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Roupa suja de inconfidente
Roupa suja de inconfidente
Roupa suja de inconfidente
E-book64 páginas39 minutos

Roupa suja de inconfidente

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Sobre este e-book

O livro reúne contos e poesias que o autor vem escrevendo desde a adolescência, ilustrados pelas aquarelas de Carlos Caminha. No cotidiano da cidade do interior de Minas Gerais, ele conviveu com colegas e amigos, parentes e tias, e a gente das ruas, interessando-se por todos aqueles que tinham um jeito diferente de encarar a vida, muitas vezes discriminados por serem "doidos demais da conta". Os contos buscam na memória os personagens da infância de Vander, intercalados com versos ligados ao tema da loucura.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento10 de out. de 2022
ISBN9786588959688
Roupa suja de inconfidente

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    Roupa suja de inconfidente - Vander André Araújo

    Copyright © VANDER ANDRÉ ARAÚJO, 2022.

    Editor ÁLVARO GENTIL

    Produção executiva PAULA PESSOA

    Revisão PEDRO VIANNA

    Produção gráfica e editoração original DÉLIO CAMPOS

    Ilustrações CARLOS CAMINHA

    Adaptação e-book ANDREZZA LIBEL

    Catalogação na Publicação (CIP)


    Araújo, Vander André

    A663r Roupa suja de inconfidente / Vander André Araújo ; [ilustrações de Carlos Caminha]. - 1. ed. - Belo Horizonte : Ramalhete, 2020.

    Recurso eletrônico : il. color.

    Formato: ePub

    Modo de acesso: World Wide Web

    ISBN 978-65-88959-68-8

    1. Ficção brasileira - Contos I. Caminha, Carlos II. Título.

    CDD: B869.35


    Bibliotecária responsável: Cleide A. Fernandes CRB6/2334

    Todos os direitos desta edição reservados a

    Vander André Araújo

    Proibida a reprodução parcial ou total desta obra sem autorização, por escrito, do(a) autor(a) e da editora.

    Este livro foi revisado segundo o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.

    Sumário

    Dedicatória

    Epígrafe

    ELES

    Papoema

    FUTRICA

    As nuvens

    TIO DOIDO

    Agora e na hora da nossa morte

    TINIL

    Loucos de todo gênero

    Armadilha

    ENTRELINHAS

    Sábias Palavras

    SEGREDOS

    Álibi

    TODOS

    Epígrafe

    Landmarks

    Cover

    Este livro é dedicado ao Tio Robson Ribeiro.

    Lá vai a lavadeira pelo caminho.

    Não vê à sua frente o pobre menino.

    Uma judiação.

    Moleque arteiro, o Aleijadinho:

    Chico de nascença, negro de insolação.

    Escondidinho, perde o respeito.

    E há quem lhe atire a primeira pedra-sabão.

    ELES

    Gente é tudo igual. Mas existem aquelas pessoas que nos atraem por um predicado incomum: uma marca, um defeito ou até mesmo uma virtude. Quando comecei a relembrar aquelas que poderiam não ter sido consideradas normais neste mundo absolutamente padronizado, me vieram à mente algumas personagens que cruzaram meu caminho numa infância um pouco distante, lá pras bandas do Quenta-sol. Já nem sei dizer se o que me ponho a escrever possa ser considerado como uma verdade incontestável ou se é uma triste mentira que inventei pra me justificar como mais um desses famosos normais. Não tenho a menor pretensão de ser fiel à História. Aliás, em se tratando de verossimilhança, isto não deve ser coisa para quem gosta de ler Guimarães Rosa, um mineiro que considerava o ato de viver muito perigoso. Prefiro me deixar iludir, criando novos fatos, acrescentando o seu ponto de vista, que acabou se aproximando do meu, tamanha a nossa intimidade.

    Contente-se: se não for uma verdade nua e crua, que sejam apenas histórias, para que mais alguém possa imaginar um espaço com pessoas nem um pouco comuns, insanas, mas que tinham e têm uma capacidade superior de enxergar o mundo, ou talvez de ouvi-lo e retê-lo com olhos de quem acabou de chegar. Olhos de criança.

    Você já tinha me dito que, para compreender as leis do universo, bastaria me debruçar sobre os livros, com sede de conhecimento, desde cedo. Acabei aceitando a ideia, bacharelei-me. Mas, com o passar do tempo, percebi que eu deveria passar a sentir, e isto é algo pouco racional por aqui. Fui atrás das minhas raízes, caí por terra. Você sempre colocou minhocas na minha cabeça. Aonde cheguei, você já sabe: ao local onde habitam os nossos próprios fantasmas e acabamos redescobrindo juntos a beleza das suas estranhezas

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