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Cicatrizes do passado: A verdade sobre o Vampiro de São Luís
Cicatrizes do passado: A verdade sobre o Vampiro de São Luís
Cicatrizes do passado: A verdade sobre o Vampiro de São Luís
E-book177 páginas1 hora

Cicatrizes do passado: A verdade sobre o Vampiro de São Luís

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Sobre este e-book

Uma cidade é abalada por uma série de crimes brutais, incluindo violência sexual e assassinatos em série de mulheres, cuja única característica em comum é a beleza. A polícia precisa agir rapidamente para evitar que mais vidas sejam ceifadas. Neste cenário de terror, a capacidade técnica e emocional dos investigadores é colocada à prova enquanto tentam descobrir o autor desses crimes bárbaros.
O Delegado de Polícia Civil Carlos Augusto e sua equipe são chamados para desvendar esse caso repleto de mistérios e reviravoltas, em colaboração com a Delegacia da Mulher de São Luís, liderada pela competente Delegada Ana Júlia. Essa parceria, embora perfeita em termos de competência, enfrenta desafios quando sentimentos pessoais e o comprometimento profissional se entrelaçam, aumentando o perigo e colocando vidas em risco.
Quem será o autor desses crimes cruéis? A polícia conseguirá desvendar o caso a tempo de evitar novas vítimas? Será que esses crimes são obra de um único indivíduo? Estará um psicopata à solta na cidade? Essas perguntas só serão respondidas com o desenrolar da investigação e a ação policial.
Descubra em Cicatrizes do Passado: A Verdade Sobre o Vampiro de São Luís, como o passado pode influenciar o presente e o futuro das pessoas. Em meio ao caos da violência, será possível encontrar um fio de esperança na vida, através do amor que pode surgir mesmo em tempos de dor e crueldade.
IdiomaPortuguês
EditoraViseu
Data de lançamento3 de jan. de 2025
ISBN9786528006878
Cicatrizes do passado: A verdade sobre o Vampiro de São Luís

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    Pré-visualização do livro

    Cicatrizes do passado - Marcos Affonso Jr.

    Introdução

    O livro Cicatrizes do Passado: a Verdade Sobre o Vampiro de São Luís é uma história fictícia, porém bem que poderia ser uma história real. Em 2010, fui Superintendente Estadual de Investigações Criminais da SEIC (grupo conhecido como DEIC em outros estados) em São Luís do Maranhão e, em um determinado dia, um amigo promotor de justiça entrou em contato e disse que duas de suas alunas haviam sido estupradas por um homem, sendo abordadas ao chegarem em casa juntas. Elas moravam próximas uma da outra, e o criminoso as levou para um local distante e as violentou. Foram dois meses de investigação, e descobrimos mais seis vítimas e que uma das características do homem era observar as mulheres que saíam de salões de beleza para, em seguida, abordá-las e violentá-las.

    Com muito trabalho e dedicação, conseguimos prendê-lo e, consequentemente, evitamos mais vítimas. Podemos dizer que todo crime é uma violação da lei e da ordem e precisa ser evitado, porém existem modalidades de crimes que chegam ao absurdo do limite humano. Quando prendemos esse criminoso, descobrimos que ele era casado, e sua esposa estava grávida de uma menina, ou seja, ele era uma pessoa que se passava por trabalhador e honesto, cometendo barbáries com mulheres, e nem lhe passava pela cabeça que sentimento teria se acontecesse a mesma situação com sua família. Afinal, os resultados desastrosos afetam não somente a vítima, mas também envolvem toda a família.

    A nossa história é um conto policial que vai sendo desvendado com muita emoção e de forma bem cristalina, sem exageros irreais e fantasiosos. São verdadeiras investigações palpáveis e realizáveis pela polícia em seu dia a dia. Como delegado da Polícia Civil, sempre vivi esses momentos angustiantes, tenebrosos e, ao mesmo tempo, emocionantes. Lembro-me de um amigo investigador que dizia: Não precisamos de esportes radicais para termos emoção na vida, nossa profissão diariamente nos gera essas emoções. E isso é pura verdade, para aquele que realmente quer ser policial e muitas vezes põe sua vida, saúde e a própria família em segundo plano, para solucionar casos que estão trazendo dor e infelicidade para outras famílias. Essa emoção acontece mesmo que, após resolvido o caso, ninguém retorne para agradecer, com um simples obrigado.

