Na adega da Pinhal da Torre, produtor constituído em 1947, somos surpreendidos por um conjunto de cubas de grande volume, em betão, construídas num formato inusitado. O enólogo Mário Andrade explica-nos que se trata de cubas argelinas, construídas em 1947, as quais possuem a particularidade de, utilizando “uma forma muito engenhosa”, “aproveitar o dióxido de carbono da fermentação para fazer a remontagem”.
O formato troncocónico, com taça superior, “permite realizar remontagens por um sistema hidráulico de válvulas, sem recorrer a maquinarias e bombas”. Assim, “à medida que a fermentação decorre, a pressão impulsiona o vinho para o interior desta taça”. Depois, “uma segunda válvula permite a entrada do vinho” para