O fantasma escritor e as cartas misteriosas: Uma aventura na biodiversidade
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O fantasma escritor e as cartas misteriosas - Patrícia Engel Secco
Capítulo 1
Quando começamos a receber misteriosas cartas, uma após a outra, achei isso muito estranho.
Uma delas dizia:
Moro num país tropical,
Abençoado por Deus
E bonito por natureza...
Outra afirmava:
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossos campos têm mais flores.
Apesar de ser um domingo chuvoso, daqueles em que a gente não tem muito o que fazer, as cartas não paravam de chegar. Eram tantas que nós, eu e o Artur, meu melhor amigo, tivemos de interromper um emocionante torneio de damas.
– Mas que cartas mais malucas! Sem remetente, sem selo, entregues no domingo... – disse eu, pensativa.
Nessa hora o Artur, que tinha acabado de arrumar as peças no tabuleiro, olhou para mim e disse:
– Essa chuva, essas cartas, toda essa emoção... Acho que só falta uma coisa!
– Do que é que você está falando, Artur?
– De um superterremoto! – gritou ele, dando um puxão tão forte no tabuleiro que fez com que as peças do jogo voassem por toda a sala.
Como eu não achei muita graça na brincadeira, nem na bagunça, perguntei da maneira mais séria que consegui:
– Caro amigo inseparável, posso, por acaso, questionar