Sempre me fascinaram as grandes urbes do sudeste asiático, como Banguecoque, com a sua grandeza, capacidade de mutação, tradições, arranha-céus futuristas, o caos (quase) organizado e a gastronomia que, como parte integrante da cultura da cidade, não poderia deixar de ser um caldo onde todas estas dinâmicas se encontram. Na última visita que fiz, em agosto passado, comparando com a anterior, em 2018, notei que houve uma certa transformação na cidade. A pandemia levou a encerrar vários restaurantes de relevo – e milhares de outros anónimos - e a comida de rua tornou-se menos visível resistindo, aqui e ali, em algumas ruelas e bairros antigos, mas tendo sido praticamente acantonada em lugares demarcados, nas zonas mais ricas.
Por outro lado, com o fim das restrições relacionadas com o Covid-19, a capital tailandesa voltou a ser uma das cidades mais visitadas do mundo e a tal capacidade de mutação deu um novo impulso aos negócios de restauração que resistiram, bem como aos novos que chegaram, tornando de novo Banguecoque como uma das cidades asiáticas mais atrativas em termos gastronómicos, quer ao nível