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Sobrevivendo na Face Obscura da Vida
Sobrevivendo na Face Obscura da Vida
Sobrevivendo na Face Obscura da Vida
E-book219 páginas1 hora

Sobrevivendo na Face Obscura da Vida

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Sobre este e-book

Sobrevivendo na Face Obscura da Vida se propõe a retirar das sombras fatos relevantes na caminhada sinuosa da vida do autor. Assim, exemplos de abnegação, coragem, desprendimento e outras virtudes e vícios, inerentes ao ser humano, estão expostos ao leitor.A vida real, no seio do ambiente militar e/ou na sociedade, por vezes imprevisíveis, nos brinda com surpresas, exigindo que exploremos nossa força interior nos seus limites. Os registros desta obra naturalmente inspiram a reflexão sobre condutas de vida, pois estão respaldadas em vivência pessoal.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento21 de jan. de 2016
ISBN9788583382157
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    Pré-visualização do livro

    Sobrevivendo na Face Obscura da Vida - Airton Gazzana

    Conheci o Gazzana, então Capitão, num momento difícil, acredito, de sua vida. Estive envolvido em tal momento e posso garantir que ele venceu ali, bem como na vida, movido por um espírito inquebrantável de coragem, altruísmo e consciência do dever. O mesmo espírito que emoldura suas histórias de vida, contadas nessas páginas recheadas de pequenas aventuras cotidianas. Sem dúvida, as narrativas vão fluindo num agradável espaço de curiosidade em que não nos faltam surpresas. Superação deveria ser seu sobrenome!

    Dr Celso Celidônio

    Juiz-Auditor da Justiça Militar Federal

    Prefácio

    Este livro reúne crônicas com base na vida real. A infância, a adolescência, a juventude e a fase adulta de nossa aventura humana têm seus desafios peculiares. Obstáculos ou desafios, após transpostos, parecem fáceis ou óbvios. Fórmulas, depois de prontas, parecem simples, mas o tempo, o esforço e o estudo que requer para chegar até a solução, só quem viveu sabe o custo ou sacrifício despendido.

    A sobrevivência do homem nesse mundo não foge a essa percepção. A linha do tempo que separa a vida e a morte está cada vez mais tênue. Hoje você pode entrar num avião e sair num saco preto. Há poucos anos, era um transporte restrito a classe abastada. Hoje o trânsito está saturado, os carros desenvolvem alto desempenho e as estradas são as mesmas. Hoje você tem mais risco de receber uma bala perdida. Hoje você pode ser assaltado em qualquer lugar. Hoje pode explodir uma bomba em qualquer lugar, pois o terrorismo está aí, uma guerra invisível.

    As páginas que se seguem contêm experiências de vida, tanto no âmbito do cidadão comum quanto no ambiente militar. E elas estão relacionadas, por vezes, à personalidade de cada um. Você pode muitas vezes assistir as coisas aconteceram à sua volta ou pode intervir. O mais conveniente é deixar, pois sempre haverá alguém para dar uma solução ou não. Intervir tem ônus. Isso é de cada um.

    Os relatos desse livro são resumidos e objetivos. Não retratam a realidade plena de acontecimentos, mas buscam trazer o que a memória resgatou depois de tantos anos que se passaram.Desta forma, caro leitor, espero que não abandones o livro. É comum o leitor começar um livro e não terminar. Eu perdi a conta de livros que não terminei. Exaustivas narrativas, de fatos imensuráveis não serão os motivos que o caro leitor (a) encontrará aqui como justificativa para abandoná-lo.

    Sendo assim, desejo uma ótima leitura.

    01

    Um Curriculum Vitae

    Quem não precisou apresentar um curriculum vitae? Quando se assume um cargo, procura emprego, para fazer um curso ou vai dar uma palestra, você deve ter um curriculum em mãos meio que pronto. A questão é selecionar o que deve ser de conhecimento a quem está sendo direcionado o curriculum.

    Para você leitor, eu diria que fiz o pré-primário e iniciei o primário numa escola em Santa Rosa/RS, na década de 70. Depois segui o primário em Marcelino Ramos/RS, e fui conclui-lo em Manaus/AM. Como filho de militar, tinha vaga garantida no Colégio Militar de Manaus e entrei na 6ª série do ensino básico, concluindo-o com desempenho medíocre. Ao menos, consegui média e ingressei na 1ª série do 2ºgrau, em que também passei com dificuldade.

    O salto no desempenho escolar deu-se a partir do 2º ano, pois, por necessidade, precisava obter média para ingressar na Academia Militar das Agulhas Negras – AMAN. Reduzi o tempo de esporte e lazer e caí nos estudos, peguei gosto pela coisa. Estudava das 14 horas até 22 ou 23 horas, ou até terminar o que pretendia diariamente. Desse modo, fui promovido a capitão aluno no 3º ano e classifiquei-me em 2º lugar entre as vagas para a AMAN.

    Em 1981, ingressei na Academia, com orgulho para os pais, familiares e amigos. Agora cadete, então, cujo sonho era terminar a Escola. Entrei para a arma de Infantaria porque simplesmente adorava, já que via aqueles miliares desfilarem com onças pintadas ou a pé ou sobre veículos militares no sete de setembro. Como era um caçador júnior, relacionava a Infantaria com um dos esportes que praticava – a caça amadora.

    Ao verificar a classificação ao final do 1º ano da Academia, consegui ficar entre em 38º entre 78º da turma. Não tinha ambições maiores, nem por orientação e tampouco técnica pessoal para melhorar muito, mas coloquei objetivo chegar aos 30º, 31º ao final do curso. Enfim, concluí o 4º e último ano. Não era uma classificação promissora, mas ingênuo, ou mal informado, não estava muito preocupado com isso. Eu gostava é da atividade militar.

