Para ver e ouvir
Homem de vinhos, homem de arte, homem de família. Nas diversas facetas da vida de Luiz Costa (1928-2012), personalidade maior da moderna Bairrada, cabem diferentes dimensões, que procuramos destrinçar com a ajuda da filha, Ana Sofia Costa de Vassal, e do amigo e ‘compagnon de route’, António Dias Cardoso.
A aproximação de Luiz Costa ao mundo do vinho dá-se sobretudo aquando da sua entrada na empresa de família, as Caves São João, tornando-se sócio-gerente, juntamente com os tios, Alberto e Albano (que, com José Costa, haviam fundado a empresa em 1920), e o primo, Manuel Augusto. É nessa época que “começa a interessar-se pela Bairrada e pelo vinho em geral”, relembra a filha.
Foi numa ida à Exposição Universal de Bruxelas, nos inícios da década de 50 do século passado, que Luiz Costa se apercebe das diferenças entre os vinhos europeus e portugueses. “A paixão por Bordéus nasce nessas viagens, onde se maravilha com os ‘châteaux’ e decide, mais tarde, construir
