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Um presente de família
Um presente de família
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E-book193 páginas2 horas

Um presente de família

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Sobre este e-book

Em muitas ocasiões nos acontecem coisas que não sabemos explicar, situações que nos causam dor porque não conseguimos compreendê-las. Muitas vezes, chegamos a colocar a culpa da nossa infelicidade no destino.

Mas, o quê aconteceria se tudo não passasse de um "presente" que fosse transmitido de geração a geração para curar alguém além de nossos ancestrais?

O quê aconteceria se tudo não passasse de fruto de experiências passadas, de nossa memória transgeracional?

O quê aconteceria se as dores físicas trouxessem uma mensagem passível de decodificação?

Ou se nos tornássemos conscientes de todas essas experiências e nos curássemos? Nos sentiríamos livres? Recuperaríamos nossa saúde? Retomaríamos nosso caminho com novos objetivos?

Este livro está baseado em uma história real, nas experiências da própria autora e circunstâncias da sua vida que ela não conseguia entender, mas sabia que não eram fortuitas.

Aqui, será possível acompanhar seus avanços num caminho nunca antes imaginado. Un caminho condicionado pelas influências dos padrões herdados da energia ancestral de seu clã.

IdiomaPortuguês
EditoraBadPress
Data de lançamento11 de nov. de 2018
ISBN9781547552054
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    Um presente de família - Marta Martín Girón

    Um presente

    de família

    MARTA MARTÍN GIRÓN

    Um presente

    de família

    ––––––––

    Uma fábula sobre a herança energética e

    seu impacto em nossas vidas

    Todos os direitos reservados.

    Não se permite a reprodução total ou parcial deste trabalho, sua incorporação a um sistema de computador, ou transmissão em qualquer forma ou por qualquer meio, seja ele eletrônico, mecânico, de gravação ou qualquer outro, sem autorização prévia e escrita da autora. A violação desses direitos pode constituir um delito contra a propriedade intelectual. ART. 270 e seguintes do Código Penal).

    Título: Um presente de família

    Marta Martin Girón

    July 2014

    M-005104/2014

    Layout e edição: Trabajobbie

    Edição Revisada fevereiro 2017

    Depósito Legal: M-26538-2016

    Dedico aos meus antepassados

    à minha mãe, por ter sido minha primeira professora,

    e àqueles que hoje fazem parte da minha família.

    Índice

    El cumpleaños de Sofía

    La libertad de ser despedido

    La vibración del engaño

    ¿Por qué no podía dejarle?

    Somatizando el dolor emocional

    Encontrando respuestas

    Traumas por una muerte prematura

    Bebés no reconocidos

    La influencia de la energía masculina en la mujer

    Cartas de despedida

    «Resumen»

    Recaídas

    Si tú sanas, el clan sana

    La sorpresa

    Nota de autor

    CAPÍTULO 1

    O aniversário de Sophia

    Marina entrou pela porta da casa da sua irmã.  Estava carregando tudo o que podia; a bolsa no ombro, a sacola de presente numa mão e, na outra, a mochila que continha todas as coisas necessárias para os bebês. Em seguida vinha seu marido Andréa empurrando o carrinho de Ian e Noa, os gêmeos recém-nascidos.  Atrás da porta de entrada, os esperava Sofia, a filhinha da irmã mais velha de Marina

    Ao passar pelas escadas, Sofia enfiou a cabeça em busca da bolsa que parecia guardar o seu presente de aniversário. Ao ver a sua tia com bolsas nas mãos foi correndo em direção à ela, mas, ao chegar mais perto, viu que seu tio estava trazendo os bebês. Soltando um Olá, enquanto passava por sua tia, a menina foi direto ver seus primos. O resto já não lhe importava. Seu presente tinha caído no esquecimento; ela só queria pegar e beijar aqueles dois bebês cheios de vida. Ainda que tivesse que esperar entrar em casa para fazê-lo.

    Marinha soltou as bolsas na entrada da casa para ajudar o marido e dizer olá para sua sobrinha.

    -Vem cá, menina levada! -Disse Marina à pequena abraçando-a e beijando-a. A menina também lhe deu um abraço.

    -Que bom que você veio! E pelo jeito, vocês são os últimos. Todos os outros já chegaram- completou Sofia.

    -Já imaginava. Chegamos um pouco tarde porque seus primos queriam comer - esclareceu a mulher.

    -Tudo bem. Sabe tia, essa noite eu sonhei com a vó Irene e ela me disse que você ia me dar um presente muito importante.

    -É? -E que presente era esse? -Perguntou a mulher com grande interesse.

    -A verdade é que eu não sei, ela não me disse. Só vi uma imagem meio desfocada. Parecia um livro iluminado.

    Então, a tia olhou nos olhos dela e viu toda a sua expectativa. Marina sentia grande alegria quando sua sobrinha lhe contava algum sonho com a sua mãe. E não tinha nenhuma dúvida que a menina se comunicava com a avó através de sonhos; o que tinha contado sobre o livro era uma prova disso.

