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O Golpe das Dez Moedas de Prata
O Golpe das Dez Moedas de Prata
O Golpe das Dez Moedas de Prata
E-book169 páginas1 hora

O Golpe das Dez Moedas de Prata

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Sobre este e-book

Nemesis observa a cidade em que vive. Ele vê criminosos comuns atacando pessoas inocentes e não consegue deixar de sentir nojo. Ele sente que, se pessoas devem ser roubadas, que sejam as pessoas certas: as pessoas que não vão passar fome quando forem roubadas, porque possuem muito mais, e até sobra.
Ele percebe que ele mesmo poderia fazer algo a respeito disso e decide juntar e organizar uma equipe para executar serviços para ele, serviços que vão lhe arrumar mais dinheiro, que vão garantir que ele tenha a influência para roubar das pessoas certas. Ele decide formar a "Vendetta".
Um médico, um policial, um pai e um veterano são os primeiros membros da Vendetta. Será que eles, que mal se conhecem, conseguirão trabalhar juntos para ajudar Nemesis a alcançar os seus objetivos?
IdiomaPortuguês
EditoraViseu
Data de lançamento23 de dez. de 2024
ISBN9786528001262
O Golpe das Dez Moedas de Prata

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    O Golpe das Dez Moedas de Prata - J. P. Lemos Neto

    A Joalheria

    Os quatro membros da equipe estão na parte de trás de uma van. Eles mal conseguiram ver quem era o motorista. Foram instruídos a entrar sem questionar.

    Bones olha para a arma que lhe foi fornecida para o serviço, um fuzil FN FAL, que parece algo muito antigo, comparado, por exemplo, ao AR-15 de Bullet, à H&K UMP de Priest, ou à P90 de Wire.

    Isso é alguma discriminação contra médicos?, ele se pergunta. Mas eu não vou negar que esse é o tipo de arma com o qual eu me dava melhor no estande de tiro.

    — Atenção, me escutem um pouco. — A voz de Nemesis interrompe os seus pensamentos. — Vocês já sabem como é o serviço. Já tiramos as suas dúvidas. Mas eu sinto que devo expressar, mais uma vez, que ninguém deve morrer. Nem vocês, nem os civis. Os únicos que vocês podem matar, se necessário, são os seguranças.

    Bones pensa no que está prestes a acontecer. Ele e os colegas, com as suas armas e coletes à prova de balas por cima dos ternos, devem roubar uma joalheria, que não tem câmeras, mas conta com seguranças. Ele sente as mãos querendo tremer, já que foi escolhido para ser o líder da equipe, mas se mantém calmo.

    — Vocês já fizeram algo assim? — pergunta Priest.

    — Assim como? Assaltar um lugar? — pergunta Wire.

    — Sim. Já fizeram?

    Todos negam com a cabeça.

    — Nemesis não chamaria alguém com a experiência que você espera para a equipe — Bullet começa a explicar. — Ladrões genéricos roubam um posto de gasolina e se acham os reis do mundo. Nemesis precisa de pessoas que vão escutá-lo e que saibam ver além do que está à sua frente. É o que eu acho.

    — E por que você acha tudo isso? — Priest pergunta.

    — Porque eu e Nemesis somos velhos conhecidos. Por isso, estou aqui. Mas não se preocupem. Eu sei tanto sobre vocês quanto vocês sabem sobre mim. Nemesis separa amigos dos negócios, e isso que estamos fazendo são negócios.

    Depois, ninguém diz muito. Porém Bones começa a se questionar se Bullet é o supervisor do serviço.

    Todos ouvem o carro freando e sentem o solavanco.

    — Vocês chegaram. Zarpem e façam o trampo. Vou esperar por vocês na área — instrui o motorista.

    Bones respira fundo e coloca a máscara.

    — Vamos nessa — ele diz. Ele pega a sua arma, abre a porta do carro e desce. Os outros, já com as suas máscaras, vão logo atrás dele. Eles escutam o carro acelerando e começam a andar. Bones tenta imaginar alguma música que os faça parecerem personagens de um filme de ação, e não assaltantes. Quando ele percebe, já está dentro do lugar, e as pessoas encaram a sua máscara. — Senhoras e senhores… — ele começa, apontando a arma. — Isso é um assalto. Por favor, mantenham a calma e se deitem no chão.

    — Deitem-se no chão e não se atrevam a pegar os seus celulares se quiserem viver. Se alguém não quiser, o problema é seu. Não estamos aqui para satisfazer o seu desejo suicida — Priest ordena, se aproximando com a submetralhadora levantada, mas com o dedo fora do gatilho.

    — Tenho certeza de que vocês querem voltar para casa hoje, então cooperem com a gente — Wire pede.

    Quando terminam de falar, um guarda de segurança que estava nos fundos da loja corre para a frente segurando uma pistola.

    — Melhor desistir de ser um herói, amigo. Somos quatro e não queremos matar ninguém — Bullet diz, apontando o rifle para o homem.

    O segurança xinga, mas guarda a arma.

    — Wire, vá aos fundos da loja e garanta que não tem ninguém chamando a polícia — Bones instrui.

