AVIAÇÃO DE NEGÓCIOS NO BRASIL
A aviação de negócios engloba toda a aviação civil, às exceções do transporte aéreo regular e do chamado pleasure flying, que inclui o aerodesporto e a aviação operada como hobby. Essa é a definição utilizada pela associação norte-americana National Business Aviation Association, a NBAA. No Brasil, tradicionalmente usamos “aviação executiva” para nos referirmos à aviação de negócios, uma expressão que remete a jatos e helicópteros mais sofisticados, utilizados pela classe abastada. Ocorre que essa concepção exclui a maior parte da verdadeira aviação de negócios do Brasil, que nem é composta por aeronaves sofisticadas, tampouco é uma exclusividade de famílias com grandes fortunas.
Das 9.043 aeronaves operacionais do segmento (dados de junho de 2022 do Registro Aeronáutico da Agência Nacional de Aviação Civil, o RAB da Anac, também utilizados em todas as estatísticas de frota deste artigo), somente 728 são aviões a reação enquanto os helicópteros executivos (excluindo os utilizados na operação offshore em plataformas petrolíferas no mar) somam mil unidades redondas. Portanto, 78% da aviação de negócios do Brasil é composta por aviões turbo--hélice e a pistão e helicópteros que atuam no segmento de petróleo e gás. Ou seja, um produtor rural que utiliza um Bonanza 1976 para se deslocar até sua fazenda é um exemplo muito mais representativo daquilo que é a real aviação de negócios brasileira do que um empresário que voa com seu jato intercontinental entre São Paulo e Paris sem escalas.
Mesmo que a aviação dita executiva também pudesse compor o segmento da aviação de negócios, esta é mais diversificada. São subsegmentos da aviação
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