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O PRIMEIRO BEECHCRAFT

Um temporal desabava sobre São Paulo quando Brasil e Argentina entraram em campo no Parque Antártica. Era a tarde de domingo do dia 18 de fevereiro de 1940. Com um ano de atraso, realizava-se, enfim, a terceira partida para definir o título da Copa Roca de 1939 – interrompida após uma briga generalizada no estádio de São Januário, no Rio de Janeiro. O jogo terminou por volta das seis da tarde, com empate por dois a dois. Passava pouco das sete da noite quando o jornal carioca “Diário da Noite” ganhou as ruas da antiga capital federal estampando na capa o resultado da partida e uma enorme foto do goleiro Aymoré, da seleção brasileira, defendendo um chute do argentino Arrieta.

Em um tempo em que nem os telefones funcionavam direito, a proeza inédita de transportar uma fotografia em tempo recorde de São Paulo ao Rio foi mais uma travessura do folclórico jornalista Assis “Chatô” Chateubriand – dono do conglomerado “Diários Asssociados”. Mas a grande estrela do “furo fotográfico” era um avião. Um mês antes, Chatô havia celebrado a entrada em serviço do “Raposo Tavares”, um biplano Beechcraft Model D17S que mandara comprar novo nos Estados Unidos. Capaz de superar os 340 quilômetros por hora – mais rápido do que boa parte dos aviões militares da época – e

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