O dia estava de boa têmpera e apenas uma brisa nos refrescou quando chegámos a Famalicão, mais propriamente a Portela. Ali, a escassos metros do restaurante Ferrugem, um lugar acolhedor que já faz parte dos destinos gastronómicos do país há uns anos, Renato Cunha recebe-nos já em ambiente de festa.
O esteio da ruralidade está bem presente no enquadramento de uma casa simples, debruada a azul anil turquesa, que convida a ficar. Uma figueira vetusta faz a sombra enquanto, num cantinho, sete potes de ferro contornam já uma fogueira acesa.
O cenário é o ideal para a verdadeira festa dos sentidos que configura a iniciativa “ircomsedeaopote”, (em formato hashtag), que se realiza desde 2020 e é um verdadeiro sucesso. Para este ano estão já previstas dez sessões do “fogo de chão e potes no quintal” que, normalmente, esgotam em pouco tempo.
A ideia é cozinhar diversas iguarias no pote, promovendo o convívio no meio da Natureza. Uma espécie de regresso às origens e pura sociabilização, onde tanto a gastronomia como os vinhos, sempre de um produtor de alta qualidade, se unem num casamento conseguido. Neste caso, na primeira edição de 2023, o produtor promete um dia bem passado: Soalheiro, sublinhado com a presença de Luís Cerdeira.
“A cozinha no pote é a melhor cozinha que há”, declara o chefe Renato, enquanto, de chapéu de palha, vai controlando já as brasas. Normalmente aos comando do restaurante Ferrugem, aventura-se agora no exterior para tirar … ferrugem aos potes.
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