    O verdadeiro policial não trabalha por reconhecimento e, muitas vezes, sabe que a sociedade vai virar as costas quando precisar, vai esquecer todos os ótimos trabalhos que fez, e somente sua família e Deus serão seu único refúgio. Ele pode vir a sofrer problemas psicológicos por viver em um mundo constantemente violento, em um mundo que muitas pessoas só conhecem por meio de filmes e jornais, verdadeiras películas de terror, no entanto, para o policial, essa realidade é real e palpável. Muitos não entendem que um homem da lei precisa ser coerente com seu juramento perante a sociedade, mas também tem sentimentos. Ao ver coisas absurdas acontecendo devido a leis frágeis e decisões judiciais equivocadas, sente que, muitas vezes, a justiça somente é cega para ele. As leis perdoam quem comete crimes por pequenos detalhes e brechas, porém a rigidez contra um erro policial compromete o sacrifício de anos de vida profissional.

    Mas esse é mais um episódio da vida policial, que abracei e amo até hoje. Confesso que, se tivesse que escolher agora uma profissão, seria a de delegado de polícia novamente. Afinal, poucas profissões dão o prazer de, após um longo trajeto de trabalho, esgotado física e mentalmente, uma criança olhar para você e dizer: Quero ser policial quando crescer, mesmo que mude de opinião durante a sua jornada de vida. Contudo, quando criança, o ser humano vê no verdadeiro policial um herói anônimo, sem capa e sem poderes especiais, porém, com seu distintivo e sua pistola, vai salvando vidas, muitas vezes em detrimento da sua própria, que somente será lembrada por seus familiares quando partir deste mundo.

    Dedico este livro a todos os policiais do Brasil e do mundo, que se esforçam para salvar vidas e o patrimônio de pessoas que nem conhecem, e têm a sociedade como uma grande família.

    Capítulo 1

    Pedido de amigo não se nega

    A Superintendência Estadual de Investigações Criminais (SEIC) no Maranhão era conhecida como a linha de frente no combate aos crimes de grande repercussão. Sob a liderança do jovem e destemido superintendente, Carlos Augusto, a SEIC estava sempre pronta para enfrentar os desafios e proteger a sociedade com dedicação e profissionalismo.

    Em um dia ensolarado, enquanto o delegado Carlos estava imerso em sua rotina, recebeu uma ligação inesperada do seu amigo de longa data, o promotor de justiça Cláudio, que fora seu colega de faculdade. Com entusiasmo, Carlos atendeu a ligação.

    — Bom dia, meu amigo! A que devo a honra de receber uma chamada desse ilustre promotor de justiça? — brincou Carlos, relembrando a entrevista recente sobre a condenação de um grande criminoso na cidade, em que Cláudio se tornara uma figura muito conhecida na mídia.

    Porém o tom sério na voz do promotor logo ensejou preocupações em Carlos.

    — Bom dia, meu amigo Carlos. Estou lidando com um caso grave e preciso da sua ajuda. Ontem à noite, duas alunas do sexto período de Direito da Faculdade Metropolitana de São Luís me procuraram. Elas passaram por uma situação terrível e pediram minha intervenção. E é aí que você entra.

    Intrigado, Carlos respondeu prontamente:

    — Claro, Cláudio! Conte-me o que aconteceu. Estou aqui para ajudar.

    O promotor explicou a situação com seriedade:

    — As duas alunas relataram terem sido estupradas há cerca de cinco dias. Elas registraram a ocorrência na Delegacia Especializada de Proteção à Mulher (DEM), mas estão preocupadas, pois sentem que as investigações não estão progredindo. É por isso que estou recorrendo a você e à sua equipe. Além disso, descobrimos que existem outras duas vítimas, o que nos preocupa ainda mais.

