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Eloah contra a Rainha Tediosa
Eloah contra a Rainha Tediosa
Eloah contra a Rainha Tediosa
E-book145 páginas1 hora

Eloah contra a Rainha Tediosa

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Sobre este e-book

Já imaginou como seria viver num reino onde as crianças nunca crescem? Como seria se de repente caísse do céu algodão-doce ou minibrigadeiros? E se, por acaso, o dia fosse cheio de brincadeiras sem hora para acabar? No Reino da Puerilândia, tudo isso é possível! Lá, os adultos não são bem-vindos, quer dizer... apenas o senhor Falcão, professor de Construção de asas; a professora Mel, da classe dos sentimentos; e a Gratiluz, professora de Contos de fadas e Geografia do mundo da lua. Um lugar mágico, com seres especiais, como um binóculo capaz de enxergar além, o coelho desastrado de marshmallow e um unicórnio colorido com muitos poderes. Tudo parece perfeito no Reino da Puerilândia, até que a terrível Rainha Tediosa, do Reino das Exigências Inexplicáveis, aparece para lembrar que o relógio nunca para e é chegada a hora de Eloah e seus amigos partirem. O único jeito de eles ficarem pra sempre na Puerilândia é vencendo os três desafios finais descritos no livro sagrado:

• Enfrentar o dragão de sete cabeças Kaos, na Floresta Temperada do Terror;
• Achar uma agulha no palheiro;
• Encontrar o Triângulo dos Biquínis.

Embarque nesta aventura com Eloah e seus amigos, numa história sobre sentimentos e o verdadeiro valor da amizade. Um livro mágico repleto de desafios interativos no final.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento15 de jun. de 2017
ISBN9788542210552
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    Eloah contra a Rainha Tediosa - Eloah Lourenço

    aventura!

    ma menina chamada Eloah levantou-se do banco onde estava sentada. Era um banco-pudim, e, por isso, toda vez que ela se sentava, ele afundava até quase tocar o chão. Mas ela sabia que, assim que se levantasse, o banco voltaria à sua altura normal. É certo que às vezes o banco dava uma tremidinha, porém nada que atrapalhasse Eloah. Quando se sentia cansada de balançar, ela dava logo um jeito de se levantar, não sem antes comer um bom pedaço do banco-pudim, que quase sempre mudava de sabor. Já tinha comido um pedaço do banco-pudim de leite condensado, do banco-manjar de coco, do banco-pudim de leite em pó, do banco-pudim de mandioca, do banco-pudim de pão e agora estava comendo uma lasca do banco-pudim de paçoca.

    Nevava lá fora. Eloah olhou para os flocos que caíam do céu. Eram de algodão-doce. É verão, pensou, já que assim eram marcadas as estações por lá. Na primavera, caíam pétalas de rosas; no outono, choviam pequeninas maçãs do amor; no inverno, minibrigadeiros; e, no verão, flocos de algodão-doce.

    Era o dia do seu aniversário. Eloah nunca sabia quando seria seu aniversário, já que, lá onde morava, os dias não tinham fim, e ela vivia numa eterna brincadeira com seus dois amigos, Laís e Gui. Os três já viviam havia bastante tempo no distante Reino da Puerilândia, um lugar fantástico habitado por crianças de todas as idades, onde raramente adultos davam as caras. Apenas três adultos apareciam de vez em quando: os professores Falcão, Mel e Gratiluz.

    Mas como, então, Eloah sabia que aquele era o dia do seu aniversário? Não existiam calendários na Puerilândia. O tempo também não era contado por dias que começavam e terminavam, já que ali o sol nunca se punha. A temperatura sempre girava em torno de agradáveis vinte e sete graus. Não chovia nunca e também não havia tempestades.

    Acontece que todas as crianças que viviam ali recebiam um vidro de colírio no dia em que ficavam mais velhas. Era o colírio Brilho nos Olhos. Um único vidrinho durava o ano todo. Assim, quando pingavam a última gota, elas sabiam que receberiam um vidro novo no dia seguinte, ou seja, no dia do seu aniversário. O que Eloah e seus amigos achavam estranho era que as crianças recebiam um vidro maior a cada passagem de ano, e o conta-gotas que pingava gotinhas pequenininhas quando elas eram pequeninas agora já soltava uma gota grossa que quase as fazia lacrimejar.

