A história contemporânea do Douro tem na Quinta Vale D. Maria um dos atores principais. Tal deve-se ao entusiasmo, carisma e agregação de espíritos de Cristiano van Zeller que, em 1996, começou ali a escrever uma jornada própria após ter adquirido a propriedade, datada de 1868, à família da mulher, Joana Lemos van Zeller.
Cristiano, um dos Douro Boys, tornou-a palco de uma revolução maior, aquela que contribuiu para posicionar o Douro no “mindset” internacional dos vinhos tranquilos. Soube exponenciar as vinhas velhas, ajudou a revelar duas grandes enólogas – Sandra Tavares da Silva e Joana Pinhão –, construiu vinhos DOC icónicos que começaram com o nome da quinta e também haveriam de isolar vinhas notáveis – Vinha do Rio, Vinha de Martim, Vinha da Francisca, Vinha do Moinho.
As conversas com os primos da Aveleda sobre uma eventual parceria eram tidas a espaços. Quando a nova geração Aveleda, a de António e Martim Guedes, assumiu definitivamente a liderança, caminhou-se na efetivação do negócio de aquisição, que viria a concretizar-se em 2017, um ano após uma outra compra da Aveleda no Douro, a da Quinta Vale do Sabor. Num primeiro momento,