Para ver e ouvir
Se pensarmos bem, coisas que nos dão prazer como iscas de fígado ou rabo de boi, sangue de galinha, tripas, moelas ou rins podem ser muito mais arrepiantes, a priori, do que um inofensivo grilo. É tudo uma questão de hábito. Sabe-se que cerca de dois biliões de pessoas estão já, atualmente, a incluir insetos na sua dieta, segundo a FAO (United Nations Food and Agriculture Organization). Será esta a comida do futuro? Para um gastrónomo, a coisa será algo difícil de engolir, mas vamos despir--nos de preconceitos.
Certo é que são uma incrível fonte de proteína, vitaminas, minerais e aminoácidos e, tendo em conta o aumento dos custos da produção de gado, a pressão e impacto ambiental, a par das mudanças climáticas e do aumento demográfico, pode muito bem vir a ser uma solução como alternativa nutricional.
Para nós, que não estamos habituados ainda à ideia, pode ser algo bizarro, mas não esqueçamos que há séculos o ser humano se alimenta de insetos. São, assim, há muito integrantes da dieta humana e fonte de nutrição em muitas regiões do mundo, sobretudo na Ásia, África