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Tem vinho aí?

O mundo do vinho não se restringe a Bordeaux, Napa Valley, Douro, Ribera del Duero, Piemonte e outros tantos nomes com os quais estamos acostumados. No mundo, estima-se que a área de vinhedos plantada seja de 7,3 milhões de hectares, ou seja, há muito mais do que nomes consagrados para se observar. E mesmo em países tradicionais, há regiões menos conhecidas.

Falar de vinhos em países como Itália, França, Espanha, Portugal etc., não é novidade para ninguém, mas talvez alguns enófilos não lembrem que há produção em nações como Turquia, Moldávia, Argélia, Uzbequistão, Bolívia, Índia e até no Irã, por exemplo. É raro vermos um vinho desses locais no mercado nacional, pois, em alguns casos a produção é pequena e, além disso, a falta de “apelo” muitas vezes faz com que os importadores não se interessem em trabalhar com esses rótulos – indubitavelmente mais difíceis de serem vendidos do que o de regiões consagradas.

No entanto, mesmo em países “batidos”, às vezes você se depara com denominações pouco faladas. Bordeaux e Borgonha são dois expoentes na França, mas e os vinhos da Savoia? Você já os provou? Em Portugal, já ouviu falar dos vinhos dos Açores? Ou ainda de Molise, na Itália? Das ilhas Canárias na Espanha? Pois é, às vezes nos deparamos com lugares pouco convencionais, mas que produzem vinhos interessantes. Sendo assim, ADEGA pinçou 15 regiões produtoras pouco comentadas ao redor do mundo para destacar, seja por que algumas são tesouros “escondidos”, seja por simples curiosidade. Sim, sabemos que há muitas mais e, se você já provou algo de algum lugar inusitado, escreva-nos compartilhando essa experiência.

Ilhas Canárias, Espanha

O arquipélago das Ilhas Canárias pertence à Espanha, mas fica muito mais perto da África do que da Europa. Assim como as ilhas portuguesas da Madeira e Açores, a tradição vitivinícola das ilhas remonta ao tempo das navegações, sendo porto de parada das embarcações espanholas.

O famoso vinho doce Malmsey da região, feito com a uva Malvasia, chegou a ser muito popular entre os ingleses, holandeses e alemães, mas não perdurou. Atualmente, as ilhas são um atrativo turístico para visitantes de todo o mundo, especialmente da Europa.

Devido às condições tropicais quentes e úmidas, os locais de cultivo geralmente se dão em terraços de pedra de grande altitude variando de 500 a 1000 metros. O solo, como se pode imaginar, é de origem vulcânica. Há uma vasta gama de uvas indígenas e as variedades internacionais são pouquíssimas. Listan Blanco (Palomino), Malvasia, Marmajuelo, Listan Negro e Tintilla são algumas das uvas autorizadas. Devido ao clima, privilegia-se a produção de vinhos doces, inclusive fortificados com envelhecimento oxidativo.

Há 10 áreas com status de denominação de

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