O rebuliço e o cortiço
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Sobre este e-book
Só que convencer a família Carrapatoso a desistir da festa surpresa da Arlene, dedicada mãe e esposa, vencedora do prêmio de representante do ano da equipe Pele de Seda, não será tarefa fácil! Não bastasse o conflito com a síndica, um mistério envolvendo o Tio Orelha ainda precisava ser desvendado. Logo ele, tão alegre, falante e animado, estava cada dia mais taciturno e macambúzio, deixando a família preocupada.
Em meio a todo esse rebuliço, Rita e a avó Alice comparam tais eventos com o livro O cortiço, de Aluísio Azevedo, que serve como pano de fundo para a confusão no prédio, em que até mesmo o Exército tinha sido acionado para apaziguar.
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O rebuliço e o cortiço - Eliana Martins
ELIANA MARTINS
O REBULIÇO
E O CORTIÇO
ILUSTRAÇÕES
CARLOS ARAUJO
Sumário
1. O SEGREDO DO TIO ORELHA
2. O PRÊMIO
3. A PAIXÃO DO TIO ORELHA (PARTE 1)
4. O REBULIÇO E O CORTIÇO
5. O BILHETE
6. A PAIXÃO DO TIO ORELHA (PARTE 2)
7. O COQUETEL
8. A PAIXÃO DO TIO ORELHA (PARTE 3)
9. O BELO E A FERA
10. E FOI UM CHURRASCO E TANTO!
SOBRE A AUTORA
SOBRE O ILUSTRADOR
CRÉDITOS
P
ARA MINHA SEMPRE QUERIDA
L
EILA
B
ORTOLAZZI
.
A FAMÍLIA CARRAPATOSO
As peripécias dos Carrapatosos são narradas por Rita, a filha mais nova da família. Luís, o pai, trabalha como segurança nas Lojas Baldansa. A mãe, Arlene, além de dona de casa, é representante da marca de cosméticos Pele de Seda. Jorginho é o irmão mais velho e resgatou da rua outro membro da família, o cachorro vira-lata Tchibum.
Viúva, a avó Alice também vai morar com eles. Menina pobre na infância, a única distração de Alice era ir à biblioteca pública perto de sua casa, onde aprendeu a amar os livros. Leitora voraz desde então, ela relembra frases e trechos de livros clássicos para interpretar as situações cotidianas vividas pela família Carrapatoso.
Viver em edifício é difícil!
Naqueles dias, meu prédio um rebuliço virou; pior que
O Cortiço, que o escritor Aluísio Azevedo criou.
MEMÓRIAS
R
ITA
C
ARRAPATOSO
Olá! Aqui estou outra vez: Rita Carrapatoso.
Digo outra vez porque, desde que minha amiga Kelly Christinna me presenteou com um álbum de recordações, venho escrevendo histórias e mais histórias que se passaram na minha vida.
É claro que todas elas não estão no álbum que ganhei! Já lotei um monte de cadernos com as histórias.
Minha avó Alice, uma leitora voraz, vive comparando os fatos que acontecem na vida da minha família e adjacências com as histórias clássicas da literatura. Ela também costuma dizer que minha vida daria uma enciclopédia. Exagero, com certeza. Mas nos anos que já vivi aconteceram tantas coisas que não daria tempo de contar, ainda que eu vivesse mais oitenta.
Não entendo como tem gente que começa a escrever suas memórias aos oitenta anos e acaba o livro só com cem páginas. Muita falta de assunto! E ainda corre o risco de morrer antes de finalizar o livro.
Eu falo demais! Vamos então à história.
1
O SEGREDO DO TIO ORELHA
Tio Orelha é irmão da minha mãe. É óbvio que esse é só um apelido que deram a ele, desde criança, por causa das orelhas de abano. Seu nome verdadeiro é Arnaldo, e o da minha mãe, Arlene. Mas, como o irmão, quase ninguém a chama pelo nome certo. Chamam de Arlete, Marlene, Marilene, Marilu... mas ela nem liga para isso. Já o tio Orelha... tem traumas profundos por causa do apelido.
Falei do meu tio porque a história que conto hoje se refere a ele.
Uma das virtudes do tio Orelha é o bom humor. É um sujeito alegre, gosta pra burro de bater papo, adora contar piadas e faz o melhor churrasco de toda a família. Porém, ele andava taciturno e macambúzio, como dizia minha avó. Desde que ficou viúva, vovó mora conosco. Mas o tio Orelha, não.
Há um bom tempo, ele comprou um sobradinho muito fofo, perto da nossa casa, onde foi morar com o Gatóvisk e o Hot Dog, seu gato e seu cachorro de estimação, respectivamente.
Duas vezes por mês, pelo menos, o tio Orelha levava minha avó para passar o fim de semana com ele. Daí ela fazia bolo de fubá, torta de frango e enchia o filho de mimos. Mas fazia um bom tempo que isso não acontecia. Meu tio vinha em casa, batia um papinho rápido com a mãe e ia embora. Cabisbaixo, tristinho.
A vovó estava tão preocupada! Perguntou várias vezes o que ele tinha, mas meu tio desconversava e dizia que não tinha nada. Estava preocupado com os negócios. Só isso.
Uma tarde, depois de almoçarmos, vovó e eu fomos para o quarto que dividimos; ela, para ler, e eu, para