    Carlos sentiu um calafrio percorrer sua espinha. Ele compreendia a gravidade dos crimes de violência sexual e a importância de uma resposta eficiente, pois, nesses casos, existe todo um movimento de cobrança da sociedade.

    — Cláudio, farei tudo o que estiver ao meu alcance para ajudar. Vou entrar em contato com a delegada Ana Júlia, da DEM, e oferecer nossa colaboração. Todos nós estamos sobrecarregados, mas vamos nos desdobrar para investigar e prender esse criminoso. Assim que tiver informações, entrarei em contato com você. Pode contar comigo.

    O promotor agradeceu emocionado:

    — Muito obrigado, meu amigo. O Ministério Público está à disposição para auxiliá-los também. Aguardo sua ligação ainda hoje. Abraços, meu irmão.

    Após a ligação, Carlos entrou em contato com a delegada Ana Júlia, responsável pela Delegacia Especializada de Proteção à Mulher. Os dois conversaram sobre o caso e a disposição da SEIC em colaborar. Ana Júlia confirmou que já havia outros dois casos registrados, todos com o mesmo modus operandi: o agressor usava um boné para ocultar o rosto e ameaçava as vítimas com uma arma de fogo. Elas relataram, também, que o criminoso era um homem branco, forte e sem sotaque discernível. Além disso, todas apresentavam uma marca de mordida no pescoço, o que indicava um possível perfil distintivo do agressor. A delegada aceitou a cooperação da SEIC e agradeceu ao colega.

    Decidido a assumir o caso, Carlos entrou em contato novamente com seu amigo Cláudio para informar que a SEIC estava pronta para investigar. Eles marcaram um encontro com as vítimas e seus familiares para a tarde daquele mesmo dia, a fim de coletar depoimentos e iniciar as investigações.

    Para presidir o inquérito policial, Carlos escolheu o delegado Alexandre, um experiente e competente membro da equipe da SEIC, conhecido por sua sagacidade e habilidade em lidar com crimes complexos. Durante a tarde, aguardaram ansiosos a chegada das vítimas e de seus familiares, preparados para oferecer suporte, acolhimento e iniciar os trabalhos de investigação.

    Ao receber o pedido de ajuda do promotor de justiça Cláudio, Carlos ficou preocupado, pois sabia que casos de estupro exigiam uma resposta imediata, até porque a demora em prender o agressor poderia resultar em novas vítimas. Era uma corrida contra o tempo para evitar que mais pessoas sofressem com a violência.

    A ânsia de resolver esses casos era uma característica inerente aos policiais envolvidos na investigação. Eles entendiam a gravidade do crime e a importância de agir rapidamente para proteger a comunidade. A cada minuto que passava sem o criminoso atrás das grades, aumentava o risco de novos ataques.

    Capítulo 2

    As primeiras vítimas

    Por volta das 15h, duas jovens acompanhadas de seus pais chegaram à Superintendência Estadual de Investigações Criminais (SEIC). O superintendente Carlos e o delegado Alexandre as aguardavam no gabinete. Ao recebê-las, Carlos fez questão de tranquilizá-las, lembrando que eram amigos do promotor Cláudio e que estavam ali para ajudar na investigação.

    As jovens, muito nervosas e chorando intensamente, foram encorajadas a compartilhar suas histórias sem restrições que pudessem atrapalhar o avanço das investigações. Elas se identificaram como Jéssica e Katiana, de dezenove e vinte anos, respectivamente.

    Relataram que, no dia 20 de abril, após as aulas na faculdade, Jéssica deu carona para Katiana, como de costume. Porém, ao chegarem em frente à casa da amiga, por volta das 22h, antes mesmo de abrir a porta do carro, um homem de boné, escondendo parte do rosto, surgiu armado com um revólver e ameaçou atirar caso não abrissem a porta. Sob o medo da violência iminente, elas obedeceram, e o agressor entrou no veículo, ordenando que dirigissem em direção à Praia do Araçagi.

    Ao chegarem a um local deserto, próximo a uma pequena mata, o criminoso mandou que elas parassem o carro. Era uma noite escura, e ele as obrigou a sair do veículo e adentrar o matagal. Aterrorizadas, as jovens suplicaram para que ele levasse o

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