Tire o pé do meu direito: Tudo o que você sempre quis saber sobre seus direitos!

De Tiago de Melo Andrade e Junião

Estefânia Joyce, uma garota de 13 anos, detesta o seu nome. Ela gostaria de ter um nome bem brasileiro: Ana Maria, por exemplo...
Inconformada, ela procura um advogado a fim de saber se pode mudar de nome. O Dr. Abílio, profissional experiente, começa a informá-la sobre todos os seus direitos e deveres.
Um livro divertido e instrutivo que esclarece na prática o Estatuto da Criança e do Adolescente.

• Idioma: Português
• Editora: Editora Melhoramentos
• Data de lançamento: 1 de dez. de 2015
• ISBN: 9788506074862

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Créditos

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Eu, Estefânia Joyce

Meu nome é Estefânia Joyce. Minha mãe adora nomes diferentes, por isso meu irmão se chama Amaury Washington. Eu acho esses nomes estranhos. Não tenho nada contra as Estefânias e as Joyces, muito menos contra os Amaurys e os Washingtons (principalmente se forem gatinhos!). Apenas não gosto de ser Estefânia Joyce. Minhas amigas me chamam de Stef Joyce. Eu queria mesmo era ter um nome brasileiro: Ana Maria, por exemplo.

Adoooro ser brasileira! Nem sempre foi assim. Quando eu era bem pequena, queria ter nascido nos Estados Unidos, para ir à Disney World todos os dias e comer só rosquinhas, hambúrgueres e refrigerantes. Mas que bobagem!

Tenho 13 anos, e minhas amigas dizem que sou muito brava. Não gosto quando elas dizem isso. Não me acho brava: sou apenas uma menina que luta por seus direitos! Onde eu vivo, a pessoa que cuida de seus direitos é chamada de brava. Não é triste? Sou é corajosa!

Nem sempre eu fui ligada em meus direitos assim. Até um tempo atrás, eu nem sabia que tinha tantos direitos! Tudo começou quando pedi à minha mãe para mudar meu nome. Naquela época, eu queria me chamar Ana Maria. Ela caiu na gargalhada:

– Ana Maria?! Estefânia Joyce é muito mais bonito!

É óbvio que minha mãezinha nunca ia mudar o nome que ela mesma escolheu. Não é horrível? Não podemos escolher o próprio nome?! Eu acho que, primeiro, deveríamos ter um nome provisório. Lá pelos dez anos, quando já se tem um pouco mais de miolo, a própria pessoa escolheria seu nome definitivo. Mas sabemos que, na verdade, os pais escolhem nossos nomes e – ponto final! Às vezes, uma pessoa pode mudar seu nome, mas é difícil. Minha mãe sabia disso e não escondeu:

– Se você quer trocar de nome, a primeira coisa que deve fazer é procurar um advogado! Mas vá sozinha, que eu não vou ajudar você a mudar este nome tão lindo que escolhi com tanto carinho! Demorei nove meses para escolher, sabia?

Se demorasse mais um