    Naquele dia, logo que saltou do banco-pudim, Eloah avistou uma bela cestinha de palha, enfeitada com uma fita de cetim. Todas as crianças recebiam uma cestinha no dia do seu aniversário. Ela correu para abrir a cesta e ver quais presentes havia ganhado. Livros de contos de fadas, cadernos de colorir, lápis e pincéis coloridos, uma mola maluca, vale-gargalhadas e um vidro bem grande de Brilho nos Olhos.

    Ela pingou sua gota diária. A gota era tão grande que quase encharcou seu rosto. Mas valeu a pena, pois seus olhinhos mudaram de cor na hora, passando de castanho para lilás. Eles manteriam esse tom por algumas horas até voltarem aos poucos à sua coloração normal. Eloah não sabia exatamente quantos anos estava fazendo. Calculava que era algo entre sete e nove anos.

    — Trouxe uma coisa pra você — disse Laís, com um embrulho nas mãos, saindo de trás do pé de maçã-verde onde Eloah tinha encontrado sua cestinha.

    Eloah desembrulhou o novo presente.

    — O que é isso? — perguntou ela, com o objeto nas mãos.

    — Um binóculo — respondeu Laís.

    — Um binóculo? Pra que serve um binóculo?

    — Para enxergar além. Com um binóculo, você pode ver o que os olhos não alcançam.

    — E isso é bom? — perguntou Eloah.

    — Pode ser bom, mas também pode ser ruim. Foi o que a professora Mel me falou. Eu estava em dúvida sobre que presente dar pra você. O binóculo foi uma sugestão dela.

    Eloah colocou o binóculo na frente dos seus olhinhos lilases. Ela enxergou Gui bem na sua frente, deu um grito de susto e tirou logo o objeto do rosto.

    — O que foi? — perguntou Laís.

    — O Gui! Ele apareceu bem aqui na minha frente, só que agora eu não estou vendo ele.

    Laís caiu na risada. Eloah ficou sem entender o motivo da graça.

    — É assim mesmo. O Gui não tá aqui agora, mas ele deve estar vindo pra cá. O que você viu foi uma ampliação.

    — Ampliação?

    — É pra isso que serve o binóculo. Você vê perto o que tá longe. Você vê grande o que é pequeno.

    — E isso é bom?

    — Pode ser bom, mas também pode ser ruim — repetiu a amiga.

    Eloah pôs o binóculo novamente na frente dos olhos e, dessa vez, só viu um borrão. Ela abaixou o objeto e deu de cara com Gui, que estava parado na sua frente com uma caixa estendida para ela. Os dois amigos se abraçaram, felizes. Eloah foi logo abrindo a caixa. Dentro dela encontrou uma folhinha verde.

    — O que é isso? — perguntou Eloah.

    — Um trevo de quatro folhas — respondeu Gui. — É pra dar sorte.

    — Mas a gente já não tem sorte?

    — A professora Gratiluz disse que sorte nunca é demais. É bom você guardar esse trevo bem guardadinho com você... Pra sempre ter sorte.

    — Você já viu o presente que a Laís me deu? — perguntou Eloah enquanto mostrava o binóculo.

    — Uau! — exclamou Gui, admirado. — Um binóculo!

    — Binóculos são bons pra ver além! Vocês querem ver além comigo?

    — Sim! Queremos! — responderam, ao mesmo tempo, os amigos.

    Eloah colocou o binóculo no bolso do seu macacão e subiu na árvore. Ela foi seguida por Laís e Gui. Os três amigos escalaram galho por galho do pé de maçã-verde até chegar ao ponto mais alto. Quando estavam lá em cima, olharam para baixo. Parecia ser uma altura gigantesca. Nesse momento, Eloah sentiu uma tontura.

    — Socorro! Tá tudo rodando! — gritou a menina.

    — Não tem nada rodando — disse Gui. — Você só está tendo uma vertigem.

    — Ver o quê?

    — Vertigem. Do latim vertere, que significa dar voltas, fazer girar. Foi o professor Falcão quem me ensinou. Significa que você ficou tonta, e não que as coisas estão girando.

    — Mas não é nada legal ficar dando voltas nesse galho tão fino — disse Eloah, assustada.

    — Lembre-se da aula de ioga da professora Gratiluz. Tente se equilibrar! — disse Laís, tentando ajudar.

    Eloah se acalmou. Laís e Gui também ficaram quietinhos. Os três amigos já estavam mais relaxados

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