    Enquanto Wire vai até lá, Bullet e Priest começam a amarrar as mãos das pessoas, e Bones fica de olho. Em pouco tempo, Wire está de volta, puxando uma mulher com uma braçadeira nos pulsos.

    — Foi por pouco — diz ele.

    — Coloque-a com os outros — Bones manda. Depois que todos estão amarrados e rendidos, eles pegam as bolsas vazias da van e começam a enchê-las de joias. Então, Bones pega um dos anéis e o levanta, observando-o. A cor avermelhada da pedra o fascina, por algum motivo, mas ele logo volta à realidade e continua a esvaziar o lugar. — O que eu devo fazer agora? — ele se pergunta em voz alta.

    Wire e Priest já carregaram o carro com as quatro bolsas cheias. Agora, esperam na van.

    — Quer que eu resolva? — Bullet, que estava ao lado de Bones, pergunta. Bones confirma com a cabeça, hesitante. Bullet se ajoelha perto de um dos reféns e o levanta, se levantando junto. Ele estala o dedo na frente do rosto do refém. — Ei, olhe nos meus olhos. — O homem olha para ele. Bullet tira um canivete do bolso e corta a braçadeira que prendia o homem. Em seguida, ele segura o homem pelo lado da sua cabeça e aproxima o canivete do seu olho. — Quando a gente sair daqui, você vai usar esse canivete para soltar os outros. Se você tentar outra coisa, como me apunhalar, você vai se arrepender o suficiente para pensar cinco vezes antes de fazer algo assim de novo. Entendeu? — O homem concorda, com evidente medo nos olhos. Bullet assente várias vezes, se afastando. — Vamos — ele diz para Bones, dando um tapinha no seu ombro.

    Logo, todos estão na van, saindo da área. Novamente, Nemesis os contata através dos comunicadores.

    — Bom trabalho. Todos vocês. Fico feliz que notou que poderia haver gente nos fundos, Bones. Eu tenho um contato ansioso para comprar essas joias. Quando o dinheiro vier, vocês receberão a sua parte. Por enquanto, descansem e continuem longe de encrencas.

    Em alguns minutos, a van para na frente de um terreno baldio.

    — É aqui que vocês descem — diz o motorista. — Deixem as máscaras e o equipamento aí.

    Bones, assim como os outros, tira o colete e as luvas e os deixa na van, junto às suas armas. A van não perde tempo para acelerar e deixar os quatro ali. Bullet puxa um cigarro de dentro do terno e o coloca na boca. Em seguida, puxa um isqueiro do mesmo lugar e o acende. Ele dá uma tragada e solta uma curta risada.

    — Foi melhor do que eu esperava — comenta.

    — Eu que o diga. Achei que as pessoas iam ignorar a gente e ligar para a polícia na hora — acrescenta Wire.

    — Eu jurei que tu ia atirar no segurança quando ele apareceu todo nervoso — Priest comenta com Bullet.

    — Eu fico feliz que nós estamos bem e que ninguém precisou morrer… — Bones diz, coçando a nuca.

    — Uma pena que nem sempre vai ser assim — Bullet comenta, olhando para o chão. — Acho melhor vocês deixarem os sentimentos em casa nos dias de serviço. Só uma dica mesmo.

    Então, os quatro seguem direções diferentes, pensando se os lucros farão tudo valer a pena.

    2

    Documentação

    Wire passa a mão pela barba enquanto vê Nemesis trazendo um quadro negro com rodas para perto do resto da equipe.

    — Certo — Nemesis começa. — O dinheiro das joias logo estará com vocês. O cliente ficou muito satisfeito com o resultado. O que temos agora é totalmente diferente. — Ele cola uma planta no quadro com fita. — Isso é a planta da delegacia de polícia da cidade. Vocês se infiltrarão lá para recuperar uns documentos...

    — Espere — pede Priest. — No último serviço, a gente rezou para ninguém chamar a polícia e, agora, a gente vai invadir uma delegacia?

    Wire leva a mão ao queixo. Ele reconhece a delegacia. É onde costumava trabalhar.

    — Sim. É um favor para um dos meus contatos, mas vocês ainda serão pagos. Não acho que tenham motivos para reclamar — Nemesis responde.

    — Nenhum — diz Bullet.

    — Desde que a gente não acabe preso… — Bones comenta.

    — Isso vai depender do seu desempenho — Nemesis explica. — Já que é você quem está liderando a Vendetta.

    Ele começa a apontar para um beco na planta, explicando que é por ali que a equipe vai entrar. Ele diz que um infiltrado abrirá a porta para eles. Depois de finalizar a explicação, ele os dispensa. Apenas Wire fica para trás.

    — Nemesis… — ele começa.

    — Eu prometi que você se vingaria deles — Nemesis o interrompe.

    — Sim, mas eu não esperava que fosse tão cedo.

    — Não há nada de cedo. Se o roubo da joalheria tivesse dado errado, você pensaria que eu estava demorando — Nemesis diz, arrastando uma cadeira. Ele se

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