    Na escolha das unidades, atendi meus sonhos. Em 1985, estava em São Leopoldo-RS, no 19º Batalhão de Infantaria Motorizado. A primeira missão como Aspirante-a-oficial, comandar um pelotão de fuzileiros de uma companhia de fuzileiros. Fui designado também para Instrutor do Curso de Formação de Sargentos Temporários. Em 1986, assumi o Pelotão de Operações Especiais. Em 1987, como 1° Tenente, já comandava a 2ª Companhia de Fuzileiros.

    Nesse período, desloquei-me para Manaus, onde realizei o Curso de Operações na Selva, recebendo o número 47. Por lá permaneci uns três meses. Pouco tempo após ter retornado da Amazônia recebi uma mensagem rádio, comunicando que estava movimentado para 3ª Companhia/63º BI, sede em Tubarão /SC.

    De 1988 a 1990, permaneci em Tubarão. Exerci diversas funções, pois, sendo subunidade independente, só eu, um capitão e o major comandante éramos oficiais de carreira.

    Dentre elas, destaco a Seção de Inteligência e o Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados (SFPC). Fiz um estágio numa fábrica de explosivos em Curitiba-PR. Fui chefe de comissão de seleção da subunidade por três vezes. Desta unidade, parti para o Rio de Janeiro onde permaneci dois meses a fim de fazer o Curso Básico de Paraquedistas. Fui cogitado para ser instrutor do Curso de Operações na Selva, porém o destino me mandou para Santo Ângelo-RS.

    Por interesse próprio, assumi o comando da 2ª Companhia de Fuzileiros do 61º Batalhão de Infantaria Motorizado, antes de rejeitar um convite para comandar a Companhia de Comando do QG da 16ª Bda Inf Mtz, sede naquela cidade, decisão questionada no meio militar, tendo em vista a relevância da função. Prevaleceu o coração, o instintivo do infante. Nessa Unidade, comandei a Subunidade de Operações Especiais da 16ª Bda Inf Mtz. Fiz um estágio de forças de operações especiais no Campo de Instrução de Butiá. Vivi a experiência de participar do fechamento do 61ªBIMtz e preparo da transferência para Tefé-AM. Não fui voluntário para seguir com a Unidade e escolhi servir em Santa Maria, no 7ºBatalhão de Infantaria Blindado (7ºBIB).

    No início de 1993, desloquei-me para o Rio de Janeiro, onde permaneci, por seis meses, cursando a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais. Ao retornar para o Batalhão assumi o comando da Companhia de Apoio. No final do ano, assumi a 3ª Companhia de Fuzileiros Blindada, por um ano. Em 1994 vivi a triste experiência de ser submetido a um processo na Auditoria militar, juntamente com mais quatro oficiais, incluindo o comandante. Fomos absolvidos. De 1995 a 1997 assumi a chefia do Núcleo de Preparação de Oficias da Reserva (NPOR). Há cinco anos na Unidade achei que estava de bom tamanho e consegui uma movimentação para o 17º Batalhão de Fronteira, Corumbá /MS. Parti então para o pantanal.

    A região pantaneira é impressionante bela, um desafio à vida e ao emprego de tropa em meio àquela diversidade de biomas. Oportunidade de pescaria também, algo que me diverte. Ali mesmo pensei em fazer um estudo sobre o ambiente operacional. Não obstante a adaptabilidade ao ambiente pantaneiro, senti-me obrigado a pedir transferência por motivo de saúde de pessoa da família. Assim fui movimentado para Brasília-DF, e caí no Comando da 11ª Região Militar, situada na Esplanada dos Ministérios.

    Ali chefiei a Subseção de oficias temporários, responsável pela seleção e controle de médicos, dentistas, farmacêuticos, veterinários e do serviço técnico da região do Distrito Federal, Goiás, Sul de Minas Gerais e Sul de Tocantins. Mesmo com essa atividade, que considerei estressante, fui aprovado no concurso de admissão à Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME), sede Rio de janeiro/RJ.

    Em 2003 e 2004, cursei a ECEME e o Mestrado em Ciências Militares, cuja Dissertação tinha o foco na Doutrina do emprego de forças militares no ambiente operacional do pantanal, satisfazendo um anseio desde os tempos do pantanal. Na escolha, ao final do curso, mandaram-me para o Comando da 2ª Brigada de Cavalaria Mecanizada, Uruguaiana/RS. Chegando lá assumi a 4ª Seção (logística) e, devido à falta de nomeação do comandante, acumulei a chefia do Estado-Maior. Um ano depois fui nomeado comandante do 29º Batalhão de Infantaria Blindado, sede em Santa Maria/RS.

    Em 2005 e 2006, comandei o 29ºBIB, sendo ordenador de despesas e agente diretor. Nesse período fui designado Subgerente do Projeto de Reestruturação do Batalhão, preparando as instalações para a formação quaternária. Depois desse nobre e gratificante desafio, fui nomeado instrutor na Academia Militar das Agulhas Negras. Chegando lá assumi a 3ª Seção do Estado-Maior, mas por pouco tempo, uns 30 dias, e assumi a 2ª Seção (Inteligência). Nesse período fiz o Estágio Básico de Inteligência, no Centro de Inteligência do Exército/Brasília DF. Em 2009, fui nomeado Chefe do Estado – Maior da 1ª Brigada de Cavalaria Mecanizada – Santiago/RS. Nessa ocasião tive um problema de saúde e pedi transferência para reserva.

    02

    Peixe fora d´agua

    Peixe fora d´agua é um sentimento que

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