SEGUNDO SEI, É A QUINTA GERAÇÃO DE VITICULTORES NA FAMÍLIA. QUEM É O SÉRGIO NICOLAU QUE ESTÁ AGORA A COMANDAR OS DESTINOS DESSA HERANÇA FAMILIAR?
Eu acho que até são mais do que cinco. Todo o meu passado é de agricultores. Sempre acompanhei os trabalhos na quinta. Era uma exploração com vinhas e também com várias outras coisas, como animais, hortícolas, pomares e cereais. Depois fomo-nos especializando em cada vez menos coisas. No tempo do meu pai já só havia cereais, pomares e vinha. Entretanto os cereais começaram a dar menos dinheiro. E ficamos com pomares e vinha. Há cerca de 15 anos ficamos apenas a produzir uvas.
NO FUNDO, UM RETRATO DA AGRICULTURA EM PORTUGAL.
Exatamente. Todas as casas agrícolas no país e até no mundo seguiram esse caminho. E confesso que acho que devíamos inverter esse percurso. A diversidade de produção é essencial. A resiliência de uma exploração agrícola vive de ter mais do que uma fonte