A Adega José de Sousa, em Reguengos de Monsaraz, representa um Alentejo vitivinícola diferente do que estamos habituados nos nossos dias. O Alentejo das grandes casas agrícolas que, além das adegas cooperativas que começaram a existir a partir das décadas de 1940-50, eram os únicos produtores com marcas comerciais. Paralelamente, havia o vinho de produção doméstica para autoconsumo, normalmente a partir de uma pequena vinha própria. O Alentejo foi durante um período longo demais o “celeiro de Portugal” e a vinha foi desaparecendo. A Casa Agrícola José de Sousa Rosado Fernandes era, assim, uma propriedade histórica do Alentejo, com produção de vinho desde 1878, inserida numa das zonas da região que perpetuou a cultura da talha, Reguengos. Era famoso o seu Tinto Velho que ficou na memória coletiva até hoje.
A José Maria da Fonseca nasceu em Azeitão, em 1834, e a expansão para outras regiões sempre esteve na sua matriz. Decide fazer vinhos no Alentejo na década de 1980 - a região começava a dar sinais de um renascimento e, além disso, havia ligações familiares fortes. A avó Soares Franco era de Évora, o avô de Fronteira. A ideia inicial era Portalegre e, nesse sentido, ainda foi comprada uma propriedade que, depois, esteve na origem dos vinhos D’Avillez (de Jorge Avillez, primo da