DASTRIPAS CORAÇÃO
Para ver e ouvir
Há muitas lendas e mitos em torno deste prato. Mas o facto é que os suevos, já no século I a.C., comiam tripa de vaca (aliás, na atual região checa e antiga Suábia, ainda hoje se comem, as “drzky”). E eles passaram pela Península Ibérica, como se sabe. Igualmente na Galiza, nas Astúrias e em França, as tripas integram pratos célebres. Os “callos” galegos ou asturianos são uma referência. Os “callos” galegos são praticamente iguais, exceto no grã de bico. De facto, muitas das tabernas dos galegos serviam dobrada, com grão-de-bico, mas no Porto o feijão granjeou adeptos até configurar uma receita única. Daí a menção “à moda do Porto”, pois o grão- -de-bico dos “callos” dá lugar ao feijão entre nós. Depois existem várias versões. Na França, as tripas de Caen acrescentam Calvados, em Roma, integra-se o queijo pecorino local, no sul de Espanha a hortelã, nas Astúrias a morcela asturiana e na Catalunha e Galiza o grão-de- -bico. Igualmente as carnes vão variando e as leguminosas também, conforme as localidades.
Mas certo é que se trata de um prato económico e substancial que nasce como forma
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