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Não é possível alcançar vinhos de patamar diferenciador se a montante o olhar não for também diferente. Surgidos em 2018, os vinhos de parcela da Aveleda na região dos Vinhos Verdes só foram viáveis após alguns anos a revolucionar o entendimento da viticultura, um trabalho liderado por António Guedes, reconhecido entre os pares da mesma geração como uma mente brilhante nessa área.
Para captar o valor potencial de cada pedaço de terra começou a encarar-se a viticultura ao detalhe. Uma das primeiras medidas passou pelo aumento da densidade de plantação. “Quando entrei tínhamos 1.600 plantas por hectare. Passamos para os 4.000 e agora temos 5.500 plantas por hectare”. As vantagens ficam óbvias no exemplo dado a seguir por António Guedes, co-CEO da Aveleda: “Se obtiver uma produção de 15 toneladas/hectare, com 5.500 plantas terei uma produção inferior a 3kg./planta, enquanto numa vinha com 1.000 plantas/ha estou a ter 15kg/planta. É totalmente diferente uma planta amadurecer 15kg ou 2,5 a 3kg”, nota.
As alterações nas densidades de plantação foram apenas parte da revolução verde nos Verdes da Aveleda. O segundo ponto passou por maximizar a superfície foliar exposta das vinhas.
“A região tem influência marítima, muita pluviosidade no inverno e alguma na primavera. Porém, o verão é seco. Ter mais folhas implica maior produção de açúcares por planta e isso permite obter uma capacidade superior de amadurecimento de uvas do que se tivesse as sebes mais baixas. Temos um rácio muito importante de