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Pitadas literárias
Pitadas literárias
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E-book92 páginas46 minutos

Pitadas literárias

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Sobre este e-book

Pitadas Literárias reúne uma seleção de textos do autor que foram disponibilizados na internet de forma isolada. São contos, crônicas, poesias e pensamentos que mais agradaram os interrnautas, tendo vários deles milhares de acessos.
IdiomaPortuguês
EditoraXinXii
Data de lançamento22 de fev. de 2015
ISBN9783958309951
Pitadas literárias

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    Pitadas literárias - Orlando Batista dos Santos

    PITADAS LITERÁRIAS

    Continhos, croniquetas, versinhos, caipirices e filosofanças.

    Orlando Batista dos Santos

    2015

    Sumário

    Apresentação

    TRABALHA NEGRO; CANTA E DANÇA

    SIGA O TEU CORAÇÃO, MARIANE

    FELIZ, NADA MAIS

    O CALO

    A MARCA DO CAIPIRA

    A MÃO QUE LAVA

    CHUPA-CABRA: O NASCER DE UM MITO

    NO MUNDO

    CRIPTOLOGIA

    RELIGIÃO

    UFOLOGIA

    FOLCLORE

    CHORA, GIBRAN

    RÉQUIEM PARA UM ESTADO DEPRESSIVO

    UM GENERAL.EM MEU QUARTO

    BATICO

    ORÁCULO

    OS MEDOS DA GENTE

    PECADO E TECNOLOGIA

    AMOR E PAIXÃO

    DA CONSCIÊNCIA

    A MATA DO SINO

    O DEMO EM PESSOA

    ENGENHO NOVO

    PROBLEMAS, PROBLEMAS...

    CONSELHO DE RAPOSA

    É O FIM DO MUNDO!!!

    SOBRE O ANTICRISTO

    O SISTEMA ANTICRISTO

    CATÁSTROFES

    COMPORTAMENTO

    RELIGIÃO

    O FIM DO ANTICRISTO E DO SEU SISTEMA

    O BRASIL

    TRANSIÇÃO

    O, GRANDE

    PRA LÁ DE CAIPIRA

    POEMA DE ARRIBAÇÃO

    PARÓDIA ATEMPORAL

    TEBAS: UM GÊNIO NO ANONIMATO

    FELICIDADE É...

    DE MAL COM A VIDA

    BREGANEJOS?

    SOL DE AGOSTO

    BRIGAM OS PEQUENOS, VINGAM-SE OS GRANDES

    ABC DA VENDA

    POEMA DO MEDO

    DAS PERDAS

    A GUERRA PAULISTA

    DO SER E DA COR DE CADA FLOR

    DA SOLIDARIEDADE

    MIJA EM CIMA

    SOFRER, OU NÃO SOFRER?

    PREÇOS

    Apresentação

    Pitadas Literárias reúne uma seleção de textos do autor que foram disponibilizados na internet de forma isolada. São contos, crônicas, poesias e pensamentos que mais agradaram os interrnautas, tendo vários deles milhares de acessos.

    TRABALHA NEGRO; CANTA E DANÇA

    Ninguém duvida que foi o negro quem construiu o Brasil. Trazido da África, atravessou séculos montando a engrenagem da civilização brasileira em troca da comida. O trabalho que hoje dignifica o homem era tido como humilhante, condição que os homens bons jamais poderiam aceitar. E se o negro construiu o Brasil, construiu também Minas Gerais, observação necessária, já que a História insiste em omitir a importância do negro naquele Estado que teve quilombos e monarquia não branca representada por Ambrósio, tendo como súditos negros fugidos das minas e dos engenhos, negros forros, índios mansos, brancos pobres (os pés-rapados) e toda uma gama de mestiços. Tal qual Palmares, os quilombos mineiros foram atacados e, tal qual Palmares, foram destruídos com vigor e crueldade.

    No Brasil, além do exercício do trabalho rude o negro desenvolveu pendores para as artes e para as manifestações rítmicas de sua alma, pois sem ritmo não há vida. E fez do canto e da dança um remédio para compensar seus sofrimentos.

    Os cantos de trabalho ainda hoje são chamados de vissungos, que se dividem em boiados, solo tirado pelo mestre, e o dobrado, que é a resposta em coro dos demais. Geralmente os próprios instrumentos de trabalho faziam o acompanhamento rítmico.

    O negro cantava o dia todo. Tinha cantos especiais para a manhã, para o meio do dia e para a tarde. É dos vissungos a origem das tradições dos desafios e repentes.

    As festas religiosas das confrarias de negros e pardos não satisfaziam de todo a vontade de cantar, de dançar e batucar; os cantos de trabalho limitavam-lhes a expressão corporal e a criatividade. Por isso, à noite, com ou sem autorização do sinhô, a maior alegria do negro era sua participação no batuque, mesmo proibido, mas que nunca deixou de se realizar.

    Foi na venda que o batuque criou fama.

    Má fama; as maiores reclamações eram sobre as desordens e brigas verificadas com muita frequência. Embora proibido aos pretos e à gentalha, o batuque acabou chegando ora pois, às altas rodas da sociedade de Vila Rica, contrariando orientações da igreja que via de regra franzia a testa e ameaçava com excomunhão; os dançadores formavam uma roda e, ao compasso de uma viola, moviam-se um dançador no centro, que, ao avançar, batia com a barriga em um integrante (geralmente do sexo oposto) que o substituía no centro da roda. Eis aí a granfinagem reproduzindo a umbigada!

    O batuque sobreviveu animando as vendas e as

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