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Histórias de cura da Bíblia
Histórias de cura da Bíblia
Histórias de cura da Bíblia
E-book158 páginas2 horas

Histórias de cura da Bíblia

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Sobre este e-book

Você sabia que Moisés usou um tratamento eficaz contra a mordida de cobra? Ou que Daniel fazia uso de uma dieta especial? Ao ler este livro, você encontrará essas e outras histórias bíblicas relacionadas à medicina e saúde. Cada história traz uma breve introdução, o que ajuda o leitor a entender mais facilmente cada texto: quem é o doente, qual é o problema e que tipo de tratamento é indicado para se obter a cura.

Com texto bíblico na Nova Tradução na Linguagem de Hoje, este livro mostra que a presença de Deus está no centro das histórias de cura da Bíblia. Os grandes médicos da Bíblia são pessoas que mantêm um estreito relacionamento com Deus, como os profetas e o próprio Jesus. A Bíblia identifica diversos tipos de doenças e distúrbios, mas sempre mostra que a cura é possível, pois Deus se preocupa com o ser humano como um todo: Deus consola a alma e restabelece o corpo.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento18 de ago. de 2015
ISBN9788531114311
Histórias de cura da Bíblia

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    Histórias de cura da Bíblia - Sociedade Bíblica do Brasil

    A origem da classe médica, segundo a Bíblia

    Moisés e a serpente de bronze

    O símbolo da classe médica é um bastão, no qual há uma cobra enrolada — o assim chamado bastão de Esculápio. Esculápio é o deus grego da medicina; como proprietário desse bastão, pode-se dizer que é o antepassado e modelo de todos os médicos. No entanto, na história da humanidade, parece que o símbolo do bastão com uma cobra foi inventado diversas vezes. Também na Bíblia há uma história em que esse símbolo aparece. O protagonista dessa história é Moisés. E como, nesse contexto, ele é o primeiro personagem bíblico que comprovadamente tem a necessidade de aplicar um método de cura, pode-se dizer que Moisés foi o antepassado de todos os médicos da Bíblia.

    A situação naquele tempo era a seguinte: no tempo da peregrinação no deserto, o povo de Israel era muito desobediente. Como castigo, Deus enviou uma praga de cobras venenosas. Muitas pessoas morreram em consequência do veneno das mordidas. Arrependidos, os israelitas foram até Moisés em busca de ajuda. Numa época tão distante do conhecimento do soro antiofídico, essa ajuda só podia se dar através de uma intervenção direta de Deus. Do próprio Deus vem a prescrição da terapia (algo bem peculiar para a nossa percepção atual): Moisés devia colocar uma cobra de bronze no alto de um poste.

    Números 21.4-9

    Então os israelitas saíram do monte Hor pelo caminho que vai até o golfo de Ácaba, para dar a volta em redor da região de Edom. Mas no caminho o povo perdeu a paciência e começou a falar contra Deus e contra Moisés. Eles diziam:

    — Por que Deus e Moisés nos tiraram do Egito? Será que foi para morrermos no deserto, onde não há pão nem água? Já estamos cansados desta comida horrível!

    Aí o SENHOR Deus mandou cobras venenosas que se espalharam no meio do povo; e elas morderam e mataram muitos israelitas. Então o povo foi falar com Moisés e disse:

    — Nós pecamos, pois falamos contra Deus, o SENHOR, e contra você. Peça a Deus que tire essas cobras que estão no meio da gente.

    Moisés orou ao SENHOR em favor do povo, e ele disse:

    — Faça uma cobra de metal e pregue num poste. Quem for mordido deverá olhar para ela e assim ficará curado.

    Então Moisés fez uma cobra de bronze e pregou num poste. Quando alguém era mordido por uma cobra, olhava para a cobra de bronze e ficava curado.

    Essa história espelha os sentimentos contraditórios que as pessoas em todos os tempos sentem em relação às cobras: ao mesmo tempo, as cobras causam medo e exercem fascínio sobre as pessoas. Na primavera, a cobra troca a sua pele e, por isso, se torna símbolo da renovação espontânea da vida; por outro lado, uma mordida de cobra pode trazer doença e morte, o que faz com que ela seja uma ameaça à vida. Na história bíblica da queda em pecado, o aspecto negativo domina. Na cobra de bronze levantada por Moisés, prevalece o lado positivo: uma figura ou protótipo do mal é apresentada ao povo como um instrumento de cura ordenado por Deus; a cobra perde o seu terror e se torna medicinal, porque agora está presa e sujeita a servir a um poder benéfico maior. Deus estabelece assim uma ordem de cura, em que o mal e o seu símbolo são restaurados e subjugados. O bastão de Esculápio também pode ser interpretado de maneira semelhante. No Novo Testamento, precisamente no Evangelho de João (João 3.14-15), a história da cobra de bronze recebe uma nova e surpreendente interpretação. O levantamento da cobra de bronze numa estaca prenuncia o levantamento de Jesus na cruz. Quem olha para Jesus crucificado olha para a garantia da salvação: Deus oferece a vida.

