Conversar com o chef Alain Poletto é uma lição de vida. De fala calma, ele vai contando sobre a sua vida e trajetória profissional – que começou aos 13 anos - até a decisão de vir para o Brasil e, mesmo com periodos complicados, que já atravessou, não reclama de nada. É um fazedor. Primeiro, quando chegou ao país, modernizou e incrementou a rotisserie Paola di Verona, que marcou época em São Paulo, nas décadas de 1990 e 2000 por suas boas massas. E, atualmente, no Bistrot de Paris, mostra como deve ser e o que é realmente a comida de um autêntico bistrot.
Voltando na máquina do tempo, Alain, filho do italiano Atilio Poletto, que foi para a França depois da guerra, atravessando o MontBlanc apenas com uma mochila nas costas, cresceu dentro da cozinha. Na França, logo de cara seu pai começou a trabalhar em um restaurante, e aprendeu todos os ofícios possíveis até se transformar em cozinheiro. Claro, que depois de se adaptar ao novo país e enfrentar o preconceito que os italianos sofriam na época, graças ao período de Benito Mussolini, conquistou os franceses locais, se apaixonou, casou com Solange e viveu a história de amor possível. A