    Todos terminaram de entrar em casa, deixaram seus casacos no quarto de hóspedes e se cumprimentaram.

    Inês estava na cozinha retirando do forno uns pãezinhos que tinha feito e Marina foi ajudá-la. De repente, Sofia entrou correndo na cozinha.

    -Tia, eu disse à mamãe o que eu sonhei e ela me respondeu que você ia me explicar.

    -Explicar? Eu? O quê? -Respondeu surpresa.

    -Sim, me disse para contar-lhe o sonho inteiro que, certamente, você teria algo para me dizer.

    -O sonho do livro iluminado, você quer dizer? - Quis confirmar Marina. 

    -Sim - respondeu rápida esperando uma resposta.

    -Ok, você se lembra de mais alguma coisa? - Disse antes de ficar em silêncio enquanto observava a menina que tentava se lembrar.

    -Sim, lembro-me que estava falando com a vó, e ela me disse que você ia trazer um grande presente, que eu ia gostar muito e que eu o teria por toda vida. Eu via nas mãos dela alguma coisa que parecia um livro e saía luz de dentro dele. Você sabe o que é?

    -Tenho uma ideia do que pode ser. Bom, se é o que eu acredito ser, não é um livro exatamente.

    -E o que é?  -Perguntou curiosa.

    -É um caderno que eu escrevi há alguns anos.

    -Ou seja, um livro?  -Tentou esclarecer.

    -Sim, bem, é como um livro, mas, não exatamente - tratou de explicar-lhe sua tia.

    -Você quer dizer que a vó tinha razão...-confirmou a pequena.

    Apesar de Sofia só falar nos sonhos com a sua falecida avó, se surpreendia quando verificava que o mesmo lhe antecipava algum evento.

    - E por que o livro que a minha avó falava se iluminava?

    Marina sorriu e respondeu em tom de brincadeira: É que sua avó é um especialista em efeitos especiais.

    -Muito engraçado, hein? - Disse a menina com um grande sorriso.

    -Vamos indo para a sala? - Perguntou Inês, cortando a conversa.

    -Espere, espere, mamãe! Acabo de me lembrar que a vó me disse que o presente também era para você. Me disse que você e tia Lara o leriam antes e, em seguida, eu - explicou à sua mãe. Eu lhe perguntei porque vocês tinham que lê-lo antes, se o presente é meu. E ela me disse: porque elas são mais velhas que você .

    Nessa hora, Lara, a irmã mais nova de Inês e Marina, estava chegando na cozinha e pode ouvir a explicação que Sofia estava dando sobre seu sonho. Seus olhares se cruzaram com velocidade até que, finalmente, todos convergiram sobre Marina. Depois de alguns segundos sentindo-se observada ela começou a rir.

    -Vocês parecem sem palavras...-Argumentou a mulher um pouco desconfortável.

    -Pode explicar o porquê de tudo isso! - Disse Lara com um tom inquisidor e bem-humorado.

    -Acho que você não ouviu muito bem porque você já chegou no final, mas não se preocupe, o resumo é que eu trouxe um livro de presente para a Sofia e, de acordo com um sonho ela teve, mamãe lhe dizia que nós também teríamos que lê-lo - respondeu o mais rápido que pôde. -Enfim, vamos para a sala com os outros - ela disse gesticulando com a cabeça.

    Em questão de segundos estavam todos na sala de jantar comemorando o sétimo aniversário da Sofia. Por algumas horas, todos se esqueceram do sonho da menina. Até que chegou a hora de presenteá-la e, assim, começou o desfile das bolsas, caixas e pacotes. Conforme ela os abria, os demais aplaudiam e comentavam sobre os presentes. Dentro de cada embalagem, Sofia encontrava roupas, fantasias, jogos... A pequena deixou para o final os presentes de seus tios, André e Marina. Quando chegou o momento, a atenção de Inês e Lara também se voltou para eles.  As três ficaram curiosas para saber o que aqueles embrulhos bonitos escondiam. Sofia abriu rapidamente o primeiro, e encontrou um caderno dourado que vinha dentro de uma caixa de lata imantada. Sofia abriu a caixa e ao abrir o caderno viu que ele estava vazio. Não tinha nada escrito dentro. A menina virou-se procurando a tia com o olhar. Inquiriu-a com os seus olhos surpresos. Automaticamente fechou o caderno e o deixou-o cair no chão, do lado dos outros presentes. Pegou o próximo pacote e o abriu, desta vez, mais lentamente. Sabia que esse podia ser o presente tão importante que a sua avó dizia.

    Dentro do papel encontrou um caderno exatamente igual ao que acabara de abrir uns minutos atrás. A garota esboçava feição de estranheza, mas continuava olhando o caderno. Ela o examinou pela frente e por trás e, finalmente, abriu sua capa. Era um livro escrito com canetas de cores muito bonitas. Um sorriso escapou-lhe enquanto pensava: Meu livro iluminado.