    Governantes e suas doenças

    Pessoas que ocupam cargos públicos realmente não deveriam ficar doentes. São indispensáveis, são necessárias em todos os momentos. Mas justamente essa pressão que sobrecarrega os responsáveis pelo governo pode torná-los suscetíveis a certas doenças. Não raramente, casos de infarto, úlceras gástricas ou estados de esgotamento total são resultantes do estresse a que um governante responsável está exposto. No tempo da Bíblia, as pessoas de posição elevada também não eram imunes. Porém tanto antigamente como ainda hoje, os VIPs da sociedade gozam de certos privilégios mesmo quando lhes sobrevém alguma doença. Acompanhamento médico de primeira classe e tratamento de última geração — privilégios que não seriam oferecidos a todos — naturalmente caberiam a um rei ou a um governante. Os antepassados bíblicos desses pacientes importantes receberam cuidados mais que especiais, porque os seus terapeutas, em última análise, possuíam uma linha direta com Deus, a fonte da cura.

    Musicoterapia contra uma depressão real

    Davi toca harpa para o rei Saul

    O rei Saul sofre. O relato bíblico liga a enfermidade pessoal do rei com o início da crise de seu reinado, com a aproximação do momento de entregar o cargo ao seu sucessor. Os médicos da corte diagnosticaram um estado de depressão persistente e recorrente como causa da perda do carisma de Saul. Não é mais o Espírito de Deus quem dá inspiração a Saul, mas sim um espírito mau, que o atormenta e tira dele toda a motivação interna. A proposta terapêutica: a música deve levantar novamente o ânimo do rei, clarear a sua mente e renovar a sua motivação, para que ele possa continuar a ser um rei cheio de energia.

    Com a autorização do paciente — eis um fator muito importante para o sucesso do tratamento, principalmente para doenças da alma — seria procurado um músico apropriado. A escolha recai sobre Davi, que sabe tocar lira. A música exerce uma influência considerável sobre a disposição das pessoas, e isso vale tanto hoje como naquele tempo. Como terapeuta musical, Davi conquista a confiança do rei; como escudeiro pessoal do rei, pode permanecer sempre ao lado do rei. Ele está sempre de prontidão com a sua lira, quando chega o próximo ataque depressivo de Saul. A música de Davi deixa Saul novamente alegre e confiante.

    A Bíblia une esse diagnóstico e tratamento que se parece moderno com uma surpreendente teologia de dimensão profunda. O terapeuta é o futuro rei Davi, especialmente equipado com o Espírito de Deus. Ele dá a Saul (que ainda continua em seu ofício real) a participação no carisma ou dom que Deus lhe concedeu.

    1Samuel 16.14-23

    OEspírito do S ENHOR saiu de Saul, e um espírito mau, mandado por Deus, começou a atormentá-lo. Então os empregados de Saul lhe disseram:

    — Sabemos que um espírito mau mandado por Deus está atormentando o senhor. Mande, e nós iremos procurar um homem que saiba tocar lira. Assim, quando o espírito mau vier sobre o senhor, o homem tocará a lira, e o senhor ficará bom de novo.

    E Saul ordenou:

    — Procurem um homem que toque bem lira e o tragam aqui.

    Um dos empregados respondeu:

    — Jessé, da cidade de Belém, tem um filho que é bom músico. Ele também é valente, bom soldado, fala bem, tem boa aparência, e o SENHOR Deus está com ele.

    Aí Saul enviou mensageiros com este recado para Jessé:

    — Mande-me o seu filho Davi, aquele que toma conta das ovelhas.

    Então Jessé mandou Davi a Saul, e Davi levou de presente um odre cheio de vinho, um cabrito e um jumento carregado de pão. Davi foi e ficou trabalhando para Saul. Este gostou muito de Davi e o escolheu para carregar as suas armas. E mandou a seguinte mensagem a Jessé:

    — Eu gostei de Davi. Deixe que ele fique aqui a meu serviço.

    Daí em diante, toda vez que o espírito mau mandado por Deus vinha sobre Saul, Davi pegava a sua lira e tocava. O espírito mau saía de Saul, e ele se sentia melhor e ficava bom novamente.

    Água pode curar a lepra?

    A cura do sírio Naamã

    Muitas vezes encontramos doenças de pele na Bíblia. Isso é um conceito que engloba as mais diversas doenças de pele, inclusive a lepra. Todas elas possuem em comum a característica de desfigurar a pessoa. No Judaísmo, um leproso era considerado impuro e era expulso do convívio da sociedade, até mesmo pelo medo de contaminação. Naamã, o comandante do exército do rei da Síria, tem sorte na desgraça. Ele não é judeu. Quando adoece da lepra, ele não é expulso do seu círculo de relacionamento. Pelo contrário, procuram para ele o melhor médico: um profeta de Samaria. Como um dos poderosos daquele tempo, ele tem condições financeiras para enfrentar uma viagem dispendiosa para ver esse especialista e arcar com as despesas do tratamento. O seu rei autoriza a licença especial e até fornece uma carta de recomendação.

    Chegando ao profeta Eliseu, Naamã agora espera um tratamento particular com a correspondente dedicação especial daquele renomado terapeuta. Mas não é isso que ele encontra: nem é convidado a entrar na casa do profeta; por intermédio do ajudante do médico, recebe uma proposta de tratamento muito simples, que, à primeira vista, traz decepção: um banho no rio Jordão. Isso seria tudo? Com muita dificuldade, os empregados de Naamã conseguem persuadir o comandante ofendido a obedecer e seguir o tratamento. O surpreendente êxito do tratamento finalmente convence Naamã da presença e da eficácia de Deus, sob cujo poder o profeta exerce a sua medicina.

    É um princípio bíblico não cobrar honorários de uma cura realizada por

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