robustas que a protegiam das sujeiras e perigos das ruas de Luxor.
Mas era o espírito de Lira que mais se destacava. Desde jovem, ela aprendera a ser independente, cuidando de si mesma após a perda de seus pais. Essa independência lhe conferia uma confiança que muitos ao seu redor admiravam.
Apesar das dificuldades, ela nunca perdera a capacidade de sonhar com um futuro melhor, algo que a mantinha movendo-se para frente, dia após dia.
Lira era conhecida por sua compaixão e solidariedade. No mercado, ela sempre encontrava tempo para ajudar aqueles que estavam em maior necessidade, seja compartilhando um pedaço de pão ou ouvindo as preocupações de um vizinho. Ela era uma amiga leal, especialmente para Kael e Mara, e sua presença trazia uma sensação de conforto e segurança para aqueles ao seu redor.
Kael era um homem de meia-idade, cujo rosto era marcado pelas adversidades da vida nas ruas de Luxor. Seus cabelos escuros estavam salpicados de fios prateados, testemunhas silenciosas dos anos de trabalho árduo como ferreiro. Seu olhar era penetrante, refletindo uma mistura de determinação e resignação diante das injustiças do mundo. Apesar de sua aparência austera, Kael possuía um coração generoso e uma habilidade impressionante com a forja, capaz de criar armas e ferramentas que eram tão respeitadas quanto ele.
Mara, por outro lado, era uma mulher jovem e vibrante, cujos olhos castanhos irradiavam bondade e compaixão. Seus cabelos longos e escuros eram sempre amarrados em um simples rabo de cavalo, enquanto seu sorriso caloroso iluminava até os dias mais sombrios em Luxor. Como curandeira, Mara dedicava sua vida a cuidar dos enfermos e feridos, utilizando ervas e conhecimentos ancestrais para aliviar o sofrimento daqueles que não podiam pagar pelos serviços dos Ascendentes.
Sua presença era uma fonte de esperança e conforto para os habitantes dos Enclaves, que a viam como uma luz em meio às trevas da opressão.
Numa tarde movimentada no mercado de Luxor, enquanto Lira atendia seus clientes com um sorriso cansado, uma sensação de inquietação pairava no ar. O
aroma misto de especiarias exóticas e carnes grelhadas pairava no ar, mesclando-se com o cheiro de suor e poeira que impregnava as vielas estreitas. O zumbido constante de vozes, misturado com o tilintar de moedas trocadas, criava uma cacofonia ensurdecedora que preenchia os ouvidos de Lira.
No centro da praça, presos em colunas de ferro, estavam os rebeldes. Suas figuras desgastadas pelo tempo e pela luta permaneciam erguidas com uma dignidade sombria, apesar das correntes que os mantinham imóveis. Ao redor deles, a praça se estendia em uma vasta extensão de pedra gasta pelo tempo, pontuada por bancos de madeira