    Como eram os últimos presentes, a atenção sobre Sofia começou a se dispersar. Somente Inês, Lara e Marina permaneciam atentas aos movimentos e gestos da menina. Ao mesmo tempo, André prestava atenção em sua esposa, já que sabia que o caderno que era dela tinha sido dado para Sofia.

    –Como você está? -Perguntou André à Marina.

    -Bem - ela respondeu docemente.

    -Você tem certeza? -Ele insistiu. Tinha grande afinidade e empatia entre eles; quase sem falar conseguiam saber como o outro se sentia.

    -Por um momento achei que pudesse ser muito pequena para entender o livro. -Acaba de fazer sete anos de idade. Eu estava tentando lembrar como eu pensava na idade dela e, a verdade é que eu não me lembro... -expressou sincera.

    -Não se preocupe com isso, acredite que ela vai ler o livro, e se não o entender agora, vai entendê-lo mais adiante. Ela o terá, caso precise dele algum dia. É provável que agora seja mais útil para suas irmãs... -Ele disse.

    -Talvez - ela disse sorrindo.

    -Confie na sua intuição. Se você quis da-lo hoje como presente de aniversário, tem uma razão. Agora, você também vai ter que lhe explicar as coisas que ela não entender, como você fez comigo naquele dia. Embora não se saiba o porquê, tenho a impressão que essa coisa de explicar algo vai acontecer primeiro com as irmãs do que com Sofia - disse ela enquanto trocava sorrisos de cumplicidade com seu marido.

    ––––––––

    Poucas horas depois, os convidados começaram a ir embora. Marina e André ficaram um pouco mais porque tiravam uma foto dos gêmeos. Marina pegou a menina. André, no entanto, entregou o menino para Inês para unir-se ao pessoal num jogo de vídeo-game. Nesse momento, Sofia sentou-se perto de sua tia e perguntou-lhe:

    -Tia, por que você me deu um caderno em branco?

    -Pra você escrever o que quiser - respondeu a mulher.

    - E o outro caderno, foi você quem escreveu?

    -Sim - respondeu enquanto observava o rosto de sua sobrinha.

    - E o que você escreveu? -Ela insistiu.

    -Bem, eu escrevi sobre as coisas que aconteceram na minha vida - respondeu a tia com sinceridade.

    -Eu estava me referindo ao porquê de você ter escrito - especificou ela.

    -Ah, ok. Vou lhe contar. Eu escrevi porque achei que era boa ideia reunir algumas das coisas que tinham acontecido na nossa família antes de nascermos e, também, porque eu percebi que era importante saber da vida deles para entender a nossa - Marina fez uma pequena pausa para ver se a menina tinha entendido o que ela quis dizer. Vendo que ela não dizia nada, continuou falando. Na verdade, eu adoro escrever e eu escrevo sobre qualquer coisa, mas, acima de tudo eu escrevo para me aliviar quando algo me preocupa ou me faz sentir mal. Você me entende?

    Rapidamente Sofia relacionou o caderno em branco com o que a sua tia acabara de dizer.

    -Então, o caderno é para que eu escreva se eu me sentir mal? -Ela perguntou.

    -Não exatamente. Você ainda é muito jovem e tem outras maneiras de aliviar-se, não é? -A menina ficou olhando para ela com cara de quem estava entendendo o que ele estava dizendo. Diante disso, Marina lhe perguntou: O que você faz quando você fica zangada com seu irmão ou com qualquer outra pessoa?

    A jovem refletiu um momento e respondeu.

    -Bem, às vezes eu choro muito e então, passa; depende do que fizeram para mim. E não conte para ninguém, mas quando a minha raiva é muita, às vezes, eu quebro alguma coisa - ela sussurrou para que ninguém mais pudesse ouví-la.

    Marina riu entre os dentes.

    -Bem, não tem problema, é mais uma forma de aliviar a raiva que você está sentindo. Embora a forma não seja nada suave, o resultado é que, em poucos minutos, você se sente bem, não é?

    -Sim, a raiva logo passa - confirmou a menina com um sorriso.

    - E, você esquece o que a fez ficar com raiva?

    -Sim, em pouco tempo já não me lembro - disse satisfeita.

    -Porque com o caderno é parecido. Às vezes, quando já se está mais velha e se começa a esquecer dessas formas naturais de se aliviar, você recorre a outros meios como o de escrever em uma folha de papel ou caderno as coisas que lhe fazem sentir mal.

    Eu entendo que ainda não vá usá-lo, mas lhe dei para que saiba que todos nós podemos ter um caderno para escrever as coisas que nos preocupam ou que não entendemos e, que escrever nos ajuda a esquecer mais rápido o que nos machucou e a perdoar.

    -Então, quando eu vou poder usá-lo? -Perguntou a garota insinuando que já gostaria de estrear seu presente.

    -Você pode usá-lo quando quiser - respondeu a sua tia ao entender o que estava

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